domingo, 26 de setembro de 2010

SOBRADINHO - MARQUES DE SOUZA



Situada a 1,5 quilômetro da RS 423 e a mesma distância da BR-386, está a localidade de Sobradinho, no interior de Marques de Souza. Um lugar em que grande parte da natureza está intocável. A velha estrada de chão batido construída na gestão do prefeito de Lajeado, Darci Coberlini, leva os visitantes a vislumbrar belas paisagens como cascatas, araucárias e cercas de pedras ou taipas, como são chamadas as construções que dividem algumas propriedades. O casal Ivo Luiz Frozza (58), natural da localidade, e Clélia Bonassina Frozza (57), natural de Alto Tamanduá, juntamente com o filho Natan (15), administram um propriedade rural na pequena localidade que conta com cerca de sessenta habitantes e que tem na produção de fumo, avicultura, vinho, mel e gado leiteiro o sustento das famílias. Frozza é neto do imigrante italiano Albino, que chegou ao local por volta de 1910 com outras famílias como Kerber, Scheuermann e Giongo. Hoje além destes descendentes são encontrados sobrenomes como Machado, Oliveira, Ribar, Bazzo, Martinelli, Possamai e Back, entre outros. O local de lazer da comunidade é a sede do Esporte Clube Independente, onde além do futebol, os associados tem a disposição a cancha de bocha e espaço para o carteado. È neste local, que a família Frozza recorda dos grandes acontecimentos sociais da localidade como os chás do Clube de Mães Três Marias e a Festa da Cana. Referente a origem do nome da localidade, a família Frozza diz saber que se originou em função do time de futebol. “Nossa equipe sempre sobrava e ficava de fora nos torneios de futebol, daí se originou “Sobradinho”, atesta Ivo. A Sociedade de Água Picada Serra-Sobradinho, presidida por Claudino Bazzo, garante o abastecimento dos moradores. Para a comunicação, o telefone celular torna-se indispensável. A Escola Municipal Miriam de Menezes está desativada há muitos anos. Os alunos freqüentam as escolas do distrito de Tamanduá e da sede do município. Uma das carências da comunidade é a falta de transporte coletivo para a sede do município.
De acordo com Ivo Frozza, além da agricultura, a localidade começa a despontar como área de lazer e de turismo. “É um lugar muito bom para viver, com ar puro, muitas matas, clima de montanha, cascatas, belas paisagens e que começa a chamar atenção de investidores que estão adquirindo áreas para sítio e também visando a construção de pousadas.

domingo, 12 de setembro de 2010

SELIM - PROGRESSO



Há pouco menos de um quilômetro da ERS-423 que liga a sede do município com a BR-386 está Selim. O significado da denominação, segundo os moradores, seria em função do utensílio usado nas montarias dos primeiros moradores que chegaram a localidade por volta de 1913. As famílias, oriundas de Garibaldi, eram representadas pelos sobrenomes Bergonsi, Tomazi, Maffi e Draghetti. Conforme pesquisa do Frei Albano Bohn, o Santo padroeiro escolhido foi São João Batista, porque na comunidade haviam muitas pessoas com o nome de João. A primeira capela foi construída em 1913. A pregação da catequese foi iniciada por Joana Obeci Borelli, segundo depois por seu filho Lázaro. A escola junto a capela foi fundada em 1924 e teve como primeiro professor, José Fernandes. Em 5 de janeiro de 1943 foi fundada a cruzada eucarística. Já em primeiro de abril de 1943 foi instalada a Via-Sacra na Capela. Em junho de 1958 começou a circular, uma capelinha de Nossa Senhora visitadora. A comunidade também gerou religiosos como o padre Tercílio José Tomazi, filho de Antonio e Maria Tomazi; padre Frei Clemente Borelli, filho de Lázaro e Adélia Borelli; Irmã Teresinha Mantelli, filha de Ernesto e Ignes Teodalinda Mantelli; Irmã Albina Rossetti, filha de Bôrtolo e Teresina Nicolini Rossetti e irmã Renilda Borelli, filha de Jacó e Cândida Borelli. O primeiro comerciante foi José Battisti. Atualmente a localidade conta com 35 habitantes, a maioria dedicado-se a produção primária, com destaque para a criação de gado leiteiro, avicultura e suinocultura. “É um ótimo lugar para viver, pois pode até faltar alguma coisa, mas temos a tranquilidade do interior e podemos produzir quase tudo o que consumimos”, destaca Ivã Borelli (48) que ao lado da esposa Marlene Bianchini Borelli (49) tem uma propriedade na localidade. Dos três filhos do casal, Cassiano permanece ajudando a família e Rocheli e Bruna residem e estudam em Lajeado. A internet também já chegou ao local. O telefone celular também está presente na maioria das residências. A altitude de 600 metros em relação ao nível do mar pega proporciona clima ameno e geadas fortes no inverno. Nos eventos o destaque fica para a festa do padroeiro São João Batista e do clube de mães. O salão da comunidade é o ponto de encontro aos finais de semana, onde os moradores colocam os assuntos em dia, tomam uma cerveja e disputam jogos de bocha e o carteado, onde o quatrilho é o mais procurado. Entre os sobrenomes de famílias residentes atualmente estão Borelli, Calvi, Schmidt, Marque, Boni, Tomasi, Casanova, Giovanella, Bergonsi e Lago.

