sábado, 18 de junho de 2011

COQUEIRO ALTO - COQUEIRO BAIXO

A comunidade com cerca de duzentos habitantes localiza-se a 3,5 quilômetros da sede do município. A denominação origina-se pela existência de coqueiros com alturas significativas. Conforme pesquisa realizada por Iride Bonassina, Severino Meneghini, Gemma Emmer Vian e Francolina Emmer, a colonização teve inicio por volta de 1910, através das famílias Rodrigues, Sbaraini, Batista, Viécelli e Salami. A primeira igreja foi construída em 1912. Depois, em 1942 foi edificada uma nova. A atual foi construída em 1977. Na construção das igrejas aparecem os nomes dos fabriqueiros, ou seja construtores, Carlos Bertol, Luiz Gnoatto, Luiz Vécelli, Valmor Conte, Sílio Emmer, Alcides Meneghini e Zeno Bagatini. O padroeiro da comunidade é São Valentim, que é festejado todos os anos, no segundo domingo de fevereiro. A preocupação com a educação, fez com que os colonizadores, vindos da região da serra gaúcha, fundassem a primeira escola em 1916, tendo como primeiro professor Remígio Camboim. Há quatro anos foi desativada. Entre os fatos que marcaram a história da comunidade está a invasão de gafanhotos em 1935 e 1947, arrasando completamente as lavouras. Na década de 1920, Coqueiro Alto era um importante local de encontro de viajantes com hotel, duas casas comerciais, sapataria, ferraria, curtume, moinho de pedra, fábrica de queijo e alfaiataria. “Naquela época a localidade era um importante centro, isto aqui era maior que a sede de nosso município hoje”, afirma o morador Sílio Emmer (82). Sua família composta pelo filho Jorge, a nora Lurdes e os netos Cristina, Juliana, Julite e Elis apostam na produção de frango, se dedicando também a produção primária. E como bons descendentes de italianos, não dispensam um copo de vinho diariamente. “mas tem que ser produzido por nós mesmos, é uma tradição de cada família daqui. Se não tem parreira, compra-se a uva para fazer o vinho. Este garanto não dá dor de cabeça”, salienta Sílio. As netas, á noite freqüentam a Univates em Lajeado. O Esporte Clube Juventude envolve os jovens nos jogos de futsal e futebol de campo. A entidade tem como presidente Felipe Salami. A comunidade católica é presidida por Valdecir Federizzi que nos próximos dias passa o cargo para Amauri Bassani. O telefone ainda é através de ramal, mas a internet via rádio é realidade para dezenas de moradores. A comunidade possui dois cemitérios: um para os católicos e outro comunitário para as demais religiões. “Um ótimo lugar para viver, perto de tudo, quase na divisa entre Coqueiro Baixo e Nova Bréscia, onde todos se conhecem e trabalham por dias melhores”, declara Jorge Emmer. Como na maioria das pequenas localidades do interior, a paisagem, além dos morros, é tomada por dezenas de aviários.

sábado, 11 de junho de 2011

LINHA 12 DE OUTUBRO

A localidade também conhecida como Linha Roncador até pouco tempo atrás, localiza-se a cerca de dois quilômetros da sede do distrito do Bela Vista do Fão, podendo até ser considerada como uma extensão deste. Uma única rua abriga residências de trinta famílias, algo em torno de oitenta pessoas, que dedicam-se a suinocultura, avicultura, criação de gado leiteiro e fumicultura. Por estar situada próxima da sede do distrito, a vida dos moradores está totalmente vinculada à este, como armazéns, escola e igreja. A localidade divide-se também Linha Merlo e Zago.
Os primeiros moradores chegaram por volta de 1905. O Arroio Roncador cota a localidade em toda sua extensão. Devido á altitude do local, tem-se uma bela visão do Rio Fão. As manifestações de fé traduzem-se pela festa de São Roque que ocorre em agosto com o tríduo realizado junto capitel de onde sai a procissão até a igreja católica Nossa Senhora de Lourdes em Bela Vista do Fão. No percurso da romaria, cerca de 2,5 quilômetros, muitas rezas e orações em função do Santo ser o padroeiro da comunidade. A Sociedade de Água 12 de Outubro garante o abastecimento dos moradores. Lenice Casagrande (40), é natural da localidade onde reside juntamente com o irmão Valmir e a mãe Metilde, que dedica-se à zelar pelo capitel. Ela afirma ser muito bom residir no local. "É uma comunidade ordeira e trabalhadora, que está sempre unida em busca de melhores dias para todos. Um lugar tranquilo" Lenice desempenha funções como merendeira na Escola Estadual Frei Antônio, na sede do distrito. O Expresso azul mantêm uma linha de ônibus diariamente que passa pela localidade em direção a Lajeado. Estudantes que se dirigem à Univates também tem transporte desde o local. Os telefones são com ramais, mas a Internet já está presente em algumas residências. Conforme o vereador Ivo Pavi, ainda não se sabe o porquê da denominação da localidade. "A colonização iniciou-se por volta de 1910, mas até hoje não se tem oficialmente o motivo do nome."Entre as famílias atuais aparecem sobrenomes como Zago, Künzel, Casagrande, Petrini, Martini, Conceição, Henicka, Turcatti, Vetorazzi, Merlo, Gheno, Freitas, Zanoni, Finatto e Felicetti.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

