sábado, 19 de novembro de 2011

CABECEIRAS DE TOCAS - PROGRESSO

Localizada há 17 quilômetros da sede do município, a pequena localidade leva esta denominação, segundo os moradores, em função de estar numa área elevada e em alguns terrenos existiram muitos buracos em forma de tocas de animais. Mas a história desta comunidade inicia-se por volta de 1920, quando chegaram os primeiros moradores. Entre os pioneiros estavam João Salmine, de Lajeado Feio em Putinga, Faustino Bernardo dos Santos, João Rodrigues, Nicolaui Pedroso da Silva e Vitalino Bernardo dos Santos. Conforme pesquisa realizada pelo frei Albano Bohn, Nossa Senhora de Lourdes foi escolhida padroeira e a primeira capela edificada em 1925, assim como a primeira escola que teve como professor Fredolino Bernardo dos Santos. O primeiro catequista foi Francisco Cordeiro Machado. A capelinha circula de casa em casa desde 1958. Atualmente, cerca de duzentas pessoas residem no local, sendo que a maioria dedica-se a produção de fumo, gado leiteiro, plantio de milho e suinocultura. Não existe casa comercial na localidade, por isso o abastecimento de gêneros alimentícios é realizado na Sede e no distrito de Campo Branco. Até alguns anos atrás funcionou um moinho colonial e casa de comércio da família Morari. O lazer aos finais de semana ocorre no ginásio de esportes, com jogos de futsal, carteado e bocha. O clube de mães Nossa Senhora Aparecida, envolve as senhoras. Já o Esporte Clube Flamengo deverá ter em breve uma nova praça de esportes. Na igreja, construída em 1982, as missas ocorrem uma vez por mês. Irineu Vetorazzi é o presidente da comunidade católica. A Escola Municipal Saldanha da Gama, que tem como diretora Marilene Vettorazzi, é o centro dos acontecimentos da localidade. Com sessenta alunos, a equipe de professores formada por Ana Paula Guaragni, Rejani Alcará Cassanelli, Simone Pellens, Suzana Fabonatto, Adriana Bothatti, Letícia Dalberto, Márcia Teston e Valdir Quevedo, executam diversos projetos sempre tendo como foco a formação dos futuros cidadãos. “É muito bom viver aqui, as pessoas envolvem-se com a escola e desta forma conseguimos trabalhar muito pela comunidade”, destaca a diretora Marilene. Entre as festas tradicionais estão a da padroeira, em fevereiro e a do milho em junho. Nas famílias que residem na localidade aparecem sobrenomes como Vettorazzi, Bassani, Pellenz, Teston, Dalberto, Severnini, Silva, Henicka, Schabbach, Fabonatto, Portallupi, Ferrari, Lucini e Rigo.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

ANTO BRAVO - PROGRESSO

Anto Bravo, Progresso


Situada á quinze quilômetros da sede do município, sendo seis por rodovia asfaltada, a pequena comunidade conta com cerca de setenta moradores. Foi por volta de 1943, que os primeiros moradores José Secco, José Finato, Amadeu Vidaletti, oriundos da região de Putinga, construiram um pequeno capitel como marca da religiosidade local. Em 8 de outubro do mesmo ano era celebrada a primeira missa, conforme pesquisa do Frei Albano Bohn. Em 14 de fevereiro de 1944, foi realizada a benção da imagem do padroeiro São Valentin, doada por José Vidaletti. Em 1954, Rosa Finatto iniciava o roteiro das capelinhas. A primeira professora da Escola Monte das Tabocas., já desativada foi Nelcy Pinto da Silva. A última foi Marilei Pellenz. A denominação da localidade, de acordo com o professor Valdir Pellenz, teria surgido quando no início da colonização, um grupo de moradores teria abatido uma Anta muito feroz, porém do sexo masculino, daí surgindo Anto Bravo. A maior parte da área da localidade é constituída por morros, com poucas áreas planas constituídas por potreiros. Nestas áreas de campo, na década de 1970, rebanhos de gado eram trazidos de Uruguaiana pelo comerciante José Ferri, para confinamento devido a qualidade das pastagens. Antecedendo a chegada dos imigrantes italianos, a localidade abrigou escravos alforriados, vindos da região de Soledade. Residiam no morro Santana. Hoje não há mais sinais de descendentes. Na igreja católica atualmente as missas ocorrem uma vez por mês. No salão comunitário, a festa do padroeiro em fevereiro atrai centenas de visitantes. A cancha de bocha e o carteado são as formas de lazer aos finais de semana. Para a moradora Clarisse Dalbosco (43), que juntamente com o esposo Flávio e os filhos Matheus e Lucas, administram uma propriedade rural, a localidade é um bom lugar para viver. “As pessoas todas se conhecem. Vivemos em harmonia, embora com estradas ruins e sinal de celular muito fraco, mas á da terra que tiramos nosso sustento, além da suinocultura”, afirma. Moradores também investem em reflorestamento, gado de leite e na fumicultura. A redução do número de moradores deve-se a transferência de muitos deles para o Paraná. Entre as famílias atuais aparecem os sobrenomes Dalbosco, Ferrari, Brandão, Nunes, Motta, Vetorazzi, Webber, Moraes, Santos, Souza e De Marchi.

sábado, 15 de outubro de 2011

PICADA CORNÉLIUS - MARQUES DE SOUZA

Localizada entre a comunidade de Vasco Bandeira e a BR-386, a pequena Picada Cornélius, conta com cerca de quarenta moradores, representados pelas famílias Souza, Tonini, Gross, Ferronatto, Walter, Wommer, Silva, Markmann, Dresch, Orlandi, Stacke, Libino, Broilo e, lógicamente, Cornélius. Estes, descendentes dos imigrantes alemães Julio, Fritz, Leopoldo e Pedro, oriundos de Sapiranga e que chegaram a localidade por volta de 1910. Anteriormente haviam se estabelecido nas proximidades de Bela Vista do Fão, mas com a vinda dos imigrantes italianos, transferiram-se para a picada. Iris Cornélius (61) e Claudio Markmann (64) estão entre os moradores mais antigos. Juntamente com Maico, Reni, Valmor, Vitória, Vanderlei, Maria Luiza e Vinicius, dedicam-se ao cultivo de fumo, gado leiteiro e agricultura de subsistência como a plantação de aipim e batata doce. “É um ótimo lugar para vivermos, a vizinha é boa e estamos a apenas dois quilômetros e meio da BR-386 e á quinze da sede do município. Aqui não tem violência. É tudo muito tranquilo”, afirma Claudio. Também não existem cemitérios. “Nossos mortos são sepultados em Vasco Bandeira e Tamanduá”, destaca Claúdio, que recorda que há cerca de sessenta anos, não havia um cemitério para cada religião. “Era dividido ao meio, com espaço para evangélicos e católicos”.
A Escola Arnoldo Knebel, uma Brizolera, foi desativada há cerca de 20 anos. Entre as professoras que por lá passaram são lembrados os nomes de Ivone Schena, Rosinha Bottega e Luria Conrad. Existem registros de que a primeira escola foi instalada num paiol de propriedade de Domingos Ferronatto. Hoje, os alunos freqüentam as Escolas Henrique Geiss em Tamanduá e Ana Néri, na Sede. Também o antigo armazém de propriedade de Mário e Carlos Cornélius e da família Scheuermann fechou as portas há cerca de quinze anos. A comunidade é servida por uma linha de ônibus do Expresso Azul ligando com Lajeado, duas vezes ao dia. Ainda há o transporte para a Sede pela empresa Marquesul. Como não existe igreja no local, os fiéis freqüentam os templos católico em Vasco Bandeira e Evangélico, em Tamanduá. A vida social é freqüentada na vizinha Vasco Bandeira, com os jogos de carteado e bocha, clube de Mães e bailes. No verão, ás águas do Rio Fão, que corta a localidade de ponta a ponta é o lugar para banhos e descanso. Imensas várzeas produtivas garantem o sustento dos moradores. Embora a população tenha se reduzido, começa um movimento de retorno de ex-moradores, que recentemente adquiriram sítios de lazer, próximo ao Rio Fão.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

LINHA DIVISA - POUSO NOVO

A pequena comunidade constituída por não mais que cinquenta moradores localiza-se num dos pontos mais altos do município, a quase seiscentos metros de altitude, na divisa com São José do Herval, daí a origem da denominação. A temperatura amena no verão e gelada no inverno, associada ao relevo acidentado, cortado pelo Rio Forqueta, formam um belo cenário, atrações para os olhos de quem circula pela BR-386, que passa no centro da localidade. Os primeiros indícios de habitação remontam ao ano de 1900, quando passavam pelo local os tropeiros que conduziam gado de Soledade para a região. O cemitério é um dos mais antigos da região, com pessoas sepultadas há mais de oitenta anos. Conforme a moradora e produtora rural Genir Formenton Meneghetti, que já atuou como professora, a comunidade embora pequena é muito unida e vive pacificamente, trabalhando e freqüentando a capela, onde o padre Nelson Müller, da paróquia de Pouso Novo, reza as missas mensalmente, e nos momentos de lazer no salão comunitário, onde ocorrem os bailes do Frango e de Natal e a festa do padroeiro Santo Antônio. Ao lado do esposo Elio e do filho Felipe, que todas as noites desloca-se para cursar administração na Universidade de Passo Fundo, no campus de Soledade, eles tocam a propriedade produzindo frango e investindo também no reflorestamento. A suinocultura também está presente na comunidade. Um pequeno comércio de propriedade de Adair Bonacina, atende as necessidades básicas da comunidade e dos usuários da BR-386. A telefonia está presente em praticamente todas residências, pelo telefone celular. Um prédio em ruínas atesta a existência da Escola Santo Antônio, desativada há 18 anos. Por ela, passaram, entre outras, as professoras Henriqueta Zenn, Maria Pretto Colussi, Tarezinha Colussi e Joveli Paludo. “Com o fechamento da escola, acabou-se a ligação das pessoas com a comunidade, que a partir daí, parou de crescer e com isso muitos acabaram indo embora, principalmente os jovens”, observa. Arlindo Antuntes é o presidente da comunidade. Entre as famílias atuais aparecem os sobrenomes Meneghetti, Piovesani, Bonacina, Castoldi e Cristófoli.

