segunda-feira, 28 de março de 2011

LINHA OLINDA - NOVA BRÉSCIA

 
 
Habitada atualmente por cerca de duzentas pessoas, a localidade está situada exatamente na divisa entre os municípios de Nova Bréscia e Travesseiro, cercada por morros e tomada por intensa neblina, principalmente nesta época do ano.  Por estrada não pavimentada localiza-se á onze quilômetros da sede de cada município. Na história, os registros são de que foi por volta de 1910, que os primeiros habitantes oriundos de Coronel Pilar, na época pertencente a Garibaldi, chegavam para desbravar a localidade. Eram os pioneiros Mário Berto, José Merlo, José Delazeri, Nicola Delazeri, Isidoro Delazeri, José Pozza, Maximino Simonetti, Valentim Simonetti e Guilherme Quiósi que haviam adquiridos terras ainda cobertas por extensas matas, necessitando de muito trabalho para a colonização. Em seguida fundaram a igreja e a escola com cerca de vinte alunos. Terezinha Nicolini foi a primeira professora, seguida depois por Virgínia Delazeri, Gomercinda Tomas, Carmelinda Cinzatti Zibetti, Rosa Biazibetti, Catarina Chiesa, Adiles Berté, Lurdes Meghini, Geraldo Ferla, Fátima Sopelsa e Edwiges Delazeri, que registrou estas informações juntamente com Luiz Barcela, em livro publicado pelo município em 1984. A igreja era atendida pelo padre João Morelli, que se deslocava á cavalo desde Nova Bréscia. A primeira catequista foi Teresinha Nicolini. Destaque também para a família Martini, em grande número na localidade, que participaram de diversas atividades. Inicialmente denominada de Linha Trípoli, após 1945 passou a chamar-se de Linha Olinda. Na economia atual, o destaque é para a produção de aves, porcos,  gado leiteiro e extração de eucalipto e acácias.  A localidade concentra grande parte da produção primária do município, através da dedicação das famílias Delazeri, Bettio, Borsatto, Simonetti, Martini, Mânica, Merlo, Zanatta, Guizzo, Gonzatti, Camini, entre outros. Há cerca de sete anos foi desativada a Escola Silveira Martins, porém entidades como o Grupo da Terceira Idade Sempre Alegres, Clube de Mães Sempre Avante, Esporte Clube Botafogo e a comunidade católica, que é presidida por Décio Simonetti, movimentam a vida social do lugar. Em janeiro ocorre a festa do padroeiro São Paulo, o maior evento da comunidade.  Uma vez por mês o padre Gaspar Goldschmidt, da Paróquia de Travesseiro, reza a missa na igreja da localidade que foi inaugurada em 10 de junho de 1974. O sino foi adquirido em Batuvira, interior de Progresso. Um religioso natural da localidade é o padre Benjamin Borsatto, que atua em Venâncio Aires. Diversos churrasqueiros que atuam no país e exterior são naturais da localidade. O telefone ainda é operado por ramais, embora a maioria da população já tenha aparelho celular. Para o casal de produtores rurais, Selvino Delazeri (62) e Clari Delazeri (52), a localidade é um bom lugar para se viver. "Aqui, por enquanto é um local tranquilo, a comunidade é unida, principalmente nos momentos de necessidade. As pessoas são muito religiosas e trabalhadoras. O clima é de montanha. Jamais imaginamos um dia sair daqui", afirma Selvino