LINHA CAÇADOR - NOVA BRÉSCIA

A história de colonização da comunidade remonta a 1895 quando chegaram os primeiros moradores, todos de origem portuguesa: Apolinário da Rosa Fiel, Francisco Nogueira, José Propício, Felipe Flor e Marcelino de Azevedo. Já por volta de 1900, chegaram os colonizadores descendentes de italianos, Vergínio Nichel, Luiz Federizzi, César Zambiasi, Simão Valgoi, João Tiecher, Francisco Meneghini, José Magagnin, José Delazeri, João Macagnan, Máximo Martini e Jacinto Bertol.
A denominação de Linha Caçador surgiu quando no inicio da colonização, agrimensores mediam as terras na beira de um arroio e encontraram um homem desconhecido caçando. Alguns dados históricos citados na obra Nova Bréscia, editada em 1984, destaca que em 1914 foi construída a primeira capela que foi inaugurada pelo padre João Morelli. Os construtores foram José Magagnin, Simão Valgoi, Jacinto Bertol e Henrique Palauro. O cemitério foi construído em 1918. O primeiro sepultamento foi de Carlos Conte. A primeira escola surgiu em 1919, tendo como professora Teresa Nicolini. Mais tarde lecionaram Gomercinda Moraes, Irene Mánica, Marta Meneghini, Alberto Dadalt, Leocádia Finatto, Alírio Aumond entre outros. Em 1930 foi construída uma nova capela. Em 1961 ocorreu a visita do bispo Dom Alberto Etges. Um novo prédio para a escola foi inaugurado em 27 de abril de 1980, tendo como professor Décio Moacir Laste. Há quatro anos a escola, por falta de alunos acabou fechando, tendo como professora Noeli Bravo. Com participação ativa na comunidade, a família Matuella preocupa-se com o futuro da localidade. "Hoje somos em 182 pessoas que integram 63 famílias. Recordo que em 1987 éramos 287 moradores", afirma Ilso Matuella, que atua como ministro da igreja católica, integra o conselho agropecuário e foi um dos fundadores do banco Sicredi no município. Para a família a falta de alternativas para fixar os jovens no interior e o fechamento da escola estão entre os motivos da diminuição da população. A esposa Anilse, ao lado da filha Ana Paula e o genro Jandir, que retornaram à localidade para da continuidade a produção de frangos, ajudam a tocar a propriedade. Uma outra filha atua numa churrascaria nos Estados Unidos. O sistema telefônico é por ramal. Celular não pega na localidade. Doze moradores possuem acesso a internet via rádio. Na economia o destaque para dezenas de aviários, chiqueirões e produção de gado de leite.
O Clube Esportivo Atlético Caçadorense, campeão municipal do ano passado, está desativado. Entidades como as associações de água e telefone, clube de mães Esperança de Viver e da terceira idade movimentam e prestam serviços à comunidade. As missas são rezadas pelo padre Marino Winck, uma vez por mês. Nos eventos o destaque para a festa do padroeiro São Marcos, encontros de terceira idade e festa comunitária. O ponto de encontro aos finais de semana para o carteado e a bocha ocorrem no salão da comunidade. Rafael Bonassina, Deoclício Senter, Gilmar Meneghini, Gilmar Valgoi. Rodrigo Mattuella e Nestor Pecin estão entre as lideranças locais. A localidade está situada á cinco quilômetros da sede do município.