domingo, 18 de setembro de 2011

ARROIO ABELHA 2 - FORQUETINHA




A localidade está situada na divisa entre os municípios de Forquetinha e Sério. Leva a denominação de Arroio Abelha 2 para diferenciar das localidades homônimas (está certo?) Arroio Abelha I, em Forquetinha e Arroio Abelha em Sério. Todas são próximas, separando-se pelo arroio que passa pelas comunidades. De acordo com o historiador José Alfredo Schierholdt, o manancial é afluente do arroio Alegre. “A igreja evangélica está mencionada no Diccionário Geographico, Historico e Estatistico do Estado do Rio Grande do Sul de Otávio Augusto de Faria, de 1914. O primeiro batizado feito por pastor de Conventos foi em 10-2-1890, de Ana Scheidt, filha de Carlos Scheidt e Guilhermina Fülber.” De acordo com o historiador a listagem de eleitores de Estrela, em 1890, não separou as linhas Abelha e Alegre, mas as dividiu no 10º quarteirão eleitoral, com 19 eleitores e 11º quarteirão eleitoral, com sete eleitores, entre eles Bernardo Schmatz, Cristiano Luft, João Pedro Schmitz Filho, Jacó Schmitz, João Franscisco Bourscheidt, Luís Melchior e Martim Bourscheidt. Também entre os pioneiros aparecem os sobrenomes Sontag, Silgher, Hoppe e Heid.
Atualmente 80 pessoas residem na localidade, a maioria associada a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB). A igreja foi inaugurada em 1966, sediando cultos uma vez a cada mês pelo pastor Jair Dragon. Chama a atenção o fato de que há cerca de vinte anos o sino ser tocado diariamente, sempre ás 11h30min, pelo morador Adelário Sontag (57). Agricultor aposentado, realiza o trabalho voluntário auxiliado pela esposa, Delci Maria (54). “Somente não puxo a corda do sino quando estou doente. As pessoas estão acostumadas a orientarem-se pelas badaladas. Quando falece alguém ou nos enterros, também executo o serviço”, afirma. Para o casal, a localidade é o lugar perfeito para viver. “Não tem poluição, é muito calmo e as pessoas vivem em harmonia”. Na economia o destaque para a produção de frangos, suínos e fumo. Entre os professores que atuaram na escola particular desativada, são lembrados os nomes de Silvério Ludwig e Augusto Schnach. Deixaram saudade também os clubes de futebol, Aliança, Onze Amigos e União, que por falta de jovens atletas acabaram encerrando as atividades. Festividades são realizadas no salão comunitário, entre elas o baile de Kerb que ocorre no próximo sábado e a festa da comunidade ocorre em abril. Nos finais de semana os moradores se reúnem no local para jogar carteado. A cancha de bocha está desativada por falta de interessados. Quanto as comunicações são precárias, O telefone com ramal apresenta seguidamente defeito e celular não tem sinal. Entre os sobrenomes de famílias que residem na localidade estão Krumenauer, Kron, Schuc, Kemerich, Eckhertd, Ludwig, Bauer e Sineger, entre outros.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

PICADA CASTRO - POUSO NOVO

Localizada á dez quilômetros da sede do município, entre a BR-386 e o arroio Dudulha, está a pequena comunidade que já foi conhecida como Vila Castro,obviamente por abrigar dezenas de moradores com este sobrenome. Colonizada por volta de 1920, a localidade conta hoje com cerca de cem habitantes. A pequena igreja católica é o local de encontro da comunidade para cultos, missas e orações, coordenadas pelo frei Nelson Müller, da Paróquia Santo Antônio de Pouso Novo e leigos. A escola da comunidade foi fechada há cerca de seis anos. A única festividade que ocorre anualmente é alusiva ao padroeiro São Roque, comemorada no segundo domingo de agosto. Devido ao relevo acidentado, as 35 famílias que habitam o local, dedicam-se a fumicultura, avicultitura, suinocultura e criação de gado de leite. A localidade destaca-se também pelas paisagens naturais. Cercas de pedras, extensos potreiros, cerros, morros e o arroio Dudulha compõe um belo cenário, digno de cartão postal. Entre os moradores atuais aparecem os sobrenomes Andreolli, Fagundes, Severnini, Da Luz, Hermes, Jordão, Rasche, Brum, Bonassina, entre outros. O presidente da comunidade é produtor rural Dorvalino de Brum (60), que reside na localidade há 34 anos. “É um bom local para morarmos, estamos próximos a BR-386 e a cidade, as pessoas são trabalhadoras e gostamos muito de morar aqui”, afirma. No salão comunitário, aos finais de semana o espaço é disputado pelos jogadores de carteado. A cancha de bochas, por falta de interessados está desativada. Durante a semana farroupilha a comunidade reúne-se para participar de cavalgadas. Neste final de semana, o pessoal foi á cavalo até Constantino, no município de Progresso, buscar a centelha da chama crioula, que ficará acessa na sede do CTG Tropilhas da Serra, na sede do município. A localidade também é lembrada por fazer parte da Revolução Constitucionalista de 1932. Foi durante o Combate do Fão, ocorrido na vizinha Barra do Dudulha entre os dias 12 e 13 de setembro daquele ano, que os revolucionários se embrenharam em matos de Picada Castro após enfrentarem as forças do governo e retornarem em direção á Soledade. Ainda hoje, seguidamente encontram-se nas lavouras, cartuchos e armas utilizadas no episódio. Também conta-se que em um poço arroio Dudulha, estaria armazenada uma caixa de ferro contendo armas e munições, que foram abandonadas pelos combatentes. Ruídos estranhos seriam ouvidos durante as noites de lua cheia. Lenda ou não, o certo é que a comunidade resiste ao tempo e faz parte de um dos momentos históricos do Vale do Taquari.


sexta-feira, 2 de setembro de 2011

LARANJEIRAS - PROGRESSO

Um lugar no Vale


Laranjeiras – Progresso


Na contramão da história de pequenas localidades que estão prestes a desaparecer em função do êxodo rural, a pequena Laranjeiras, situada a três quilômetros e meio do centro da cidade, cresce em número de habitantes e economicamente. Cerca de 120 pessoas, distribuídas em 35 famílias, entre elas os Dell´Osbel, Nicolini, Fontana, Zanoni, Caumo, Lago, Eugênio, Reginatto, Zenatti, Borelli, Ferreira, Dias e Kunrath, que vivem na comunidade protegida pelo padroeiro São Francisco de Assis. Aviários, plantação de fumo, criação de gado leiteiro e casas muito bem construídas, compõe a paisagem do lugar, que é rodeado de lagoas,, morros e potreiros. Para se ter uma ideia da evolução da comunidade, no ano passado foi inaugurado o prédio da igreja católica e o cemitério. “Foi uma conquista após décadas, a população necessitava de um lugar sagrado para suas orações, nos unimos e em pouco tempo atingíamos nosso objetivo”, afirma Juciliano Zanoni (36) que juntamente com a esposa Quelen (29) e a filha Gabriela, investem na avicultura e gado leiteiro. O casal é um exemplo de jovens que apostam no meio rural. “É só trabalhar, acreditar e principalmente amar o lugar em que se vive”, justifica Zanoni. De acordo com ele, a comunidade se desenvolve porque é hospitaleira e pega junto quanto o assunto é trabalhar pela localidade. “Convocamos dez pessoas para uma reunião e quando vemos, aparecem vinte pessoas, emitem opinião e participam. Assim as coisas andam mais fáceis”. Por estar próxima a sede do município, a localidade não possui armazém. Diversos moradores trabalham em Progresso durante o dia e retornam a noite para a localidade. O lazer se concentra no ginásio de esportes construído há oito anos e na sede do Esporte Clube Laranjeiras, que ostenta um título de vice campeão municipal. Frei Albano Bohn reza as missas na igreja uma vez a cada mês. A propósito, a religiosidade da população é comentada por Quelen. “Terços, orações, encontros de famílias, grupos de oração, fazem parte de nosso cotidiano. Acredito que isto reflete diretamente na união da comunidade e suas conquistas”, avalia. Além da festa do padroeiro e do capitel e as domingueiras, a localidade é conhecida pelos shows bailes que ocorrem seguidamente animados por bandas famosas. Waldemar Dell`Osbell é o presidente da comunidade. Colonizada por volta de 1920 por descendentes de imigrantes italianos, diversos costumes são preservados até hoje. Nos finais de semana, além da bocha e carteado, o pessoal reúne-se para cantar no dialeto vêneto. “Não tem nada escrito, uns aprende com os outros”, salienta Zanoni. Na gastronomia, o pão de forno, a polenta e o vinho fazem parte da mesa dos moradores. A internet via rádio já está presente em algumas residências. Na história são lembrados os nomes da professora e catequista, Lurdes Schena Dell`Osbel, que atuou na Escola Municipal Henrique Pretto, fechada há oito anos. O morador Henrique Dell´Osbel (94) é um dos pioneiros da localidade. O nome é originário de um pé de laranjas, de tamanho descomunal, que existia na estrada geral da localidade.



