quarta-feira, 20 de junho de 2012

CCASCATA DO GAMELÃO - BOQUEIRÃO DO LEÃO

Localizada em área rural, mas distante apenas 1,2 quilômetro do centro da cidade, o Gamelão é um dos "cartões postais" do município. Formado por dois saltos que deságuam em poços em formato de gamela - daí o nome Gamelão - é cercado por paredões rochosos e mata nativa. A luminosidade que chega através dos poucos raios solares que transpõe a intensa vegetação proporciona um colorido especial nas rochas que formam o local. O som das águas e dos pássaros também encantam os visitantes. Parte do caminho até o local pode ser feito por automóvel utilizando uma estrada de chão batido que também dá acesso à propriedades particulares. O restante do caminho deve ser feito a pé. No local existe uma escadaria que dá acesso as quedas, mas o visitante deve tomar cuidado, pois as pedras são muito escorregadias. Em épocas de chuvas esse cuidado deve ser redobrado, assim como a travessia do rio deve ser evitada a fim de que se evitem acidentes. A profundidade dos poços, segundo moradores, é de mais de cerca de nove metros. "É um dos mais importantes atrativos naturais do município, sendo procurado por moradores para lazer como pesca e banhos e visitantes de diversos locais que vem conferir a beleza cênica do lugar”, destaca turismóloga Diuly Cristina Mähler. Recentemente a administração municipal tem disponibilizado durante a tradicional Festa da Polenta, que acontece em julho, passeios turísticos a este e outros atrativos, o que deve ocorrer novamente este ano. “Da mesma forma, estamos verificando a possibilidade de facilitar o acesso e melhorar a segurança dos visitantes através da construção de uma trilha suspensa que também evitará a degradação do local, preservando-o", complementa a profissional. A cascata do Gamelão faz divisa com as propriedades de Alceu Rodrigues e Miguel Rodrigues de Freitas. Uma das preocupação da turismóloga é quanto a segurança do local. “Acontece muitas vezes dos visitantes escorregarem ao caminhar sobre as pedras, pois são muito lisas devido á umidade. Por isso é recomendável para que as pessoas utilizem um bom tênis com garras e uma roupa confortável. Além é claro que se puderem estar acompanhadas por alguém que conheça o local, em função de que ainda não existem guias para conduzir no local.”

ALTO CONSTANTINO - PROGRESSO

Situada á cerca de 20 quilômetros da Sede do município e a três do distrito de Campo Branco, a localidade conta com cerca de 150 habitantes. A denominação é uma homenagem ao Frei Constantino van Ryn, holandês, que atuou no município entre 1941 e 1965. Cortada de ponta a ponta pela estrada municipal que segue em direção a Constantino, uma das características da comunidade são as propriedades rurais, onde na maioria a dedicação é para a fumicultura e plantações de subsistência. Porém a história local remonta à 1930, quando chegavam os casais pioneiros dando inicio a colonização. Conforme pesquisa realizada pelo frei Albano Bohn os primeiros moradores foram Albino e Clara Pellenz, João e Idalina Piffer, José e Maria Viginesli, José e Luisa Erthal, Felipe e Metilde Imhoff e Raimundo e Teresa Henicka. Devotos de Santa Terezinha a escolheram como padroeira. Recentemente a comunidade católica recebeu as Missões populares. Na igreja, ao lado do salão comunitário, as missas ocorrem uma vez por mês. A Escola Municipal Farias de Brito, é o centro das decisões da comunidade. Abrigando alunos do primeiro ao quinto ano, tem na direção a professora Elizandra Zannus. O Círculo de Pais e Mestres é dirigido por Marilene Piffer. Mesmo com poucos estudantes, são onze alunos oriundos também das vizinhas Morro Azul e Leãozinho, não dá para imaginar a comunidade sem escola. “Há poucos dias, os pais reuniram-se e irão agora solicitar às autoridades que a escola mantenha-se, mesmo com poucos alunos, pois são da opinião que o fim de uma comunidade começa pelo fechamento da escola”, afirma Elizandra. O primeiro professor da localidade foi José Mestre, que lecionava na residência de Martim Teodoro dos Santos em 1958. A primeira catequista foi Ana Zenatti. Conforme o casal Sirlei e Ademir José Pellenz, a comunidade é muito acolhedora. “Aqui trabalha-se e vive-se muito bem, as pessoas são hospitaleiras e vivem em harmonia.” A festa da escola e da padroeira são os maiores eventos onde comparecem pessoas de toda a região. A Internet ainda não está disponível, mas telefone celular e linhas convencionais de telefonia estão a disposição dos moradores. A moradora Neuza Cristani, voluntariamente, é a encarregada de passar as ligações para 19 ramais nas casas de moradores. As casas comerciais de Luis Carlos Cristani, Erno Henicka e Ademir Pellenz abastecem a comunidade. Entre as famílias atuais aparecem os sobrenomes Pellenz, Alcará, Chabat, Piffer, Cristani, Costa, Sbaraini, Decol, Marquese e Pires, entre outros.

