sexta-feira, 26 de agosto de 2011

ALTO PAU QUEIMADO - PROGRESSO

Cerca de cinquenta moradores residem na localidade que está situada á dez quilômetros da sede do município. O acesso é pela RS 423, percorrendo-se três quilômetros de estrada de chão. Chama atenção a inexistência de igreja. As missas são rezadas no salão comunitário, uma vez por mês, pelo padre Milton Backes. “O pessoal é associado em comunidades vizinhas, como Batuvira, Bela Vista do Fão e Progresso, ficamos no caminho para estas localidades, por isso nunca foi pensado na construção de uma igreja e nem de cemitério”, esclarece o produtor rural, natural da comunidade, Antônio Casanova (48), que juntamente com a esposa Janete Pifer (42) e o filho Jonas, tocam uma pequena propriedade. De acordo com os moradores, a comunidade recebeu os primeiros habitantes por volta de 1940. Eram as famílias Schena, Titelo, Ongaratto e Casanova, entre outros. A denominação Pau Queimado seria originária de uma Cangerana, árvores centenária que foi queimada e o que restou durante muitos anos serviu como referência ao lugar. Abençoados pela padroeira Nossa Senhora das Graças, os moradores preocupam-se com o esvaziamento da comunidade. “Há onze anos fecharam a Escola Municipal Tiradentes, fundada em 1968, e daí em diante deu tudo para trás. Foram embora as pessoas mais novas e não retornaram mais”, lamenta Casanova. Ele teme pelo futuro da comunidade. “Ainda vale a pena ficar aqui e plantar, mas não sei por quanto tempo. As estradas são péssimas e a gurizada vai embora em busca de melhores oportunidades.” Da extinta escola, onde ainda existe o prédio abandonado, são lembrados os nomes de professores como Clarisse Schena Ongaratto, Marli dos Santos, Mariza Battisti e Inês Fontaniva Paludo. Comunidade de tradição católica, reza-se o terço todas as semanas e circulam de casa em casa as capelinhas com imagens de Nossa Senhora de Fátima. Lazer somente nos finais de semana nos jogos de bocha e carteado no salão comunitário ou ainda nos eventos promovidos pelo Clube de Mães Nossa Senhora das Graças. Há sete anos encerrava as atividades o Esporte Clube Flor da Serra. Os poucos moradores que ali residem dedicam-se ao cultivo de fumo, milho e criação de gado leiteiro. Telefone somente com celular em pontos estratégicos, geralmente em morros mais altos. Entre os moradores atuais aparecem as famílias Ongaratto, Mezacasa, Draghetti, Groff e Casanova. Ivo Redelker é o presidente da comunidade.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

APITIRI - PROGRESSO

A localidade está situada a seis quilômetros da sede, sendo que parte da rodovia já está pavimentado com asfalto. Habitada por cerca de 130 moradores, a comunidade tem sua história iniciada em 1920 quando chegaram os primeiros moradores. A denominação Apitiri é indígena. Eram as famílias de Luis Possente, João Lesseu, Ângelo Pozzebon, João Gheno e Pedro Kará, conforme pesquisa realizada pelo Frei Albano Bohn. A primeira capela foi inaugurada em 1922, tendo como padroeiro São Roque. A data é comemorada até hoje. No último dia 16, dia consagrado ao Santo, houve festa reunindo 1500 pessoas, tradição que vem desde 1939. Em 1924 surgiu a primeira escola tendo como professores Amélia Lesseu e José de Abreu. A primeira catequista foi Rosa Tarelli. A comunidade orgulha-se muito pelos filhos que seguiram carreira religiosa: freis Celso, Mauro e Luis Brancher e as irmãs Arcângela, Carmila, Selvina e Gema Pozzebon, Carla, Elionara Pozzebon, Iris Possebon e Ângela Piassini. A economia atual baseia-se na cultura do fumo, aviários e gado leiteiro. A igreja católica abriga os fiéis nas missas rezadas uma vez a cada mês. A fé também é manifestada com as capelinhas que passam de casa em casa. São dedicadas ao Sagrado Coração de Jesus, Santa Rita e Nossa Senhora Auxiliadora. Situada no caminho para Morro Azul, Boqueirão do Leão e Barros Cassal, a localidade é servida somente por ônibus do transporte escolar. A Escola Municipal Duque de Caxias encerrou as atividades em 2009. “Pode ser o começo do fim da comunidade”, exclama o morador Mário Dapont (63), que ao lado da esposa Judite (66) e das irmãs Terezinha Francetto e Aurora Dapont, vêem o número de habitantes diminuir cada vez mais. “Os alunos são transportados para a sede do município e assim começa o distanciamento da terra natal, quando crescem eles não voltam mais”, afirma o comerciante Alfredo de Almeida, proprietário do único armazém da localidade onde a a comunidade reúne-se aos finais de semana para jogar bocha e o carteado. A comunicação telefônica funciona por meio de ramal. “Celular só subindo em algum morro”, afirma Mário Dapont, que mesmo diante das dificuldades diz que o lugar é bom para morar. “Tranqüilo, as pessoas se conhecem e ajudam uma as outras, só temos saudades dos tempos em que existia moinho colonial, ferraria e descascador de arroz.” Tradicional, o Esporte Clube Apiriti encerrou as atividades recentemente. Entidades como a Comunidade Católica, presidida por Ernani Dapont, a Sociedade de Água e o Clube de Mães Nossa Senhora das Graças envolvem a comunidade em diversos eventos como o jantar baile e a festa de São Roque. Entre as famílias atuais aparecem os sobrenomes Dapont, Zenatti, Almeida, Zuffo, Veruck, Zagonel, Martins, Lussani, Pozzebon, Piassini, Maffi e Bariviera.