sábado, 4 de setembro de 2010

PICADA MAY - MARQUES DE SOUZA




Cortada pela BR-386, a localidade está situada á doze quilômetros da sede do município no caminho em direção a Pouso Novo. Colonizada por volta de 1878 por imigrantes alemães, Picada May, abrigou diversas famílias remanescentes de Muckers que vieram da região de Sapiranga no final do século dezenove. Astor Fuchs (54) é bisneto de João Pedro Fuchs, descendente de Muckers. Ele afirma que seu pai, Carlos Fuchs, já falecido, relatou muitas histórias sobre episódios envolvendo os Muckers. Uma delas é que seu avô conseguiu escapar de um massacre vivendo escondido nos matos da região por cerca de dez anos. Astor juntamente com a esposa Dolores (53) administra o Camping da Pedra, uma bela área de lazer junto ao Rio Forqueta. Freqüentado por veranistas de todo o Estado, o local chega a receber 400 usuários em finais de semana na alta temporada. Um museu criado pela família também estará a disposição para visitação no próximo veraneio. Sobre nome da localidade Astor destaca que é em função de ter sido fundada no mês de maio. Durante muitos anos, a Escola Felipe Santos foi a instituição de ensino da comunidade. Entre os professores que passaram por lá, Astor recorda de Marino Neitzke, Elemar Spiecker, Valdir Marasca, José Arno Keil e a professora Fraia. O ponto de encontro é a sede do Grêmio Esportivo Picada May, onde se pratica o futebol e jogos de bocha, além de eventos como o Nach Kerb, baile de idosos e a festa do Clube de Mães Sete de Setembro que acontece no próximo domingo. Há muitos anos os bailes aconteciam no Salão Schmidt, já desativado. Na localidade está situado um dos pedágios da BR-386. A produção primária movimenta a economia com destaque para aviários, agricultura, suinocultura e gado leiteiro. Na localidade também está um dos pontos mais tradicionais da gastronomia do interior do Estado. O Restaurante Café Colonial, administrado pela família Stacke há quarenta anos, se destaca pela variedade e qualidade de produtos colocados à mesa e por ser freqüentado por clientes de todo o Estado e Santa Catarina. A comunidade atual é composta pro cerca de 150 pessoas entre elas as famílias Heineck, Henicka, Noé, Spiecker, Dhamer, Fuchs, Mauer, Renner, Pereira, Datsch, Gross, Becker, Dresch, Gross, Keil, Stacke, Schneider, Zagonel, Schwin, Souza, Gall, Dhein e Venter, entre outras. “Um ótimo lugar para viver, onde as pessoas se conhecem e se ajudam. Embora tenhamos residência em Lajeado, fazemos questão de passar a maior parte do ano na Picada May, pois aqui somos felizes”, destacam o casal Astor e Dlores Fuchs.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

PICADA TAQUARI - POUSO NOVO



Picada Taquari – Pouso Novo

Colonizada por descendentes de imigrantes italianos vindos de municípios da serra gaúcha como Garibaldi, Carlos Barbosa e Farroupilha, por volta de 1910, a localidade está situada há dez quilômetros da sede do município ás margens da BR-386. Anteriormente era conhecida como Cordilheira, sendo habitada por madeireiros descendentes de portugueses. Entre os pioneiros da colonização são lembradas as famílias de Genuíno Ferrari, Angelin Barbieri, Severino Carlesso, Abel Passaia, Jacó Paludo, Pedro Paludo, Ângelo Pedrebon, Ernesto Paludo, Ivo Paludo, João Maia e Orestes Bonacina, entre outros. Já na entrada da localidade, um marco de uma pequena comunidade, a casa comercial de Genuíno Gottardi fundada em 1968, onde a população se abastece de mantimentos. Ivo Valmórbida (61), reside na localidade há 45 anos. Juntamente com a esposa Teresinha (59) mantêm uma propriedade onde se destaca a plantação de milho, criação de gado de leite e chiqueirão. “Fui construtor de casas durante 30 anos, mas meu negócio é mesmo o setor primário”, afirma Ivo que também destaca que tem que se diversificar a produção para não ficar na dependência apenas de uma fonte de renda. De acordo com ele, residem na localidade em torno de oitenta pessoas. “Poderia ter mais gente por aqui, mas os mais novos acabam indo embora em busca de emprego e por aqui só permanecem os pais. Mas de um tempo para cá com os incentivos que a prefeitura tem concedido, vejo que alguns jovens tem permanecido por aqui”, relata. O padroeiro da comunidade é São João Batista, venerado na igreja onde acontece missa uma vez por mês. Em julho acontece a festa do padroeiro. Outros eventos em destaque são o baile do milho, Festa dos Reis e o jantar baile. A Escola Picada Taquari é o local onde estudantes freqüentam até a oitava série. O Esporte Clube Sete de Setembro era a opção para o futebol de final de semana. Com a saída dos jovens para outros centros, acabou desativado. A economia local é tocada pela suinocultura, gado leiteiro, pesque-pague e produção primária. A região que é cercada por morros tem no celular uma ferramenta indispensável para a comunicação. “Um ótimo lugar para viver. O pessoal é muito unido, trabalhador, respeitador e que gosta de morar aqui”, afirma Ivo Valmórbida. Entre os moradores atuais, são citadas as famílias Trombini, Paludo, Radaelli, Simaroschi, Piovezani, Passaia e Gottardi.