sexta-feira, 26 de agosto de 2011

ALTO PAU QUEIMADO - PROGRESSO

Cerca de cinquenta moradores residem na localidade que está situada á dez quilômetros da sede do município. O acesso é pela RS 423, percorrendo-se três quilômetros de estrada de chão. Chama atenção a inexistência de igreja. As missas são rezadas no salão comunitário, uma vez por mês, pelo padre Milton Backes. “O pessoal é associado em comunidades vizinhas, como Batuvira, Bela Vista do Fão e Progresso, ficamos no caminho para estas localidades, por isso nunca foi pensado na construção de uma igreja e nem de cemitério”, esclarece o produtor rural, natural da comunidade, Antônio Casanova (48), que juntamente com a esposa Janete Pifer (42) e o filho Jonas, tocam uma pequena propriedade. De acordo com os moradores, a comunidade recebeu os primeiros habitantes por volta de 1940. Eram as famílias Schena, Titelo, Ongaratto e Casanova, entre outros. A denominação Pau Queimado seria originária de uma Cangerana, árvores centenária que foi queimada e o que restou durante muitos anos serviu como referência ao lugar. Abençoados pela padroeira Nossa Senhora das Graças, os moradores preocupam-se com o esvaziamento da comunidade. “Há onze anos fecharam a Escola Municipal Tiradentes, fundada em 1968, e daí em diante deu tudo para trás. Foram embora as pessoas mais novas e não retornaram mais”, lamenta Casanova. Ele teme pelo futuro da comunidade. “Ainda vale a pena ficar aqui e plantar, mas não sei por quanto tempo. As estradas são péssimas e a gurizada vai embora em busca de melhores oportunidades.” Da extinta escola, onde ainda existe o prédio abandonado, são lembrados os nomes de professores como Clarisse Schena Ongaratto, Marli dos Santos, Mariza Battisti e Inês Fontaniva Paludo. Comunidade de tradição católica, reza-se o terço todas as semanas e circulam de casa em casa as capelinhas com imagens de Nossa Senhora de Fátima. Lazer somente nos finais de semana nos jogos de bocha e carteado no salão comunitário ou ainda nos eventos promovidos pelo Clube de Mães Nossa Senhora das Graças. Há sete anos encerrava as atividades o Esporte Clube Flor da Serra. Os poucos moradores que ali residem dedicam-se ao cultivo de fumo, milho e criação de gado leiteiro. Telefone somente com celular em pontos estratégicos, geralmente em morros mais altos. Entre os moradores atuais aparecem as famílias Ongaratto, Mezacasa, Draghetti, Groff e Casanova. Ivo Redelker é o presidente da comunidade.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

APITIRI - PROGRESSO

A localidade está situada a seis quilômetros da sede, sendo que parte da rodovia já está pavimentado com asfalto. Habitada por cerca de 130 moradores, a comunidade tem sua história iniciada em 1920 quando chegaram os primeiros moradores. A denominação Apitiri é indígena. Eram as famílias de Luis Possente, João Lesseu, Ângelo Pozzebon, João Gheno e Pedro Kará, conforme pesquisa realizada pelo Frei Albano Bohn. A primeira capela foi inaugurada em 1922, tendo como padroeiro São Roque. A data é comemorada até hoje. No último dia 16, dia consagrado ao Santo, houve festa reunindo 1500 pessoas, tradição que vem desde 1939. Em 1924 surgiu a primeira escola tendo como professores Amélia Lesseu e José de Abreu. A primeira catequista foi Rosa Tarelli. A comunidade orgulha-se muito pelos filhos que seguiram carreira religiosa: freis Celso, Mauro e Luis Brancher e as irmãs Arcângela, Carmila, Selvina e Gema Pozzebon, Carla, Elionara Pozzebon, Iris Possebon e Ângela Piassini. A economia atual baseia-se na cultura do fumo, aviários e gado leiteiro. A igreja católica abriga os fiéis nas missas rezadas uma vez a cada mês. A fé também é manifestada com as capelinhas que passam de casa em casa. São dedicadas ao Sagrado Coração de Jesus, Santa Rita e Nossa Senhora Auxiliadora. Situada no caminho para Morro Azul, Boqueirão do Leão e Barros Cassal, a localidade é servida somente por ônibus do transporte escolar. A Escola Municipal Duque de Caxias encerrou as atividades em 2009. “Pode ser o começo do fim da comunidade”, exclama o morador Mário Dapont (63), que ao lado da esposa Judite (66) e das irmãs Terezinha Francetto e Aurora Dapont, vêem o número de habitantes diminuir cada vez mais. “Os alunos são transportados para a sede do município e assim começa o distanciamento da terra natal, quando crescem eles não voltam mais”, afirma o comerciante Alfredo de Almeida, proprietário do único armazém da localidade onde a a comunidade reúne-se aos finais de semana para jogar bocha e o carteado. A comunicação telefônica funciona por meio de ramal. “Celular só subindo em algum morro”, afirma Mário Dapont, que mesmo diante das dificuldades diz que o lugar é bom para morar. “Tranqüilo, as pessoas se conhecem e ajudam uma as outras, só temos saudades dos tempos em que existia moinho colonial, ferraria e descascador de arroz.” Tradicional, o Esporte Clube Apiriti encerrou as atividades recentemente. Entidades como a Comunidade Católica, presidida por Ernani Dapont, a Sociedade de Água e o Clube de Mães Nossa Senhora das Graças envolvem a comunidade em diversos eventos como o jantar baile e a festa de São Roque. Entre as famílias atuais aparecem os sobrenomes Dapont, Zenatti, Almeida, Zuffo, Veruck, Zagonel, Martins, Lussani, Pozzebon, Piassini, Maffi e Bariviera.


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

NOSSA SENHORA DAS DORES - COQUEIRO BAIXO


Situada á cerca de 12 quilômetros da sede do município, a localidade abriga hoje em torno de cinquenta moradores, constituídos por quinze famílias. Região tomada por morros é cortada pela estrada denominada de Nossa Senhora das Dores, numa alusão a Santa padroeira da comunidade. A história da colonização remonta a 1930 com a chegada dos pioneiros, descendentes de italianos, oriundos da região de Garibaldi, Eram as famílias de João Meneghini, Albino Gonçalves, José de Andrade, Guido Valer, Joaquim Dutra, Orestes Bertol e Cravelino Cardoso, Henrique Rossini, Guilherme Grizzotti e Lucio de Andrade. Primeiramente denominaram a localidade como Sobra, numa alusão as terras que eram do governo e que havia lhes passado o que restara. O nome de Nossa Senhora das Dores surgiu a partir de uma promessa quando os pioneiros legalizaram as terras. A igreja católica construída em 1940 teve como construtores Natal Scartezzini, Atílio Rossi, Henrique Rossini e Guilherme Grizzotti. A primeira escola foi construída em 1962 com a denominação de 19 de novembro, tendo como primeiros professores Astrogildo de Freitas, Amaro de Freitas e Ângelo Fontana. Mais tarde surgiu a escola Humberto de Campos. Também atuaram como professoras Marilúcia Valer e Terezinha Senter. O casal de produtores rurais, Ana Grizzotti Valer (71) e Nelsi Elias Valer (74) nasceram e ainda permanecem na localidade. Constituíram uma família de seis filhos que hoje atuam nos ramos de hotelaria, restaurante, lancherias, comércio e casas lotéricas e agricultura em cidades como São Paulo, Porto Alegre e Caxias do Sul. "Mas não perderam a ligação com suas raízes, seguidamente nossos filhos estão aqui a passeio para curtirem as coisas boas que temos na localidade", afirma Teresinha, que junto com o esposo recebe á todos com um largo sorriso. Como bons descendentes de italianos, o casal Valer mantêm a tradição de freqüentar as missas rezadas pelo Padre Marino Winck, ingerir um copo de vinho diariamente, fabricado por eles mesmos e pelo menos uma vez por semana, não pode faltar uma bela polenta no almoço. A economia atual baseia-se em aviários, reflorestamento e criação de vacas de leite. "Vivemos bem, temos acesso a telefone celular e internet e recebemos atenção especial na área da saúde", frisa Nelsi, que atua como leigo na igreja católica e representante da Cerfox, cooperativa de energia elétrica. Saudades o casal tem da movimentação que existia há 20 anos quando circulava um ônibus da empresa Oasis, uma vez por semana, até Nova Bréscia. Também do pessoal que comercializava produtos no Moinho Colonial de Eduardo Rodrigues. A fé católica também é manifestada através da Capelinha com a imagem do Sagrado Coração de Maria que circula pelas residências. Na política, o representa da comunidade é o vereador Jocimar Valer. As festas de São Paulo e da padroeira movimentam a comunidade, assim como o jantar baile do Clube de Mães Aliança do Amor. O Esperança Futebol Clube encerrou suas atividades há dez anos por falta de jogadores. Nos finais de semana o passatempo são os carteado e o bate papo no salão da comunidade que tem como dirigentes Euclides e Gilberto Pavoni. O Arroio Coqueiro passa por um bom trecho da localidade, tornando-se também uma atração turística. Entre as famílias que residem na localidade aparecem os sobrenomes Valer, Mânica, Grizzotti, Meneghini, Weber, Damázio, Rossini, Pavoni, Camargo, Denardi e Devite.

sábado, 16 de julho de 2011

SÃO LUIS - PROGRESSO

 

