domingo, 30 de janeiro de 2011

LAGOA DUTRA - PROGRESSO



Há apenas seis quilômetros da sede do município situa-se a pequena localidade de Lagoa Dutra. Cortada pelo caminho que leva a Campo Branco, Boqueirão do Leão, Barros Cassal e Gramado Xavier, o asfalto começa a deixar para trás a estrada empoeirada. A ligação com a sede está praticamente pavimentada.
Tempos muito diferentes desde quando chegaram os primeiros moradores por volta de 1914. De acordo com informações do padre Albano Bohn, eram as famílias de Orlando Orlandi, Vicente Orlandi, Luis Orlandi, Pedro Tarelli e João Orlandi vindas de Guaporé. No mesmo ano foi fundada a escola tendo como professora e Catequista, Maria Tarelli. Até 1922, quando foi construída a primeira capela, as missas ocorriam na residência de Pedro Tarelli. O nome da localidade tem como origem uma lagoa existente na propriedade da família Dutra que habitavam o local até a chegada dos imigrantes italianos. Ainda na história é lembrado que o sino da igreja católica, pesando 101 quilos, foi transportado desde Porto Alegre à carroça, passando por Garbaldi. Mantendo a tradição cristã, são realizadas missas duas vezes por mês. Duas capelinhas circulam pelas residências das quarenta famílias residentes na localidade que se dedicam ao cultivo do fumo, milho e reflorestamento. “É um ótimo lugar para viver. As temperaturas são amenas, estamos perto de Progresso e Lajeado ligados por asfalto e o lugar está livre de assaltos e arruaças, proporcionado bons momentos para vivermos numa comunidade ordeira e pacífica”, afirma a moradora Lurdes Imhoff Barbieri (62). Juntamente com o morador Dorival Vedoy (72) eles atuam durante as missas na comunidade. Os moradores somente tem uma reclamação. Embora residam próximos a sede do município, ainda não possuem água encanada para o consumo. Cada residência é abastecida por poço artesiano. “Temos fé de que logo este problema será resolvido, pois somos a única comunidade que ainda não tem este serviço”, declara Lurdes. Entre os eventos que acontecem durante o ano estão as festas do clube de mães Conquista da Amizade, de Santo Antônio e São Miguel e jantar baile.
Entre as famílias atuais aparecem sobrenomes como Barbieri, Bertolini, Eckert, Silva, Scherer, Ferrari, Pifer, Lussani e Vedoy.

sábado, 22 de janeiro de 2011

LIINHA SÃO MIGUEL - TRAVESSEIRO



Há cinco quilômetros do centro da cidade, cortado pela estrada de chão batido que conduz a Nova Bréscia e por uma natureza pródiga, localiza-se a pequena e tranqüila comunidade de Linha São Miguel que foi colonizada a partir de 1918 com a chegada de imigrantes italianos oriundos de Garibaldi e que durante um curto tempo residiram em Linha Stefânia. Entre as famílias pioneiras são lembrados sobrenomes como Morari, Berté, Camini e outros. Informações não documentadas constatam a presença de alemães e lusos anteriormente. No início a localidade chamava-se Linha Dona Francisca, em homenagem a Francisca Alves, proprietária das terras herdadas de seu pai, Quinca Alves. Mais tarde ainda o lugar foi chamado de Macaquinho em alusão a macacos existentes nas matas fechadas da localidade. Por volta de 1921 foi construída a primeira capela. São Miguel foi escolhido o padroeiro a pedido do padre João Morelli. Em 1927, surgia a escola municipal, atualmente desativada. Entre os professores que por lá passaram aparecem os nomes de Cristiano Johann, José Ceratti, Afonso Dresch, Rosa Biasibetti, Vilma Viezemann, Almiro Dadal, Guido Kunrath, Cenita Theves, Nayr Maria Ferla, Venilda Ferla, Ivani Maria Dadal, Maria Helena Dadal, Teresinha Biasibetti. O arroio macaquinho que passa pela localidade é uma excelente opção para banhos nestes dias quentes do verão. Com o passar dos anos ocorreram muitas transformações no lugar que hoje abriga em torno de setenta pessoas que se dedicam a produção de aves, suínos, poedeiras, reflorestamento e uma carvoaria que produz carvão vegetal para churrasco. Entre os moradores atuais estão as famílias Tresoldi, Stefani, Barcela, Camini, Morari, Delezeri, Simonetti, Soutier e Sausen. O esporte clube Juventude, reunia a população aos finais de semana, foi desativado em 2002. Também por décadas existiu o grupo de jovens, que acabou desativado em função da maioria dos integrantes terem ido residir em centros maiores. Os momentos de lazer da população são concentrados na Sociedade São Miguel, onde ocorrem eventos como jantar baile, torneio de bocha, carteado, bailes da terceira idade e torneio da sociedade de água. Na igreja católica as missas ocorrem uma vez por mês, sendo rezadas pelo padre Gaspar Goldschmidt.