sábado, 19 de março de 2011

LINHA PINHEIROS - NOVA BRÉSCIA

Uma pequena comunidade com cerca de 150 habitantes, que habitam lindas residências, situada entre morros e matas que dividem Nova Bréscia e Travesseiro. A grande quantidade de pinheiros acabou influenciando na denominação da localidade.  “Porém é um lugar fantástico, bom para viver, temperatura agradável durante todo o ano. Um lugar onde as pessoas se conhecem e são unidas. Enfim, residimos num paraíso aqui na terra”, opina a moradora, Neusa Steffani Scheibel (47), natural da localidade e que atua na área de serviços gerais, junto a Escola Municipal Henrique Pedó, que se mantêm em atividades, embora abrigue apenas doze alunos. Na escola atuam as professoras Giseli Vendramin e Marli Fachini.  “Nosso colégio, juntamente com a igreja é o que ainda segura a comunidade em pé, portanto jamais poderemos pensar em não tê-lo”, afirma Neusa. Mas a história da comunidade remonta ao período de 1890 a 1914 quando chegavam os imigrantes italianos, Chiesa, Rossi, Cristofoli, Alberton, Martini, De Boni, Gardens, Fontana e Zanatta, vindos de Garibaldi e Bento Gonçalves. Também neste período, diversos moradores eram de origem alemã como Strassburger, Villa, Schmidt, Krüger, Kuiper e Levelaik.  Na época, a localidade fazia parte da rota de tropeiros que levam produtos de Coqueiro Baixo e Relvado para Lajeado.  Até a fundação da primeira igreja em 1914, as residências de Afonso Levelaink e Olívio Guizzo, abrigavam as missas rezadas pelo Padre Theodoro Amstad.  O local também servia como escola. A primeira professora foi Amélia Pozza.  Em 1932 foi inaugurado o cemitério que existe até hoje. Em 7 de setembro de 1949, a imponente igreja católica, cujo padroeiro é São Roque, foi inaugurada com uma grande festa e missa rezada pelo padre Luiz Vinha. Os construtores da igreja foram Carlos Fontana, João Alberton, Valentim Cristófoli, João Scheibel, João Dalbosco, Delvírio Dalbosco, Paulo Guizzo, Henrique Pedó e Valeriano Delazeri. Entre os fatos curiosos que são transmitidos pelas gerações, um deles dia que o único tigre que apareceu na localidade foi por volta de 1909. Pelo que se sabe, para proteger a comunidade, o animal foi morto por João Bernardes. Outra situação foi na grande seca de 1943. Católicos muito fervorosos os moradores para pedirem chuvas iam a pé até a igreja em Nova Bréscia ou ainda,entravam quatro vezes por dia, durante dez dias, na igreja local. A primeira bodega da localidade surgiu em 1910, sendo proprietário o comerciante João Alberton.  Atualmente a comunidade não tem armazém. Para abastecerem-se de suprimentos os moradores deslocam-se à Nova Bréscia, que fica á sete quilômetros ou Travesseiro, á doze quilômetros. O local de encontro para o bate papo descontraído, carteado e bochas, é somente aos finais de semana, no salão da comunidade. Na economia, o destaque para a produção de leite, avicultura e suinocultura. O moinho colonial Simonetti, um dos mais antigos da região, produz farinha de milho. Há um mês aconteceram as Missões Populares da Igreja Católica, com destaque para a intensa participação da juventude. As entidades em atividades na comunidade, são a de água e telefone,que ainda é por ramal, clube de mães Santa Luzia e Santana, Comunidade São Roque, grupo de idosos Tuti Buona gente e a Escola Henrique Pedó. Uma vez a cada mês, ocorrem as missas rezadas pelo padre Marino Winck. Nos eventos, que reúnem centenas de pessoas, o destaque para a festa do padroeiro São Roque, festa da terceira idade e jantar da escola. O esporte clube Canarinho, infelizmente não está mais em atividades, devido a poucos jovens permanecerem na localidade. A maioria deles, seguiu o caminho de outros tantos e hoje são proprietários ou atuam junto a churrascarias em São Paulo, Rio de Janeiro, Estados Unidos, Portugal e Porto Alegre. Entre estes são salientadas as famílias Zambiazzi, Biazibetti e Cristófoli. A internet já faz parte da vida de uma dezena de moradores. Entre os moradores atuais aparecem sobrenomes como Simonetti, Stefani, Scheibel, Rossi, Cristófoli, De Mickei, Martini, Pedó, Fontana, Zambiazzi, Chiesa, Berté, Camini, Rossi, Bagatini, Viéceli, Comper e Delazerri.      