Na divisa entre os municípios de Progresso e Boqueirão do Leão, localiza-se a comunidade que conta com cerca de 150 moradores, distribuídos em 45 famílias. A origem remonta a 1910 quando chegaram os primeiros moradores Carlos Battisti, Fortunato Picolli, Eleodoro Borges, oriundos de Gramado São Francisco, Jacarezinho e Três Pinheiros. Dados históricos obtidos pelo frei Albano Bonh, relatam que em 1949 foi construída a primeira capela, tendo como padroeiro São Luis. Em 1955, o arcebispo de Porto Alegre, Dom Vicente Scherer esteve na localidade realizando crismas. Em 1956 foi inaugurado o cemitério. A forte colonização italiana seguidora da fé católica que resultou em seguidores da vida religiosa, entre eles Hilário Battisti, Roque Paloschi, as irmãs Jurema, Ida e Terezinha Battisti, Rosalina Borges Vieira, Alcir Finatto, Isnar Borges Vieira e Alcir Paloschi. A primeira professora da localidade foi Fiorentina Guerra Battisti, reunia os alunos na capela. Hoje a Escola Municipal Duque de Caxias atende a comunidade. Para a moradora Maria de Lurdes Nicaretta (58), que é professora,  o lugar é bom para viver, porém com algumas carências. “O asfalto está chegando, há quatro quilômetros, porém nos falta a internet. Hoje em dia não tem como ficar desconectado do mundo”, lamenta. O telefone convencional funciona através de ramal, mas em alguns pontos é possível a comunicação por celular. Na economia destacam-se a produção de fumo, reflorestamento, gado leiteiro e agricultura de subsistência. A empresa de ônibus Transportes São Luis,  a maior da município , tem sede na localidade, que recentemente também recebeu uma madeireira. Para os moradores Jaime Barbieri (54) e Derlei Borges (46), embora seja um local afastado dos grandes centros a localidade é um bom local para o convívio social. “São ótimos vizinhos que se integram durante as festas e bailes, além dos encontros nos finais de semana para a missa ou para o lazer como o carteado, bocha e o futebol. Os pontos de encontro são o salão comunitário, Esporte Clube São Luiz, e os armazéns Zanatta e Paloschi. Para Borges, a possível emancipação do distrito de Campo Branco irá contribuir para o crescimento da localidade.  Dos quatorze quilômetros que separam a sede do município com a localidade, dez já estão asfaltados. Pertencendo ao novo município, progrediremos também”, projeta. Entre as famílias atuais aparecem sobrenomes como Paloschi, Nicaretta, Guaragni, Finatto, Koempfer, De Boer, Lima, Meneghotto, Borges, Barbieri, Calvi, Sbardelotto, Caumo, Gottardi e Senger.

 

domingo, 10 de julho de 2011

TRÊS SALTOS BAIXO - TRAVESSEIRO


Entre vales, montanhas e o rio Forqueta, situa-se Três Saltos Baixo. A pequena localidade está a cerca de dez quilômetros da sede do município de Travesseiro á beira da estrada que liga Picada Felipe Essig e Linha São João. O nome se originou a partir da existência de três quedas d´agua situadas no arroio que corta a localidade e desemboca no Rio Forqueta. Acima estão Três Saltos Médio e Três Saltos Alto.
Colonizada por imigrantes alemães por volta de 1880. São lembrados nomes de pioneiros como João Rodrigues, Leopoldo Vanderer, Reinoldo Stefler e Leopoldo Fuchs. O local teve seu auge de desenvolvimento na década de 1940. "Aqui existiam três casas comerciais, dois açougues e matadouros, fábrica de botas, cervejaria e serraria que atendiam toda a região", recorda Noêmia Iraci Meyer (83) anos, que nasceu e sempre residiu na localidade. Seus pais Alberto e Elsa Ritter eram proprietários da serraria. Na época cerca de trezentas pessoas habitavam o local. "Hoje não passam de cem moradores", destaca.
Entre esses estão os Haubert, Closs, Scheider, Fuchs, Rochemback, Andersen, Relly, Ritter, Egevard, Horbach, Walter e Deicke. A Casa Comercial Rochemback tem 45 anos de existência e fica á beira da estrada que liga a sede à Barra do Fão.  Solange Rochembach é a administradora de um armazém onde se vende de tudo um pouco, desde produtos alimentícios até confecções. O imponente prédio da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECBL) é o ponto de encontro para orações da comunidade. Recentemente passou por reformas através de recursos investidos pelos próprios moradores. Os bailes de Kerb, a festa do fumo e os encontros de corais agitam a vida social da localidade. Entre os fatos marcantes da comunidade estão as enchentes do Rio Forqueta. A de 1919 foi a maior até hoje. Porém a de 4 de janeiro de 2010 quase igualou àquela. O cemitério ao lado da igreja ficou totalmente embaixo das águas, mas sem muitos danos as sepulturas. Uma ligação pela pinguela sobre o Rio Forqueta faz a ligação da comunidade com o Rio Forqueta. Embora com a redução do número de moradores, os que permanecem se dedicam a produção de gado leiteiro, avicultura e plantações diversas como fumo e milho. A localidade também é sede da empresa de ônibus Lumatur.  Para quem desejar conhecer Três Saltos o caminho mais fácil é pegar a BR-386 em Lajeado, seguir até Marques de Souza, tomar a estrada até Travesseiro. Passando a ponte sobre o Rio Forqueta, entrar à esquerda, passando por Picada Fellipe Essig, seguindo mais seis quilômetros. "Um ótimo lugar para se viver" como define a moradora Noêmia Iraci Meyer.

 

sexta-feira, 1 de julho de 2011

MEDOREMA - POUSO NOVO

Localizada há dez quilômetros da sede do município, a localidade abriga cerca de cem moradores, divididos entre Medorema Alta e Baixa. A maioria é descendente dos imigrantes italianos que chegaram por aqueles lados em 1899. Até hoje são lembradas as famílias dos pioneiros Casaril, Orsolin, Minotto, Martini, Valer, Vidal e outros, oriundos de municípios da serra gaúcha, como Garibaldi e Caxias do Sul. Entre estas famílias, muitos eram naturais da Itália. Rodeada por morros íngrimes, os espaços disponíveis são utilizados para avicultura, fumicultura e criação de gado de leite. Mas o carro chefe da economia local é o reflorestamento. A estrada geral que corta a localidade é margeada dos dois lados por centenas de metros cúbicos de árvores derrubadas. São eucaliptos e pinus eliotti fornecidos para empresas da região de Carazinho e Passo Fundo. Os moradores recordam da época em que residiam em torno de quatrocentos moradores. As casas comerciais de Onório Casaril e Nelson Giovanella, a serraria movida com máquina a vapor, moinho com roda d´agua e barbaquá de erva mate atraiam pessoas e movimentavam a comunidade. Hoje o local para encontro e lazer é a bodega junto ao salão comunitário, onde nos finais de semana, os moradores jogam bocha, carteado e conversam sobre diversos assuntos. Ao lado, a igreja católica, cujo padroeiro é Santo Antônio, que é referenciado em festa anual juntamente com Santa Lucia. As missas ocorrem uma vez por mês, rezadas pelo padre Nelson Müller, da Paróquia de Pouso Novo. A propósito, a fé dos moradores é também manifestada nos capitéis de Santo Expedito, Antônio, Salete e Lucia, espalhados pela localidade. A capelinha com a imagem de Nossa Senhora de Lourdes percorre mensalmente todas as residências. A única escola foi desativada há quatro anos. Entre os professores que por lá passaram são lembrados os nomes de Adolfo Valer, Lidia Orsolin, Iolanda Bianchini, Nestor Paludo, Ivo Ferronato e Zique Pretto. Atualmente os estudantes tem acesso às aulas em Picada Taquari e na Sede. Também desativado o Nova Aliança, a equipe de futebol que movimentava as tardes de domingo. O ABC foi o primeiro time da comunidade. A gastronomia herdada dos imigrantes é mantida até hoje. Na residência dos Muttoni, por exemplo, nunca falta o vinho caseiro, polenta, queijo, salame e radici. "Herdamos de nossos avós e pais, o gosto do trabalho e o apreço pela terra em qe nascemos", afirma Mauro Muttoni. Juntamente com Marta, Osmar e Maria Ferrari eles forma famílias que apostam no agronegócio. Lidam com o reflorestamento, tradição que vem desde o avo Carlos Muttoni. "Nestes terrenos nada planos, é no braço e na força de vontade que produzimos", emenda Mauro. O telefone celular tem bom sinal na localidade que já conta com o serviço de internet via rádio. Filhos dos produtores tem acesso as aulas em Picada Taquari e na Sede. Entre os sobrenomes de familiais atuais aparecem Marchese, Muttoni, Zago, Vinghatti, Freisleben, Ferrari, Gottardi, Guerra e Santos. De acordo com o morador Vivairo Zago, a denominação da localidade vem da junção de duas palavras. "Entre os primeiros moradores havia uma pessoas que media as terras. Sua esposa chamava-se Ema. Daí surgiu Medorema", justifica.

sábado, 18 de junho de 2011

COQUEIRO ALTO - COQUEIRO BAIXO

A comunidade com cerca de duzentos habitantes localiza-se a 3,5 quilômetros da sede do município. A denominação origina-se pela existência de coqueiros com alturas significativas. Conforme pesquisa realizada por Iride Bonassina, Severino Meneghini, Gemma Emmer Vian e Francolina Emmer, a colonização teve inicio por volta de 1910, através das famílias Rodrigues, Sbaraini, Batista, Viécelli e Salami. A primeira igreja foi construída em 1912. Depois, em 1942 foi edificada uma nova. A atual foi construída em 1977. Na construção das igrejas aparecem os nomes dos fabriqueiros, ou seja construtores, Carlos Bertol, Luiz Gnoatto, Luiz Vécelli, Valmor Conte, Sílio Emmer, Alcides Meneghini e Zeno Bagatini. O padroeiro da comunidade é São Valentim, que é festejado todos os anos, no segundo domingo de fevereiro. A preocupação com a educação, fez com que os colonizadores, vindos da região da serra gaúcha, fundassem a primeira escola em 1916, tendo como primeiro professor Remígio Camboim. Há quatro anos foi desativada. Entre os fatos que marcaram a história da comunidade está a invasão de gafanhotos em 1935 e 1947, arrasando completamente as lavouras. Na década de 1920, Coqueiro Alto era um importante local de encontro de viajantes com hotel, duas casas comerciais, sapataria, ferraria, curtume, moinho de pedra, fábrica de queijo e alfaiataria. “Naquela época a localidade era um importante centro, isto aqui era maior que a sede de nosso município hoje”, afirma o morador Sílio Emmer (82). Sua família composta pelo filho Jorge, a nora Lurdes e os netos Cristina, Juliana, Julite e Elis apostam na produção de frango, se dedicando também a produção primária. E como bons descendentes de italianos, não dispensam um copo de vinho diariamente. “mas tem que ser produzido por nós mesmos, é uma tradição de cada família daqui. Se não tem parreira, compra-se a uva para fazer o vinho. Este garanto não dá dor de cabeça”, salienta Sílio. As netas, á noite freqüentam a Univates em Lajeado. O Esporte Clube Juventude envolve os jovens nos jogos de futsal e futebol de campo. A entidade tem como presidente Felipe Salami. A comunidade católica é presidida por Valdecir Federizzi que nos próximos dias passa o cargo para Amauri Bassani. O telefone ainda é através de ramal, mas a internet via rádio é realidade para dezenas de moradores. A comunidade possui dois cemitérios: um para os católicos e outro comunitário para as demais religiões. “Um ótimo lugar para viver, perto de tudo, quase na divisa entre Coqueiro Baixo e Nova Bréscia, onde todos se conhecem e trabalham por dias melhores”, declara Jorge Emmer. Como na maioria das pequenas localidades do interior, a paisagem, além dos morros, é tomada por dezenas de aviários.

