sábado, 28 de maio de 2011

PICADA WASEM - MARQUES DE SOUZA

A localidade está situada próxima ao primeiro acesso da sede do município com a BR-386, a conhecida estrada velha para Marques de Souza. Caracteriza-se por ser um lugarejo com apenas 36 moradores e casas antigas, que datam do inicio do século passado, contrastando com modernas construções. Por estar próximo ás margens do Rio Forqueta, abriga áreas de lazer particulares, pertencentes a proprietários residentes em Lajeado. A colonização deu-se por volta de 1900, quando a maioria dos habitantes portava o sobrenome Wasem, logicamente originando a denominação da comunidade. Entre eles, estava o imigrante Albino Wasem. Por estar próxima a Picada Flor, a vida social dos moradores da localidade passa-se nesta comunidade. O comércio é inexistente, assim como escola e igreja. Os pontos de encontro para o lazer como o bate papo, carteado e jogos de bocha e futebol concentram–se no Bar do Jomertz e na Sociedade Esportiva Picada Flor. Na economia o destaque para a avicultura, gado de leite e culturas de subsistência. Extensas áreas de várzeas, margeando o Rio Forqueta, recebem plantações de milho, soja e pastagem. Para o casal de produtores rurais Ilse e Erico Brand, a Picada Wasem é o lugar ideal para viver. "Não tem lugar melhor do que aqui. Todos são conhecidos, nos ajudamos nas horas difíceis e fizemos festas juntos. Somos uma comunidade muito unida", destaca Erico. Ilse é vice-presidente do Clube de Mães Paz e Amor. "São entidades como estas que ainda dão vida as comunidades, através de reuniões e cursos", afirma. Erico é presidente da Sociedade Esportiva Picada Flor. Os Brand tem porém, uma preocupação. "Temos que fazer alguma coisa para segurar a juventude no interior, seja no lazer ou nas oportunidades de emprego, do contrário, não ficará ninguém para contar a história", resigna-se Ilse. O casal possui quatro filhos, que trabalham em Lajeado. Nas famílias que residem atualmente na comunidade aparecem os sobrenomes Brand, Müller, Belin,Dhein, Mann, Imich, Hepp, Kaufmann, Skripski, Montiel e Sbardelotto. Curiosamente, nenhum sobrenome Wasem.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

ALTO HONORATO - PROGRESSO

Cerca de duzentos moradores, representados por oitenta famílias, residem na localidade, situada á 18 quilômetros na sede do município e próxima a divisa com Barros Cassal e o rio Fão. A história de colonização do lugar remonta a 1926 quando chegaram os primeiros moradores. Entre eles, Pedro Crespon, Gomercindo Nicaretta, Alberto Henning e Henrique Battisti, oriundos de Gramado São Francisco, atual Progresso, José Vieira, Manoel Rodrigues, Rufino Jandrey e Fernando Jandrey, de Sete Léguas e Domingos Tomazzi vindo de Garibaldi. A primeira capela foi construída em 1934. A escola foi instalada em 1936. A atual escola municipal Ouro Preto foi inaugurada em 1985 na administração de Erny Petry e Claudio Schumacher, administradores de Lajeado. Hoje a instituição abriga 56 alunos, tendo como diretora Hulda Junges Chaba e professores Gisele Zanus, Lisângela Barbom, Elita Xavier Borges e Rejane Cassanelli. A igreja católica, que tem como padroeiro São Sebastião, foi construída em 1962, após a anterior ter sido destruída por um vendaval. O Frei Albano Bohn reza as missas que são mensais. Orgulho da comunidade são os filhos que seguiram vida religiosa. Padre Tercílio José Tomazzi, Bispo Anuar Battisti, padre Carlos Barbieri, Frei José Battisti, Irmã Lurdes Battisti, Irmã Terezinha Battisti e irmã Inir Rosa Zappas. Na política, Ari Morari, ministro da eucaristia, foi eleito o primeiro vereador pelo Partido dos Trabalhadores no Vale do Taquari. O Esporte Clube Cruzeiro, com um plantel de 40 jogadores envolve os jovens da comunidade. A equipe foi vice campeã municipal de futebol amador. O Clube de Mães São Sebastião, com sessenta associadas tem na presidência Naide Barbieri. Entre os eventos tradicionais organizados pela comunidade estão o torneio de páscoa e as festas do padroeiro, clube de mães e da escola.
Para o morador Jandir Morari (57), que se considera natural da localidade, Alto Honorato é lugar especial. "Vim para cá com um mês de vida. Nasci em Xaxim, mas aqui construí minha vida. É muito bom viver aqui, as pessoas são amigas, hospitaleiras, religiosas e trabalhadoras". Com a esposa Ivone e os filhos Eduardo, Elisângela, Edáscia e Fernanda a família investe numa propriedade agrícola com destaque para a produção de suínos. A propósito, além da suinocultura, a economia local se destaca pela produção fumo e gado de leite. Aos finais de semana o lazer ocorre nas casas comerciais de Reni Zanus e Romeu Barbieri onde os freqüentadores jogam bocha e quatrilho. A internet ainda não chegou, mas o telefone é acesso por DDD. Entre as famílias atuais aparecem sobrenomes como Morari, Faleiro, Zapas, Battisti, Delosbel, Barbieri, Zuffo, Pontin, Borelli, Weber, Eckert, Santos, Nicolini, Miranda, Zanus, Nunes, Piacini, Pifer, Caumo, Paloski e Schmidt.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