quarta-feira, 16 de março de 2011

ARROIO DA LAJE - COQUEIRO BAIXO

Rodeada por intensa vegetação composta por matas de araucária e eucaliptos e lindeira ao rio Forqueta, esta a localidade de Arroio da Laje. Por estrada de chão é possível acessá-la pela BR-386, passando por Barra do Fão, na divisa entre os municípios de Travesseiro e Pouso Novo e percorrendo sete quilômetros.  Da sede do município, a distância é de oito quilômetros.  A rua principal da localidade é pavimentada com calçamento. Habitada por cerca de 150 pessoas, a maioria descendentes de imigrantes italianos que por ali chegaram por volta de 1910, oriundos de Garibaldi e Veranópolis. Entre os pioneiros são lembrados os nomes de João Gasparim, Vitório Conte, Guilherme Franciosi, João Sbardelotto, Romano Sbardelotto, Pergentino Zanoni, João Tomazini, Francisco Ceratti, Antônio Grana, João Grana, José Zimiani, Ermenegildo Conte e Germano Zanoni, que tinham como principal atividade o plantio de milho, feijão e trigo e criação de suínos de onde produziam banha para comercialização. Também são considerados pioneiros na localidade, João Guerreiro, Julio Martins da Silva, Amaro Moreira e José Cardoso que realizavam a exploração de madeiras que transportavam amarradas pelo Rio Forqueta com destino a Porto Alegre, via rios Taquari e Jacuí. Em 1920 foi construída a primeira capela-escola, sendo professor João Tomazini. A imagem da padroeira Nossa Senhora Auxiliadora foi conduzida á cavalo desde o município de Encantado. Entre 1923  e 1934, exerceu a função de catequista o morador Ângelo Conte. Logo após atuaram na mesma função, Gélica Ceratti, Maria Tomazinio Conte, Natalina Conte, Alvanir Maria Conte, Terezinha Sbardelotto, Janair Constantin, Ivete Conte e Nelci Sbardelotto, entre outros. Em 1937 foi instalado o sino da igreja. Em 1956 foi construída uma nova escola. Já em 1950 um fato histórico foi a visita do bispo Afonso Neis, crismando 425 crianças. Estas informações constam na obra “Nova Bréscia” editada em 1984.  As famílias atuais vivem da produção de suínos, aves e produção de leite. Muitos moradores acabaram migrando para grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro ou ainda para o exterior, como Portugal, onde são proprietários de churrascarias. O Mini mercado Conte é o ponto de encontro da comunidade, onde o pessoal entre um e outro carteado, atualiza-se com assuntos da comunidade.  “Aqui é um ótimo lugar para morarmos, com pessoas que trabalham e se divertem, clima ameno, próximo ao rio Forqueta, onde todos se conhecem e se ajudam”, afirma Gládis Conte que ao lado do esposo Moacir Conte, administram o mercado. Opinião semelhante também da moradora Ezonia Ongaratto. “Aqui é bom de se viver, porém ainda não temos internet e como a maioria das pessoas possuem parentes fora daqui, faz muita falta”. Os eventos tradicionais realizados no salão da comunidade são as festas da padroeira em maio, Santo Antônio em junho e Nossa Senhora da Saúde em novembro. O clube de mães Sant’ana e o esporte clube Arroio da laje movimentam a vida social da comunidade. A igreja católica atual foi inaugurada em 1975. Uma vez em cada mês o padre Marino, da paróquia de Nova Bréscia vai até a localidade rezar Santa Missa. Os tradicionais fornos de pão, construídos de tijolos estão presentes em muitas residências. Comunidade tradicional católica recentemente realizou as Missões populares. Entre as famílias atuais aparecem sobrenomes como Conte, Veronezzi, Sbardelotto, Bramil, Baioco, Grana, Ongaratto, Mariani, Piovesan e Locatelli

domingo, 6 de março de 2011

LINHA PEDRAS BRANCAS - COQUEIRO BAIXO

Localizada há oito quilômetros da BR-386 e á quatro da sede do município, por via não pavimentada, a comunidade fundada por imigrantes italianos em 1910, possui cerca de 35 moradores. Entre os pioneiros são lembrados os nomes de Mário Bertol, Daniel Mânica, Guerino Basségio, João Mânica, Argento Botini, Juvenal Cardoso, Adão Amaro e Festivo Fedrizzi. De acordo com pesquisa realizada por Albina Daroit, João José Cantu e Gentil Basségio, a denominação da localidade surgiu em função da grande quantidade de pedras brancas existentes próximas a um arroio. À exemplo de outras comunidades da região, o início foi de muitas dificuldades. A alimentação era escassa, as primeiras casas foram construídas com madeira de corticeira. Não havia padre e as crianças eram batizadas pelo morador Antônio Dalpian. Os doentes eram encaminhados para Estrela. As primeiras crianças que receberam o batismo na localidade foram Emília Fedrizzi e Tereza Botini. Por volta de 1916, foi erguida a escola, ao lado da capela construída alguns anos antes, nas terras pertencentes a Alcides Defendi. As carroças eram os únicos meios de transportes, pertencentes à Festivo Federizzi e Fioravante Pozza, realizavam rotas de comércio entre Encantado, Bento Gonçalves e a localidade. Entre os primeiros professores são lembrados Alberto Lazovit, Ângelo Spessatto, Arnesto Dalpian, Edi Muller, Albina Fraporti, Zélia Scapini, Edi Berté, Irene Mânica, Irene Siqueira, Dionira Guidin, Oscar Caumo, Valmor Zambiazzi, Ari Bagatini, Nair Bagatini, Celestino Sbardelotto, Nadir Bagatini, Albina Caliari, Celso Sbardeloto e Miraldo José Daroit. A igreja católica atual foi edificada em 1957, substituindo a anterior que fora construída de pedras. O padroeiro é Sagrado Coração de Jesus cuja festa em sua homenagem ocorre em 10 de setembro. As missas são rezadas pelo padre Mário, da Paróquia de Nova Bréscia. Um dos orgulhos da comunidade é ser terra natal do padre Agostinho Dalpian. Um fato histórico foi a visita do govenador Euclides Triches em 1971 para a inauguração do novo prédio da escola. A energia elétrica chegou em 1967 e o telefone em 1958. De acordo com o morador Gentil Basségio (61), filho do pioneiro Guerino Basségio, a localidade é muito próspera. “Temos uma excelente produção de aves, leite, suínos, com os moradores trabalhando muito e garantindo o sustento de suas famílias”. A única empresa da localidade é a agroindústria Nona Bassela, que produz capeletti, pizzas e massas. “É um lugar ótimo para viver e trabalhar, onde também aproveitamos os momentos de lazer para divertirmos nas festas e bailes no salão da comunidade, como na festa de Nossa Senhora da Saúde em 21 de novembro”, destaca Basségio.