sábado, 9 de junho de 2012

ARAÇÁ- PROGRESSO

Há 26 quilômetros da Sede do município situa-se a localidade que conta com apenas um morador. Já pelo caminho, partindo de Campo Branco, residências abandonadas revelam o cenário que espera os visitantes. Há três quilômetros, ainda na localidade de Cordilheira, percorre-se um túnel verde, onde a estrada é praticamente tomada no alto, por imensas árvores. Neste trajeto, em alguns locais, é possível avistar-se o rio Fão, que encanta pelos contornos ao redor dos morros, formando o desenho de uma ferradura, na divisa com a localidade de Galvão, pertencente a Fontoura Xavier. Chegando á localidade, pela estrada, que, em alguns momentos tem-se a impressão desta não ter continuidade, o cenário é desolador . A residência do ex-vereador Darci Miguel Moretto, onde reside com a esposa e a filha, é o único sinal de vida no local. Ao lado estão a igreja católica, o cemitério rodeado por uma cerca de pedras e com a maioria dos túmulos em sinal de abandono, o salão comunitário e o prédio da antiga escola Vieira da Cunha, desativada em 1990. O silêncio é quebrado, de vez em quando, pelo canto dos pássaros ou pelo som das águas do Arroio Araçá. Conforme o professor Valdir Pellenz , que atuou na escola, a situação atual contrapõe-se com o período até 1990, quando cerca de cem alunos freqüentavam a instituição. “Aos poucos o pessoal foi comercializando suas terras, retirando-se e indo para a cidade em busca de melhores condições de vida e restou o que hoje se vê por aqui, a maior parte da área é tomada por reflorestamento.” Trinta e cinco famílias viviam na comunidade, entre os anos de 1970 e 1990. Neste período a comunidade recebeu os prédios novos da igreja e do pavilhão através de uma ação coordenada pelo frei Albano Bohn. “Bons tempos quando funcionava um moinho colonial movido a pedra, as festas comunitárias com jogos de bochas e encontro de ex-moradores”, relata Pellenz. As casas comerciais de Francisco Massullini e Armindo Henicka abasteciam os moradores. A capelinha com a imagem de Nossa Senhora de Fátima pecorria as residências. Na história registrada em livro pelo religioso é destacado que em 20 de março de 1942 era rezada a primeira missa na comunidade na residência de Cândido Rosa e mais tarde na casa do morador Juvêncio Soares e Oliveira. Em 14 de janeiro de 1953 era realizada a benção da imagem do padroeiro São Roque. Entre as famílias que residiam na localidade, Pellenz cita os sobrenomes Schabat, Henicka, Pinto, Massullini, Padichello, Santana, Batista, Bernardo dos Santos, Folmantte, Lima, Nunes, Silva, Moraes, Gonçalves, Soares, Dalberto, Severgnini, Webber, Picolli,

domingo, 3 de junho de 2012

LINHA ORLANDO - MARQUES DE SOUZA

A localidade já foi destacada nesta coluna em 2010. Porém alguns dados atualizados complementam a história desta comunidade. Está localizada há sete quilômetros da sede do município, na estrada que liga Marques de Souza ás localidade de Linha Atalho, Rui Barbosa em Canudos do Vale e Xaxim em Progresso. Na história resgatada em obra publicada pelo professor Armindo Müller consta que por volta de 1890 a Linha Orlando fazia parte das antigas colônias pertencentes a empresa Bastos, Klenzen & Cia. Um dos sócios teria doado terras da localidade a uma afilhada, viúva de um colono chamado Orlando, daí se originando o nome Linha Orlando. Em 1911, a viúva solicitou a Gustav Jäger para que realizasse a medição e a venda de lotes das terras. Era uma área constituída por muitas matas e logo em seguida chegavam as famílias desbravadoras de Carl Bernstein, João Stacke, Franz Döbber, Germano Bernstein, Nikolaus Schroeder, Eduard Conrad e Valentin Cornelius. Estes primeiros habitantes pertenciam a comunidade Missouri de Linha Tigrinho e a comunidade Sinodal de Bastos e Nova Berlim Forqueta. O primeiro pastor que visitou a comunidade foi Walter Mummelthey. Em 1968 foi inaugurada a atual igreja da IECLB. Também na localidade existe a comunidade católica que foi fundada em 1910 , tendo como padroeira Santa Terezinha. A igreja situa-se nas proximidades da divisa com Progresso sendo o local também chamado carinhosamente de Linha Orlandinho. Os primeiros moradores desta área foram José Welter, João Zanatta, Franciso Giovanella, Pedro Giovanella, Jacó de Souza e Fioravante Tomazzi. Alvina Giovanella e Alice Zanatta foram as primeiras catequistas. Recentemente a comunidade, que conta com apenas nove famílias associadas, recebeu as Missões populares através da Paróquia de Progresso. A capelinha com a imagem de Nossa Senhora das Graças circula pelas residências. As missas rezadas pelo Frei Albano Bohn ocorrem uma vez por mês. Em frente ao templo e ao lado do cemitério, está o prédio desativado da Escola Nova, assim denominada em função da existência de outra mais ao centro da localidade e que foi desativada há cerca de 20 anos. A primeira professora foi Jovitta Battisti. Dentro do prédio em ruínas, resta apenas o quadro negro e no alto uma foto do prefeito de Lajeado na época, Darci José Corbelini. Nos finais de semana o lazer acontece no salão comunitário e na cancha de bocha. Na economia, o trabalho das famílias Castro, Krüger, Berté, Duarte, Huppes e Giovanella com destaque para a suinocultura, avicultura e reflorestamento. “Um excelente lugar para residirmos, onde vive-se em harmonia com a natureza, as pessoas e o trabalho”, afirma o produtor rural Jurandir Giovanella, juntamente com a esposa Elaine, a filha e o genro Rodrigo Huppes. A propriedade da família situa-se na divisa entre os municípios de Marques de Souza, Canudos do Vale e Progresso.