sábado, 11 de junho de 2011

LINHA 12 DE OUTUBRO

A localidade também conhecida como Linha Roncador até pouco tempo atrás, localiza-se a cerca de dois quilômetros da sede do distrito do Bela Vista do Fão, podendo até ser considerada como uma extensão deste. Uma única rua abriga residências de trinta famílias, algo em torno de oitenta pessoas, que dedicam-se a suinocultura, avicultura, criação de gado leiteiro e fumicultura. Por estar situada próxima da sede do distrito, a vida dos moradores está totalmente vinculada à este, como armazéns, escola e igreja. A localidade divide-se também Linha Merlo e Zago.
Os primeiros moradores chegaram por volta de 1905. O Arroio Roncador cota a localidade em toda sua extensão. Devido á altitude do local, tem-se uma bela visão do Rio Fão. As manifestações de fé traduzem-se pela festa de São Roque que ocorre em agosto com o tríduo realizado junto capitel de onde sai a procissão até a igreja católica Nossa Senhora de Lourdes em Bela Vista do Fão. No percurso da romaria, cerca de 2,5 quilômetros, muitas rezas e orações em função do Santo ser o padroeiro da comunidade. A Sociedade de Água 12 de Outubro garante o abastecimento dos moradores. Lenice Casagrande (40), é natural da localidade onde reside juntamente com o irmão Valmir e a mãe Metilde, que dedica-se à zelar pelo capitel. Ela afirma ser muito bom residir no local. "É uma comunidade ordeira e trabalhadora, que está sempre unida em busca de melhores dias para todos. Um lugar tranquilo" Lenice desempenha funções como merendeira na Escola Estadual Frei Antônio, na sede do distrito. O Expresso azul mantêm uma linha de ônibus diariamente que passa pela localidade em direção a Lajeado. Estudantes que se dirigem à Univates também tem transporte desde o local. Os telefones são com ramais, mas a Internet já está presente em algumas residências. Conforme o vereador Ivo Pavi, ainda não se sabe o porquê da denominação da localidade. "A colonização iniciou-se por volta de 1910, mas até hoje não se tem oficialmente o motivo do nome."Entre as famílias atuais aparecem sobrenomes como Zago, Künzel, Casagrande, Petrini, Martini, Conceição, Henicka, Turcatti, Vetorazzi, Merlo, Gheno, Freitas, Zanoni, Finatto e Felicetti.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

LINHA CAÇADOR - NOVA BRÉSCIA

A história de colonização da comunidade remonta a 1895 quando chegaram os primeiros moradores, todos de origem portuguesa: Apolinário da Rosa Fiel, Francisco Nogueira, José Propício, Felipe Flor e Marcelino de Azevedo. Já por volta de 1900, chegaram os colonizadores descendentes de italianos, Vergínio Nichel, Luiz Federizzi, César Zambiasi, Simão Valgoi, João Tiecher, Francisco Meneghini, José Magagnin, José Delazeri, João Macagnan, Máximo Martini e Jacinto Bertol.
A denominação de Linha Caçador surgiu quando no inicio da colonização, agrimensores mediam as terras na beira de um arroio e encontraram um homem desconhecido caçando. Alguns dados históricos citados na obra Nova Bréscia, editada em 1984, destaca que em 1914 foi construída a primeira capela que foi inaugurada pelo padre João Morelli. Os construtores foram José Magagnin, Simão Valgoi, Jacinto Bertol e Henrique Palauro. O cemitério foi construído em 1918. O primeiro sepultamento foi de Carlos Conte. A primeira escola surgiu em 1919, tendo como professora Teresa Nicolini. Mais tarde lecionaram Gomercinda Moraes, Irene Mánica, Marta Meneghini, Alberto Dadalt, Leocádia Finatto, Alírio Aumond entre outros. Em 1930 foi construída uma nova capela. Em 1961 ocorreu a visita do bispo Dom Alberto Etges. Um novo prédio para a escola foi inaugurado em 27 de abril de 1980, tendo como professor Décio Moacir Laste. Há quatro anos a escola, por falta de alunos acabou fechando, tendo como professora Noeli Bravo. Com participação ativa na comunidade, a família Matuella preocupa-se com o futuro da localidade. "Hoje somos em 182 pessoas que integram 63 famílias. Recordo que em 1987 éramos 287 moradores", afirma Ilso Matuella, que atua como ministro da igreja católica, integra o conselho agropecuário e foi um dos fundadores do banco Sicredi no município. Para a família a falta de alternativas para fixar os jovens no interior e o fechamento da escola estão entre os motivos da diminuição da população. A esposa Anilse, ao lado da filha Ana Paula e o genro Jandir, que retornaram à localidade para da continuidade a produção de frangos, ajudam a tocar a propriedade. Uma outra filha atua numa churrascaria nos Estados Unidos. O sistema telefônico é por ramal. Celular não pega na localidade. Doze moradores possuem acesso a internet via rádio. Na economia o destaque para dezenas de aviários, chiqueirões e produção de gado de leite.
O Clube Esportivo Atlético Caçadorense, campeão municipal do ano passado, está desativado. Entidades como as associações de água e telefone, clube de mães Esperança de Viver e da terceira idade movimentam e prestam serviços à comunidade. As missas são rezadas pelo padre Marino Winck, uma vez por mês. Nos eventos o destaque para a festa do padroeiro São Marcos, encontros de terceira idade e festa comunitária. O ponto de encontro aos finais de semana para o carteado e a bocha ocorrem no salão da comunidade. Rafael Bonassina, Deoclício Senter, Gilmar Meneghini, Gilmar Valgoi. Rodrigo Mattuella e Nestor Pecin estão entre as lideranças locais. A localidade está situada á cinco quilômetros da sede do município.

sábado, 28 de maio de 2011

PICADA WASEM - MARQUES DE SOUZA

A localidade está situada próxima ao primeiro acesso da sede do município com a BR-386, a conhecida estrada velha para Marques de Souza. Caracteriza-se por ser um lugarejo com apenas 36 moradores e casas antigas, que datam do inicio do século passado, contrastando com modernas construções. Por estar próximo ás margens do Rio Forqueta, abriga áreas de lazer particulares, pertencentes a proprietários residentes em Lajeado. A colonização deu-se por volta de 1900, quando a maioria dos habitantes portava o sobrenome Wasem, logicamente originando a denominação da comunidade. Entre eles, estava o imigrante Albino Wasem. Por estar próxima a Picada Flor, a vida social dos moradores da localidade passa-se nesta comunidade. O comércio é inexistente, assim como escola e igreja. Os pontos de encontro para o lazer como o bate papo, carteado e jogos de bocha e futebol concentram–se no Bar do Jomertz e na Sociedade Esportiva Picada Flor. Na economia o destaque para a avicultura, gado de leite e culturas de subsistência. Extensas áreas de várzeas, margeando o Rio Forqueta, recebem plantações de milho, soja e pastagem. Para o casal de produtores rurais Ilse e Erico Brand, a Picada Wasem é o lugar ideal para viver. "Não tem lugar melhor do que aqui. Todos são conhecidos, nos ajudamos nas horas difíceis e fizemos festas juntos. Somos uma comunidade muito unida", destaca Erico. Ilse é vice-presidente do Clube de Mães Paz e Amor. "São entidades como estas que ainda dão vida as comunidades, através de reuniões e cursos", afirma. Erico é presidente da Sociedade Esportiva Picada Flor. Os Brand tem porém, uma preocupação. "Temos que fazer alguma coisa para segurar a juventude no interior, seja no lazer ou nas oportunidades de emprego, do contrário, não ficará ninguém para contar a história", resigna-se Ilse. O casal possui quatro filhos, que trabalham em Lajeado. Nas famílias que residem atualmente na comunidade aparecem os sobrenomes Brand, Müller, Belin,Dhein, Mann, Imich, Hepp, Kaufmann, Skripski, Montiel e Sbardelotto. Curiosamente, nenhum sobrenome Wasem.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