TRÊS REIS - COQUEIRO BAIXO

Uma estrada de chão batido divide ao meio a pequena localidade que conta com cerca de 150 moradores. Parte do moradores residem em Coqueiro Baixo, outra parte em Relvado. Porém a "sede" da comunidade, constituída pela igreja, salão comunitário e a escola, que foi desativada neste ano, estão situadas na área de Coqueiro Baixo. "Isto não é nada bom, pois mora-se num município e se tem terras no outro. Isto sem falar na política, pois divididos não conseguimos eleger vereador por nenhum município", reclama o produtor rural Iduíno Rossi (77), natural da localidade e que com a esposa Tercila Zanatta Rossi (74), teve nove filhos. Três Reis fica a três quilômetros da sede de Coqueiro Baixo e a nove de Relvado. A denominação é em honra aos padroeiros, os Três Reis Magos. Na igreja católica construída em 1946, o padre Valdir Biasibetti, da paróquia de Relvado, reza as missas uma vez a cada mês. A capelinha com a imagem de Assunção de Nossa Senhora percorre as residências. Os primeiros moradores chegaram por volta de 1910, vindos de Garibaldi e outros municípios da serra gaúcha. Eram os Bagatini, Fedrizzi, Delazzeri, Dallavécchia e Rossi. Aos finais de semana, os moradores se encontram para os jogos de bocha, carteado e bocha 48 nas casas comerciais de Valdir Baldissera e Diacir Pecin. O Esporte Clube Juventude encerrou as atividades recentemente. "Dá uma pena ver isso acontecer, mas restam poucos jovens na localidade, ao contrário de épocas passadas quando formávamos até três equipes", lamenta Iduíno. O filho Moacir profetiza: "Só ficaram os idosos. A juventude não vê nenhum atrativo para continuar aqui. Está virando tudo em mato, como no início da colonização. Estamos a caminho do fim". A Sociedade de água garante o abastecimento para a comunidade que também possui telefone DDD. A Escola Vila Lobos, que funcionou por décadas e chegou a ter 174 alunos, fechou neste ano, pois restavam apenas quatro estudantes. Entre os professores são lembrados os nomes de Davit Schena, Inês Bagatini, Orestes Emmer, Ângelo Laste, Alcides Caumo, Altair dos Santos e Pedro Formam. Por muitos anos também funcionou o moinho colonial de propriedade de Severo Alberton. Na economia destacam-se os produtores de leite, aves e frango. Entre os moradores atuais aparecem sobrenomes como Rossi, Salvi, Sbardelotto, Baldissera, Kich, De Conto, Federizzi, Dal Pian, Zenatti e Loss, entre outros.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

RUI BARBOSA -CANUDOS DO VALE

Imagine um lugar no interior onde a população multiplica-se por vinte vezes num só dia. Pois para a comunidade de Rui Barbosa, interior de Canudos do Vale, este fato é comum no segundo domingo de fevereiro quando ocorre a romaria e festa em homenagem a Nossa Senhora de Lourdes. Romeiros de todo o Estado se dirigem até a gruta da localidade para agradecer e renovar promessas a Santa. Neste dia os cento e cinquenta moradores acolhem em torno de três mil visitantes. A história da comunidade remonta a 1910 quando por ali chegaram os imigrantes italianos vindos de Garibaldi e Linha Stefânia, hoje pertencente a Nova Bréscia. Estre eles estavam as famílias Pretto, Berté, Zanoni, Basségio, Morari e Calliari. Até 1950, a localidade foi conhecida como Linha Orlando, passando então a nomenclatura atual. Localizada a nove quilômetros da sede, limita-se com Progresso e Marques de Souza. A escola Roque Gonzalles que formou diversas gerações de estudantes encerrou suas atividades no passado com apenas cinco alunos. A primeira missa foi celebrada em 18 de maio de 1932. A igreja atual foi construída em 1958, tendo como pároco o frei Albano Bohn.  Por muitos anos a comunidade foi um importante centro comercial através das atividades do Moinho Preto Zagonel, mais tarde transferido para Lajeado. Eram proprietários os irmãos Narciso, Arlindo, Angelin, Vergínio, Irio, João e Antônio Pretto e Léo Zagonel. Conforme o morador Erni Calliari (55), natural da localidade, um dos orgulhos da comunidade é o Esporte Clube Canarinho, campeão municipal diversas vezes e vice regional na série B. "É ali que apostamos no futuro da comunidade, a juventude participa muito e chega a faltar lugar na equipe durante as competições." Ele também destaca a união dos moradores. "Aqui somos muito unidos, tanto no trabalho como nas festas e no esporte.  Somos um povo religioso e muito hospitaleiro, que vive numa comunidade ordeira e que gosta de trabalhar".  Santo Antônio é o padroeiro, sendo que além da festa em sua homenagem ocorrem também a festa de São Roque, almoço italiano e o baile de Kerb.  "A maioria aqui é italiano, mas realizamos um kerb para alemão nenhum colocar defeito", diverte-se. Aos domingos, após o culto na igreja católica, a diversão passa pelos jogos de carta, bocha e o bate papo na casa comercial Girardi.Também ocorrem na comunidade as atividades do grupo da terceira idade Estrela do Vale e Clube de Mães Sempre Avante. Na economia o destaque para avicultura, suinocultura e gado leiteiro. Entre os sobrenomes dos atuais moradores aparecem Calliari, Berté, Schmidt, Grall, KRüger, Rieth, Basségio, Girardi, Talini, Gotardi, Hass, Lussani e Barcelos.