sábado, 15 de outubro de 2011

PICADA CORNÉLIUS - MARQUES DE SOUZA

Localizada entre a comunidade de Vasco Bandeira e a BR-386, a pequena Picada Cornélius, conta com cerca de quarenta moradores, representados pelas famílias Souza, Tonini, Gross, Ferronatto, Walter, Wommer, Silva, Markmann, Dresch, Orlandi, Stacke, Libino, Broilo e, lógicamente, Cornélius. Estes, descendentes dos imigrantes alemães Julio, Fritz, Leopoldo e Pedro, oriundos de Sapiranga e que chegaram a localidade por volta de 1910. Anteriormente haviam se estabelecido nas proximidades de Bela Vista do Fão, mas com a vinda dos imigrantes italianos, transferiram-se para a picada. Iris Cornélius (61) e Claudio Markmann (64) estão entre os moradores mais antigos. Juntamente com Maico, Reni, Valmor, Vitória, Vanderlei, Maria Luiza e Vinicius, dedicam-se ao cultivo de fumo, gado leiteiro e agricultura de subsistência como a plantação de aipim e batata doce. “É um ótimo lugar para vivermos, a vizinha é boa e estamos a apenas dois quilômetros e meio da BR-386 e á quinze da sede do município. Aqui não tem violência. É tudo muito tranquilo”, afirma Claudio. Também não existem cemitérios. “Nossos mortos são sepultados em Vasco Bandeira e Tamanduá”, destaca Claúdio, que recorda que há cerca de sessenta anos, não havia um cemitério para cada religião. “Era dividido ao meio, com espaço para evangélicos e católicos”.
A Escola Arnoldo Knebel, uma Brizolera, foi desativada há cerca de 20 anos. Entre as professoras que por lá passaram são lembrados os nomes de Ivone Schena, Rosinha Bottega e Luria Conrad. Existem registros de que a primeira escola foi instalada num paiol de propriedade de Domingos Ferronatto. Hoje, os alunos freqüentam as Escolas Henrique Geiss em Tamanduá e Ana Néri, na Sede. Também o antigo armazém de propriedade de Mário e Carlos Cornélius e da família Scheuermann fechou as portas há cerca de quinze anos. A comunidade é servida por uma linha de ônibus do Expresso Azul ligando com Lajeado, duas vezes ao dia. Ainda há o transporte para a Sede pela empresa Marquesul. Como não existe igreja no local, os fiéis freqüentam os templos católico em Vasco Bandeira e Evangélico, em Tamanduá. A vida social é freqüentada na vizinha Vasco Bandeira, com os jogos de carteado e bocha, clube de Mães e bailes. No verão, ás águas do Rio Fão, que corta a localidade de ponta a ponta é o lugar para banhos e descanso. Imensas várzeas produtivas garantem o sustento dos moradores. Embora a população tenha se reduzido, começa um movimento de retorno de ex-moradores, que recentemente adquiriram sítios de lazer, próximo ao Rio Fão.