ALTO HONORATO - PROGRESSO

Cerca de duzentos moradores, representados por oitenta famílias, residem na localidade, situada á 18 quilômetros na sede do município e próxima a divisa com Barros Cassal e o rio Fão. A história de colonização do lugar remonta a 1926 quando chegaram os primeiros moradores. Entre eles, Pedro Crespon, Gomercindo Nicaretta, Alberto Henning e Henrique Battisti, oriundos de Gramado São Francisco, atual Progresso, José Vieira, Manoel Rodrigues, Rufino Jandrey e Fernando Jandrey, de Sete Léguas e Domingos Tomazzi vindo de Garibaldi. A primeira capela foi construída em 1934. A escola foi instalada em 1936. A atual escola municipal Ouro Preto foi inaugurada em 1985 na administração de Erny Petry e Claudio Schumacher, administradores de Lajeado. Hoje a instituição abriga 56 alunos, tendo como diretora Hulda Junges Chaba e professores Gisele Zanus, Lisângela Barbom, Elita Xavier Borges e Rejane Cassanelli. A igreja católica, que tem como padroeiro São Sebastião, foi construída em 1962, após a anterior ter sido destruída por um vendaval. O Frei Albano Bohn reza as missas que são mensais. Orgulho da comunidade são os filhos que seguiram vida religiosa. Padre Tercílio José Tomazzi, Bispo Anuar Battisti, padre Carlos Barbieri, Frei José Battisti, Irmã Lurdes Battisti, Irmã Terezinha Battisti e irmã Inir Rosa Zappas. Na política, Ari Morari, ministro da eucaristia, foi eleito o primeiro vereador pelo Partido dos Trabalhadores no Vale do Taquari. O Esporte Clube Cruzeiro, com um plantel de 40 jogadores envolve os jovens da comunidade. A equipe foi vice campeã municipal de futebol amador. O Clube de Mães São Sebastião, com sessenta associadas tem na presidência Naide Barbieri. Entre os eventos tradicionais organizados pela comunidade estão o torneio de páscoa e as festas do padroeiro, clube de mães e da escola.
Para o morador Jandir Morari (57), que se considera natural da localidade, Alto Honorato é lugar especial. "Vim para cá com um mês de vida. Nasci em Xaxim, mas aqui construí minha vida. É muito bom viver aqui, as pessoas são amigas, hospitaleiras, religiosas e trabalhadoras". Com a esposa Ivone e os filhos Eduardo, Elisângela, Edáscia e Fernanda a família investe numa propriedade agrícola com destaque para a produção de suínos. A propósito, além da suinocultura, a economia local se destaca pela produção fumo e gado de leite. Aos finais de semana o lazer ocorre nas casas comerciais de Reni Zanus e Romeu Barbieri onde os freqüentadores jogam bocha e quatrilho. A internet ainda não chegou, mas o telefone é acesso por DDD. Entre as famílias atuais aparecem sobrenomes como Morari, Faleiro, Zapas, Battisti, Delosbel, Barbieri, Zuffo, Pontin, Borelli, Weber, Eckert, Santos, Nicolini, Miranda, Zanus, Nunes, Piacini, Pifer, Caumo, Paloski e Schmidt.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

TRÊS REIS - COQUEIRO BAIXO

Uma estrada de chão batido divide ao meio a pequena localidade que conta com cerca de 150 moradores. Parte do moradores residem em Coqueiro Baixo, outra parte em Relvado. Porém a "sede" da comunidade, constituída pela igreja, salão comunitário e a escola, que foi desativada neste ano, estão situadas na área de Coqueiro Baixo. "Isto não é nada bom, pois mora-se num município e se tem terras no outro. Isto sem falar na política, pois divididos não conseguimos eleger vereador por nenhum município", reclama o produtor rural Iduíno Rossi (77), natural da localidade e que com a esposa Tercila Zanatta Rossi (74), teve nove filhos. Três Reis fica a três quilômetros da sede de Coqueiro Baixo e a nove de Relvado. A denominação é em honra aos padroeiros, os Três Reis Magos. Na igreja católica construída em 1946, o padre Valdir Biasibetti, da paróquia de Relvado, reza as missas uma vez a cada mês. A capelinha com a imagem de Assunção de Nossa Senhora percorre as residências. Os primeiros moradores chegaram por volta de 1910, vindos de Garibaldi e outros municípios da serra gaúcha. Eram os Bagatini, Fedrizzi, Delazzeri, Dallavécchia e Rossi. Aos finais de semana, os moradores se encontram para os jogos de bocha, carteado e bocha 48 nas casas comerciais de Valdir Baldissera e Diacir Pecin. O Esporte Clube Juventude encerrou as atividades recentemente. "Dá uma pena ver isso acontecer, mas restam poucos jovens na localidade, ao contrário de épocas passadas quando formávamos até três equipes", lamenta Iduíno. O filho Moacir profetiza: "Só ficaram os idosos. A juventude não vê nenhum atrativo para continuar aqui. Está virando tudo em mato, como no início da colonização. Estamos a caminho do fim". A Sociedade de água garante o abastecimento para a comunidade que também possui telefone DDD. A Escola Vila Lobos, que funcionou por décadas e chegou a ter 174 alunos, fechou neste ano, pois restavam apenas quatro estudantes. Entre os professores são lembrados os nomes de Davit Schena, Inês Bagatini, Orestes Emmer, Ângelo Laste, Alcides Caumo, Altair dos Santos e Pedro Formam. Por muitos anos também funcionou o moinho colonial de propriedade de Severo Alberton. Na economia destacam-se os produtores de leite, aves e frango. Entre os moradores atuais aparecem sobrenomes como Rossi, Salvi, Sbardelotto, Baldissera, Kich, De Conto, Federizzi, Dal Pian, Zenatti e Loss, entre outros.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

RUI BARBOSA -CANUDOS DO VALE

Imagine um lugar no interior onde a população multiplica-se por vinte vezes num só dia. Pois para a comunidade de Rui Barbosa, interior de Canudos do Vale, este fato é comum no segundo domingo de fevereiro quando ocorre a romaria e festa em homenagem a Nossa Senhora de Lourdes. Romeiros de todo o Estado se dirigem até a gruta da localidade para agradecer e renovar promessas a Santa. Neste dia os cento e cinquenta moradores acolhem em torno de três mil visitantes. A história da comunidade remonta a 1910 quando por ali chegaram os imigrantes italianos vindos de Garibaldi e Linha Stefânia, hoje pertencente a Nova Bréscia. Estre eles estavam as famílias Pretto, Berté, Zanoni, Basségio, Morari e Calliari. Até 1950, a localidade foi conhecida como Linha Orlando, passando então a nomenclatura atual. Localizada a nove quilômetros da sede, limita-se com Progresso e Marques de Souza. A escola Roque Gonzalles que formou diversas gerações de estudantes encerrou suas atividades no passado com apenas cinco alunos. A primeira missa foi celebrada em 18 de maio de 1932. A igreja atual foi construída em 1958, tendo como pároco o frei Albano Bohn.  Por muitos anos a comunidade foi um importante centro comercial através das atividades do Moinho Preto Zagonel, mais tarde transferido para Lajeado. Eram proprietários os irmãos Narciso, Arlindo, Angelin, Vergínio, Irio, João e Antônio Pretto e Léo Zagonel. Conforme o morador Erni Calliari (55), natural da localidade, um dos orgulhos da comunidade é o Esporte Clube Canarinho, campeão municipal diversas vezes e vice regional na série B. "É ali que apostamos no futuro da comunidade, a juventude participa muito e chega a faltar lugar na equipe durante as competições." Ele também destaca a união dos moradores. "Aqui somos muito unidos, tanto no trabalho como nas festas e no esporte.  Somos um povo religioso e muito hospitaleiro, que vive numa comunidade ordeira e que gosta de trabalhar".  Santo Antônio é o padroeiro, sendo que além da festa em sua homenagem ocorrem também a festa de São Roque, almoço italiano e o baile de Kerb.  "A maioria aqui é italiano, mas realizamos um kerb para alemão nenhum colocar defeito", diverte-se. Aos domingos, após o culto na igreja católica, a diversão passa pelos jogos de carta, bocha e o bate papo na casa comercial Girardi.Também ocorrem na comunidade as atividades do grupo da terceira idade Estrela do Vale e Clube de Mães Sempre Avante. Na economia o destaque para avicultura, suinocultura e gado leiteiro. Entre os sobrenomes dos atuais moradores aparecem Calliari, Berté, Schmidt, Grall, KRüger, Rieth, Basségio, Girardi, Talini, Gotardi, Hass, Lussani e Barcelos.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

LINHA PILÃO BAIXO - COQUEIRO BAIXO

O trecho de quatro quilômetros da estrada de chão batido que liga a localidade com a vizinha Arroio da Laje, a medida que é percorrido, vai tornando-se cada vez mais estreito, como se o caminho fosse terminar, assim como se anunciasse o prenuncio de que o lugarejo, que conta com cinquenta moradores, esteja também próximo do fim. Pelo caminho, dezenas de roças e casas abandonadas. "Isto aqui virou terra de aposentado e muito mosquito, de bom mesmo somente o clima e a proximidade com o Rio Forqueta", exclama o morador José Luiz Teixeira (61), que ao lado da esposa Célia (57), possuem uma propriedade no local. "A comunidade já foi forte, mas isso é coisa do passado, com muito sacrifício criamos nossos seis filhos que foram embora para trabalhar em restaurantes, como a maioria dos jovens da região. Está tão difícil, que em alguns finais de semana, não conseguimos reunir duas duplas para jogar bocha na cancha da comunidade", lamenta o agricultor. Em pé, além de uma dezena de casas, está a igreja católica, pertencente a Paróquia de Relvado e que homenageia o padroeiro São Roque na tradicional festa em agosto. As famílias Cantu, Barbieri e Ongaratto integraram o grupo de imigrantes que iniciaram a colonização por volta de 1910. Foram eles que montaram um monjolo tocado a água para socar o arroz com um pilão pequeno, daí surgindo o nome da localidade. Por muitos anos, um moinho colonial pertencente a Rodolfo Teixeira, além de alambique e serraria, movimentavam a localidade. Na economia atual, a maioria dos agricultores dedicam-se ao plantio de milho e criação de gado e suínos.
Entre os moradores atuais aparecem os sobrenomes de origens italianas e luso brasileiros como Ongaratto, Teixeira, Zambiazzi, Cardoso, Barbieri, Faccioni, Ziani, Teixeira, Silva, De Carli, Valmórbida, Degásperi e Rosa. A distância com a sede do município é de dezoito quilômetros. Para se comunicar com outras localidades, somente via celular.