sábado, 15 de janeiro de 2011

CHAPADÃO - SANTA CLARA DO SUL






A localidade situa-se a cerca de dez quilômetros da sede do município e contra hoje com uma população de duzentos habitantes que vivem da produção primária com destaque para a fumicultura, avicultura, suinocultura e cultivo de milho. De acordo com o professor e historiador José Alfredo Shierholt, Chapadão é uma Linha colonial dividida entre Lajeado e Santa Clara do Sul, acima de Alto Conventos, entre as cabeceiras do Arroio Anta e Sampainho. Entre as famílias colonizadoras, que chegaram ao local por volta de 1870, aparecem sobrenomes como Müller, Klein, Jonhann, Blumehaus, Blauers, Sauerssig, entre outros. Informações do professor Shierholt apontam também que a comunidade mantinha uma escola primitiva. O professor Gustavo Pochmann doou a área para a construção de uma escola-capela. Denominada Escola Municipal Floriano Peixoto, o prédio é de alvenaria, com uma grande sala, que podia ser dividida por uma parede removível em duas salas de aula, além da cozinha, salas de direção e secretaria. No final do ano letivo de 2000, a escola foi desativada, por efeito da nucleação. Os alunos da pré-escola à quinta-série dirigem-se à escola de Nova Santa Cruz, onde podem concluir todo o Ensino Fundamental. O prédio foi transformado em capela, com sino, tendo como padroeiro o Imaculado Coração de Maria. Os moradores freqüentam duas igrejas. As comunidades evangélica da IECLB e católica Imaculado Coração de Maria, fundada 4 de março de 1907. A Oase – Ordem Auxiliadora das Senhoras Evangélicas é também muito atuante. Os eventos festivos são realizados na Sercha – Sociedade Esportiva e Recreativa Chapadão, ao lado do campo de futebol do clube local. Destaque para festas como a da comunidade Católica Imaculado Coração de Maria, dos Associado da Sercha, a encenação da Paixão de Cristo, festa na Comunidade Evangélica de Chapadão, Jantar Baile de Kerb e do grupo de Convivência da terceira idade Froes Loeben. Um dos moradores mais antigos é Jacó Ritter (85). Juntamente com a esposa Selita (78) a nora Lurdes, o esposo e o neto Jonas eles gostam de residir na localidade. “Durante 45 anos, mantivemos uma casa comercial, onde a população encontrava de tudo um pouco. Hoje estamos aposentados, mas mantemos um carinho muito grande pela comunidade”. Ritter diz ter muitas saudades da Sociedade de Tiro ao Alvo e do Clube de Bolão, desativada há muitas décadas. Entre as famílias que residem na localidade, aparecem sobrenomes como Becker, Rith, Brandt, Sotto, Shenhaus e Ritter. A empresa Sartori mantêm linhas de ônibus que ligam Chapadão com Santa Clara do Sul e Lajeado. A localidade também já foi denominada de Chapadão Rupenthal.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

PARQUE CHRISTOPH BAUER -FORQUETINHA





Na localidade de Bauereck, á cerca de dois quilômetros do centro da cidade, com acesso asfaltado e ás margens da rodovia que conduz a Canudos do Vale, está instalado o Parque Christopher Bauer. Com o tema predominante relacionado a cultura germânica, o local tem atraído centenas de visitantes, principalmente aos finais de semana. Salões para festas e bailes, espaço para exposição de feiras e artesanatos, canchas de Eisstock, além de amplo espaço de área verde e novas construções que estão projetadas ou em construção como o parque da cerveja, o relógio das flores, cancha de bolão, entre outros. Quem circula pela área se depara com diversos monumentos como os que lembram o caixeiro viajante, o dia de carneação, a vovó, as amigas Marie und die Grett, entre outros. O município de Forquetinha foi criado em 16 de abril de 1996 e instalado oficialmente em 2001. Possui uma área de 92 quilômetros quadrados com uma população de 2.614 habitantes, maioria proveniente da região do Hunsrück, na Alemanha. Estes colonizadores pioneiros, além da agricultura diversificada, desenvolveram pequenas indústrias, surgindo então os moinhos, olarias, marcenarias,alfaiatarias, cervejarias, açougues, destilarias, selarias e outros. A seguir, alguns dos monumentos que podem ser apreciados pelos visitantes:


Caixeiro Viajante

O Musterreiter – Caixeiro Viajante – significa cavaleiro do amostruário. Foi presença marcante especialmente na colônia alemã no interior do Rio Grande do Sul, por onde percorria de tempos em tempos transportando mercadorias no lombo do cavalo. O monumento foi instalado em 2004, quando da inauguração do parque.


Die Marie und die Greet

São figuras simpáticas do folclore teuto-riograndense. Na colônia alemã são conhecidas pela música, canto e dança. O monumento também foi inaugurado no ano de 2004.

Dia de carneação – Schlachtag

Na colônia alemã, o dia em que a família carneava o porco era esperado com muita alegria e muito trabalho para preparar tudo. O cardápio era composto por: carne para assado ou brode oder braten; lingüiça ou worscht oder wusrt; morcilha ou blutwurst und kopfwurst oder blutworscht; carne para defumar ou gereichert oder rauchfleisch; lombinho ou schinken; toicinho ou specck; costelinha ou scweinerippchen; couro ou schwade; preparar a carne para bolinho de carne ou fleischkielche oder fleischküchlen; estômago recheado ou schwademagen; tripa recheada ou gefüllte darm; torresmo ou kriwe kuchen; banha ou schmalz. O memorial Denkmal, instalado no parque em 2004 é uma lembrança do Schlachtag, o açougueiro.


Vovó – Grossmutter´s Rezepte

A figura da vovó “Grossmutter” com a bandeja e o bule do café representa e lembra as delícias da cozinha alemã “Deustche Küche” oder “Daittsch Kich”, de modo especial o café aos domingos à tarde na família “Sonntag nach Mittag´s kaffe” e o café no dia de Kerb “Kerbkaffee” oder “Kerwekaffee”, preparado com as receitas da vovó “Grossmutter´s Rezepte.

tEXTOS E FOTOS: ALÍCIO DE ASSUNÇÃO