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

NOSSA SENHORA DAS DORES - COQUEIRO BAIXO


Situada á cerca de 12 quilômetros da sede do município, a localidade abriga hoje em torno de cinquenta moradores, constituídos por quinze famílias. Região tomada por morros é cortada pela estrada denominada de Nossa Senhora das Dores, numa alusão a Santa padroeira da comunidade. A história da colonização remonta a 1930 com a chegada dos pioneiros, descendentes de italianos, oriundos da região de Garibaldi, Eram as famílias de João Meneghini, Albino Gonçalves, José de Andrade, Guido Valer, Joaquim Dutra, Orestes Bertol e Cravelino Cardoso, Henrique Rossini, Guilherme Grizzotti e Lucio de Andrade. Primeiramente denominaram a localidade como Sobra, numa alusão as terras que eram do governo e que havia lhes passado o que restara. O nome de Nossa Senhora das Dores surgiu a partir de uma promessa quando os pioneiros legalizaram as terras. A igreja católica construída em 1940 teve como construtores Natal Scartezzini, Atílio Rossi, Henrique Rossini e Guilherme Grizzotti. A primeira escola foi construída em 1962 com a denominação de 19 de novembro, tendo como primeiros professores Astrogildo de Freitas, Amaro de Freitas e Ângelo Fontana. Mais tarde surgiu a escola Humberto de Campos. Também atuaram como professoras Marilúcia Valer e Terezinha Senter. O casal de produtores rurais, Ana Grizzotti Valer (71) e Nelsi Elias Valer (74) nasceram e ainda permanecem na localidade. Constituíram uma família de seis filhos que hoje atuam nos ramos de hotelaria, restaurante, lancherias, comércio e casas lotéricas e agricultura em cidades como São Paulo, Porto Alegre e Caxias do Sul. "Mas não perderam a ligação com suas raízes, seguidamente nossos filhos estão aqui a passeio para curtirem as coisas boas que temos na localidade", afirma Teresinha, que junto com o esposo recebe á todos com um largo sorriso. Como bons descendentes de italianos, o casal Valer mantêm a tradição de freqüentar as missas rezadas pelo Padre Marino Winck, ingerir um copo de vinho diariamente, fabricado por eles mesmos e pelo menos uma vez por semana, não pode faltar uma bela polenta no almoço. A economia atual baseia-se em aviários, reflorestamento e criação de vacas de leite. "Vivemos bem, temos acesso a telefone celular e internet e recebemos atenção especial na área da saúde", frisa Nelsi, que atua como leigo na igreja católica e representante da Cerfox, cooperativa de energia elétrica. Saudades o casal tem da movimentação que existia há 20 anos quando circulava um ônibus da empresa Oasis, uma vez por semana, até Nova Bréscia. Também do pessoal que comercializava produtos no Moinho Colonial de Eduardo Rodrigues. A fé católica também é manifestada através da Capelinha com a imagem do Sagrado Coração de Maria que circula pelas residências. Na política, o representa da comunidade é o vereador Jocimar Valer. As festas de São Paulo e da padroeira movimentam a comunidade, assim como o jantar baile do Clube de Mães Aliança do Amor. O Esperança Futebol Clube encerrou suas atividades há dez anos por falta de jogadores. Nos finais de semana o passatempo são os carteado e o bate papo no salão da comunidade que tem como dirigentes Euclides e Gilberto Pavoni. O Arroio Coqueiro passa por um bom trecho da localidade, tornando-se também uma atração turística. Entre as famílias que residem na localidade aparecem os sobrenomes Valer, Mânica, Grizzotti, Meneghini, Weber, Damázio, Rossini, Pavoni, Camargo, Denardi e Devite.