sábado, 23 de abril de 2011

BARRO PRETO - POUSO NOVO

Cerca de oitenta moradores habitam a pequena comunidade localizada ás margens da BR-386 em direção a Soledade e a sete quilômetros da sede do município. Entre estas, aparecem sobrenomes como De Gásperi, Ferrari, Amaral, Freitas, Maia, Cardoso, Zanatta, Bonacina, Trombini, Radaelli, da Rosa e Bianchini.
A origem do nome da localidade, de acordo com o morador Domingos Tonello (73), deve-se aos tropeiros que transitavam pela região por volta de 1900. “Quem relatou para mim foi José Timóteo da Rosa, já falecido. As tropas vinham de Soledade e Passo Fundo rumo a Lajeado e Arroio do Meio. Aqui era um ponto de parada, pois tinham que transpor um banhado grande e com barro escuro. Logo surgiu a denominação de Barro Preto para identificar o lugar.” Tonello também recorda da época das grandes safras de feijão e soja. “Nas décadas de 1970 a 1980 faltavam caminhões para transportar nossa produção, porém as propriedades foram desaparecendo e hoje o pessoal se dedica a avicultura, suinocultura e produção de leite. O mato toma conta de tudo”, resigna-se. Jovens filhos de agricultores após concluírem o ensino médio partiram em busca de melhores condições de vida. Hoje eles atuam como comerciantes, proprietários de restaurantes e bancários em Porto Alegre e São Paulo. A fé católica, herança dos imigrantes italianos é manifestada na igreja da comunidade Nossa Senhora do Caravágio que tem na retaguarda o trabalho de moradores liderados por Adão Maia e Marcio Griztzenko. As missas são rezadas uma vez por mês pelo padre Nelson Müller da Paróquia Santo Antônio de Pouso Novo. A tradição das capelinhas se mantêm, percorrendo as residências mensalmente. Aos domingos, quando não ocorre missa, as famílias reunem-se na igreja para rezar o terço. “Somos uma comunidade de muita fé”, atesta Tonello. Durante o ano, eventos festivos como a festa do clube de mães, de São Miguel e da padroeira Nossa Senhora do Caravágio, além do tradicional baile do feijão no salão comunitário, animam a localidade, atraindo visitantes de toda a região. O telefone celular é o meio de comunicação da comunidade. Armazém para abastecimento de produtos de primeiras necessidades são encontrados na vizinha Picada Taquari. “É um ótimo lugar para viver, só temo o futuro, pois a população diminuiu a cada ano”, afirma Tonello.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

LINHA GARIBALDI - COQUEIRO BAIXO

Em 1895 chegavam os pioneiros da colonização desta localidade situada á cerca de dez quilômetros da sede do município e na divisa com Três Saltos Alto em Travesseiro. Eram os descentes de imigrantes italianos, Luiz e Eluisa Bettio, Luis Salami, Paulo Chimim, Andréa Legramanti e Ana Legramanti, oriundos do município de Garibaldi, daí resultando a denominação da localidade. Já em 1900, a comunidade recebia os imigrantes Paulo e Jemira Boni, vindos de navio da Itália. Durante a viagem nasceu o filho Colombo Boni. Em 1930 foi construída a escola José Garibaldi. A primeira professora foi Dona Carmela, depois atuaram Carmelina Antônia Conzatti Biazibetti, Neuza Maria Zanatta e outras. São Caetano foi escolhido como padroeiro da comunidade católica. João Morelli foi o primeiro padre a oficiar uma missa, conforme pesquisa realizada pela professora Neusa Maria Zanatta. Das dificuldades iniciais, quando os colonizadores abriram picadas á facão para se estabelecer no local, muitas coisas mudaram na vida da comunidade. O êxodo rural também mexeu na população local. Dos cerca de trezentos habitantes na década de 1980, hoje restam em torno de cem moradores, representados por vinte e cinco famílias, todas associadas a comunidade católica, onde aos domingos mantêm a tradição de freqüentar as missas rezadas pelo padre Gaspar Goldschmidt ou ministros de eucaristia. Equipe tradicional de futebol, o Esporte Clube Juventude está desativado, pela falta de jogadores. De recordação apenas a praça de esportes e os bons tempos das tardes esportivas que atraiam centenas de pessoas. Famílias residentes na localidade, mantêm hábitos gastronômicos herdados dos imigrantes como polenta, queijo, radicci ou ainda bebidas como graspa e vinho. Os encontros para discutir os problemas comunitários e lazer ocorrem aos finais de semana no salão comunitário. Lá também se festejam o padroeiro São Caetano e Nossa Senhora do Caravággio e o jantar baile da comunidade, eventos que atraem pessoas de toda a região e também ex-moradores, que a exemplo de outras localidades, se estabeleceram com churrascarias em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Foz do Iguaçu. Na economia o destaque para a avicultura e plantações de milho. Entre os produtores estão Moacir Pedó, Marinete Kich, Luis Felipe Pedó, Erni Araújo, Leda de Araújo e a nona Romilda Pedó de 85 anos. Ela é filha do imigrante Albino Pedó que chegou à localidade em 1924, juntamente com os pais e outros dezessete irmãos. “É bom morar aqui. Produzimos para nosso sustento, a família toda se envolve na avicultura e entendo que não me adaptaria na cidade. Aqui é meu chão e sinto-me feliz”, afirma Moacir Pedó. As comunicações são por telefone com ramal, mas a maioria dos moradores já portam telefones celulares. Na localidade também residem as famílias Betti, Conzatti, Zanatta, Soldi, Boscaini, Pedó, Boni, Viécelli e Maffi.

sábado, 9 de abril de 2011

ARROIO BONITO - COQUEIRO BAIXO

O próprio nome define a localidade. Além do arroio com suas águas cristalinas, tudo parece bonito na pequena comunidade que conta com apenas cinquenta moradores. O por do sol, as manhãs com intensa neblina e os verdes potreiros, rodeados por cercas de pedras, e que sustentam gados de corte, compõe a bela paisagem deste lugarejo localizado a oito quilômetros da sede do município. Isto sem falar da gruta de Nossa Senhora de Lurdes com seus quatro metros de fundos e 112 metros de comprimento. A propósito, o local é visitado durante todo o ano por pessoas de toda a região e foi descoberto pelo morador Pedro Alles. Em 1975, com missa rezada pelo padre Antônio Stella, a gruta foi aberta para visitação. O acesso á localidade é por estrada não pavimentada, mas em boas condições. Conforme informações vinculadas na obra História de Nova Bréscia, foi no ano de 1940 que chegaram os primeiros moradores. Pedro Ales, José Martini, Nani Martini, Abramo Daniel e as famílias Dalmoro e Valandro foram os desbravadores. Em 1942, Teófilo Toldo construiu a primeira igreja. A primeira missa foi rezada pelo padre Elvino Puhl. São Pedro é o padroeiro da comunidade. A Escola São Pedro, já desativada, teve como professores Gema Gonzatti, Benildo Valandro, Santina Paulazzi, Elma Zanatta, Ilda Zambiazzi, Gema Zanatta, Lurdes Vian, Marinês Senter e Nelci Agostini. Atualmente a comunidade professa sua fé na igreja construída em 1984. Ao lado estão a torre da primeira igreja com o sino que ainda badala em dias de missa e o salão comunitário, palco de grandes eventos como a festa de São Pedro, em junho e a de Nossa Senhora de Lourdes em Fevereiro. A maioria dos moradores se dedica a produção de aves, leite, fumo e milho. Entre eles, Ari Martini, que junto com a esposa Lurdes e os filhos Claudio e Marcos administram uma propriedade rural. "Imagino que na cidade não poderíamos nos dar tão bem. Aqui, embora longe do movimento conseguimos tocar a propriedade. Além disso, o lugar é muito bom para viver.  Nasci aqui e não pretendo me afastar do lugar", afirma. Os filhos concluíram o segundo grau e pararam de estudar. "Quero especializar-me no agronegócio, quem sabe um curso técnico, para que possamos acompanhar a evolução da agricultura", projeta Claudio. O telefone com ramal ainda é utilizado, embora a maioria da população tenha telefone celular. As capelinhas e o terço semanal, assim como a via crucis nesta época são marcas da religiosidade da comunidade, que recentemente sediou as missões populares.   Entre os sobrenomes de famílias que residem na localidade, são citados Pedó, Martini, Bettio, Ximenes, Delazzeri e Bertol,entre outros. 

sábado, 2 de abril de 2011

LINHA SANTO ISIDORO - COQUEIRO BAIXO

Para algumas pessoas, a localidade é conhecida como Linha São Luiz, para outros a comunidade chama-se Linha Santo Isidoro, em alusão ao padroeiro que é homenageado com imagem na pequena igreja católica, uma das poucas edificações que ainda restam no lugarejo localizado a quatro quilômetros da BR-386, a nove da sede do município e próximo ao rio Forqueta. Habitado por vinte e sete famílias, a localidade já abrigou mais de duzentos habitantes e como a maioria de lugares fundados por imigrantes italianos, viu seus filhos partirem em busca de melhores condições de vida. Em São Paulo, Porto Alegre, Salvador, Rio de Janeiro, Lajeado e Portugal encontram-se os Matuela, Kruger, Pruvinelli, Vian, Ferla, Zanatta, Catto e outros, proprietários de famosas churrascarias. A história de colonização da comunidade teve início por volta 1918 com a chegada das famílias de Francisco Muncio Compagnoni, André de Gasperi, João Fachi, Luis Kruger e Marino Pruvinelli, Pino Marta e Francisco Maffissoni, oriudos de Roca Sales e Garibaldi. A primeira igreja foi fundada em 1935 por Francisco Compagnoni e Etore Baggio. A primeira escola foi fundada em 1940 por Marino Pruvinelli e Francisco Compagnoni. Já a escola desativada há cerca de dez anos foi construída Albino Compagnoni, Etore Bassegio, Fiorindo Basségio, Pedro Catto,Guerino Matuella, Olímpio Ferla e Alfredo Locatelli. A igreja atual foi construída por Albino Muncio Compagnoni, Emilio Pruvinelli, Nicodemo Catto e Gentil Postal. Estes dados foram citados em pesquisa realizada em 1985 por Vilson Catto e Genoíno Defendi. Atualmente os poucos moradores que permanecem na localidade apostam no reflorestamento, produção de gado de leite, aves e porcos. Entre eles, a família Pruvinelli. Diego (22) e Marino (13), bisnetos do fundador Marino Pruvinelli, residem com os pais, mantendo uma propriedade com aviários, chiqueirões e produção de leite. “Conclui o segundo grau e retornei para casa, pois vejo que vale apena apostar no agronegócio. Ainda pretendo investir nos estudos nesta área”, afirma Diego. Já o pequeno Marino, freqüenta o ensino fundamental em Coqueiro Baixo. “Também pretendo ajudar a manter a propriedade, tenho interesse pela produção de leite”, destaca. Para os poucos jovens que permanecem ali, o divertimento são os jogos de futsal em Barra do Fão, há dois quilômetros ou na sede do município. As festas de Santo Isidoro, em maio, e Santo Antônio em junho, atraem centenas de ex-moradores. O bom sinal de celular e estradas em condições facilitam a vida dos moradores. Uma das tradições da localidade, que integra a rota dos capitéis, é a visita da capelinha, de casa em casa. As missas acontecem uma vez por mês, mantendo a religiosidade dos imigrantes italianos.

segunda-feira, 28 de março de 2011

LINHA OLINDA - NOVA BRÉSCIA

 
 
Habitada atualmente por cerca de duzentas pessoas, a localidade está situada exatamente na divisa entre os municípios de Nova Bréscia e Travesseiro, cercada por morros e tomada por intensa neblina, principalmente nesta época do ano.  Por estrada não pavimentada localiza-se á onze quilômetros da sede de cada município. Na história, os registros são de que foi por volta de 1910, que os primeiros habitantes oriundos de Coronel Pilar, na época pertencente a Garibaldi, chegavam para desbravar a localidade. Eram os pioneiros Mário Berto, José Merlo, José Delazeri, Nicola Delazeri, Isidoro Delazeri, José Pozza, Maximino Simonetti, Valentim Simonetti e Guilherme Quiósi que haviam adquiridos terras ainda cobertas por extensas matas, necessitando de muito trabalho para a colonização. Em seguida fundaram a igreja e a escola com cerca de vinte alunos. Terezinha Nicolini foi a primeira professora, seguida depois por Virgínia Delazeri, Gomercinda Tomas, Carmelinda Cinzatti Zibetti, Rosa Biazibetti, Catarina Chiesa, Adiles Berté, Lurdes Meghini, Geraldo Ferla, Fátima Sopelsa e Edwiges Delazeri, que registrou estas informações juntamente com Luiz Barcela, em livro publicado pelo município em 1984. A igreja era atendida pelo padre João Morelli, que se deslocava á cavalo desde Nova Bréscia. A primeira catequista foi Teresinha Nicolini. Destaque também para a família Martini, em grande número na localidade, que participaram de diversas atividades. Inicialmente denominada de Linha Trípoli, após 1945 passou a chamar-se de Linha Olinda. Na economia atual, o destaque é para a produção de aves, porcos,  gado leiteiro e extração de eucalipto e acácias.  A localidade concentra grande parte da produção primária do município, através da dedicação das famílias Delazeri, Bettio, Borsatto, Simonetti, Martini, Mânica, Merlo, Zanatta, Guizzo, Gonzatti, Camini, entre outros. Há cerca de sete anos foi desativada a Escola Silveira Martins, porém entidades como o Grupo da Terceira Idade Sempre Alegres, Clube de Mães Sempre Avante, Esporte Clube Botafogo e a comunidade católica, que é presidida por Décio Simonetti, movimentam a vida social do lugar. Em janeiro ocorre a festa do padroeiro São Paulo, o maior evento da comunidade.  Uma vez por mês o padre Gaspar Goldschmidt, da Paróquia de Travesseiro, reza a missa na igreja da localidade que foi inaugurada em 10 de junho de 1974. O sino foi adquirido em Batuvira, interior de Progresso. Um religioso natural da localidade é o padre Benjamin Borsatto, que atua em Venâncio Aires. Diversos churrasqueiros que atuam no país e exterior são naturais da localidade. O telefone ainda é operado por ramais, embora a maioria da população já tenha aparelho celular. Para o casal de produtores rurais, Selvino Delazeri (62) e Clari Delazeri (52), a localidade é um bom lugar para se viver. "Aqui, por enquanto é um local tranquilo, a comunidade é unida, principalmente nos momentos de necessidade. As pessoas são muito religiosas e trabalhadoras. O clima é de montanha. Jamais imaginamos um dia sair daqui", afirma Selvino

sábado, 19 de março de 2011

LINHA PINHEIROS - NOVA BRÉSCIA

Uma pequena comunidade com cerca de 150 habitantes, que habitam lindas residências, situada entre morros e matas que dividem Nova Bréscia e Travesseiro. A grande quantidade de pinheiros acabou influenciando na denominação da localidade.  “Porém é um lugar fantástico, bom para viver, temperatura agradável durante todo o ano. Um lugar onde as pessoas se conhecem e são unidas. Enfim, residimos num paraíso aqui na terra”, opina a moradora, Neusa Steffani Scheibel (47), natural da localidade e que atua na área de serviços gerais, junto a Escola Municipal Henrique Pedó, que se mantêm em atividades, embora abrigue apenas doze alunos. Na escola atuam as professoras Giseli Vendramin e Marli Fachini.  “Nosso colégio, juntamente com a igreja é o que ainda segura a comunidade em pé, portanto jamais poderemos pensar em não tê-lo”, afirma Neusa. Mas a história da comunidade remonta ao período de 1890 a 1914 quando chegavam os imigrantes italianos, Chiesa, Rossi, Cristofoli, Alberton, Martini, De Boni, Gardens, Fontana e Zanatta, vindos de Garibaldi e Bento Gonçalves. Também neste período, diversos moradores eram de origem alemã como Strassburger, Villa, Schmidt, Krüger, Kuiper e Levelaik.  Na época, a localidade fazia parte da rota de tropeiros que levam produtos de Coqueiro Baixo e Relvado para Lajeado.  Até a fundação da primeira igreja em 1914, as residências de Afonso Levelaink e Olívio Guizzo, abrigavam as missas rezadas pelo Padre Theodoro Amstad.  O local também servia como escola. A primeira professora foi Amélia Pozza.  Em 1932 foi inaugurado o cemitério que existe até hoje. Em 7 de setembro de 1949, a imponente igreja católica, cujo padroeiro é São Roque, foi inaugurada com uma grande festa e missa rezada pelo padre Luiz Vinha. Os construtores da igreja foram Carlos Fontana, João Alberton, Valentim Cristófoli, João Scheibel, João Dalbosco, Delvírio Dalbosco, Paulo Guizzo, Henrique Pedó e Valeriano Delazeri. Entre os fatos curiosos que são transmitidos pelas gerações, um deles dia que o único tigre que apareceu na localidade foi por volta de 1909. Pelo que se sabe, para proteger a comunidade, o animal foi morto por João Bernardes. Outra situação foi na grande seca de 1943. Católicos muito fervorosos os moradores para pedirem chuvas iam a pé até a igreja em Nova Bréscia ou ainda,entravam quatro vezes por dia, durante dez dias, na igreja local. A primeira bodega da localidade surgiu em 1910, sendo proprietário o comerciante João Alberton.  Atualmente a comunidade não tem armazém. Para abastecerem-se de suprimentos os moradores deslocam-se à Nova Bréscia, que fica á sete quilômetros ou Travesseiro, á doze quilômetros. O local de encontro para o bate papo descontraído, carteado e bochas, é somente aos finais de semana, no salão da comunidade. Na economia, o destaque para a produção de leite, avicultura e suinocultura. O moinho colonial Simonetti, um dos mais antigos da região, produz farinha de milho. Há um mês aconteceram as Missões Populares da Igreja Católica, com destaque para a intensa participação da juventude. As entidades em atividades na comunidade, são a de água e telefone,que ainda é por ramal, clube de mães Santa Luzia e Santana, Comunidade São Roque, grupo de idosos Tuti Buona gente e a Escola Henrique Pedó. Uma vez a cada mês, ocorrem as missas rezadas pelo padre Marino Winck. Nos eventos, que reúnem centenas de pessoas, o destaque para a festa do padroeiro São Roque, festa da terceira idade e jantar da escola. O esporte clube Canarinho, infelizmente não está mais em atividades, devido a poucos jovens permanecerem na localidade. A maioria deles, seguiu o caminho de outros tantos e hoje são proprietários ou atuam junto a churrascarias em São Paulo, Rio de Janeiro, Estados Unidos, Portugal e Porto Alegre. Entre estes são salientadas as famílias Zambiazzi, Biazibetti e Cristófoli. A internet já faz parte da vida de uma dezena de moradores. Entre os moradores atuais aparecem sobrenomes como Simonetti, Stefani, Scheibel, Rossi, Cristófoli, De Mickei, Martini, Pedó, Fontana, Zambiazzi, Chiesa, Berté, Camini, Rossi, Bagatini, Viéceli, Comper e Delazerri.