domingo, 5 de abril de 2015

LINHA NATAL - TRAVESSEIRO






Fundada em 1915 pelas famílias de Inácio Höffle, Aloisio Bergmann, Ventutto Pacce, João Waissmann, Henrique Höffe, Sebastião Höffe, Otto Rempel, Oscar Southier, Jacó Dill, Raimundo Rempel, Mathias Rempel e as famílias Sequi e Fraisleben, a localidade de Linha Natal é também conhecida como Picada Natal e localiza-se na divisa entre Travesseiro e Capitão. Professor da escola Olavo Bilac, que funcionou até 1993, o professor Lasiê Delazzeri, atualmente exercendo a função de agente administrativo da prefeitura de Travesseiro, pesquisou a história da localidade. “Os pioneiros chegaram a pé, abrindo piquetes, derrubando árvores e enfrentando muito perigo. As mudanças eram feitas à pé e economia da época se baseava na criação de porcos e cultivo de feijão e milho”. A primeira capela foi construída em 1920 em terras doadas por Mathias Rempel. A denominação de Linha Natal se deve ao padroeiro que é Menino Jesus. As mercadorias chegavam as residências transportadas através de tropas de burros, vindas Arroio do Meio e Nova Bréscia. Entre os padres que atuaram na comunidade são lembrados os nomes de Valentino, João, Edvino Pulk, Reinoldo, Arlindo Pofmann, Alberto Fiat e Vilibaldo Back e Silvério Schneiders. Ainda nos registros históricos, no setor de educação, em 1920 as aulas eram ministradas em residências particulares. As primeiras professoras foram Clementina Freisleben e Maria Zulmira Dietrich, Rosina Biazebetti, Ana Vilma Veizemann, Gerna Erna Veizemann, Almiro Dadaut, lenita Theves, Ervino Breitemback, Guido Kurach, Nair Sartori, Deonira Lurdes Pagliarini, Jandira Biazebetti Giongo, Teresinha Merlo, Laziê Delazzeri e outros. O Arroio Feiticeiro que corta a localidade é formado a partir da junção dos Arroios Gaúcho e das Rãs. Com o decorrer do tempo os moradores, devido ao terreno montanhoso e com poucas perspectivas de melhora de vida, acabaram mudando-se para outras comunidades. Atualmente somente um morador reside na localidade, se dedicando ao reflorestamento e criação de suínos. Extensas áreas de terras são utilizadas para plantações de pinos, acácias e eucaliptos. Também merece destaque a produção de paralepípedos. A igreja e o cemitério estão em ruinas, tomados pela vegetação. O sino da igreja foi doado para a comunidade católica de Marques de Souza. O templo encontra-se muito danificado, com janelas destruídas e inscrições nas paredes. Para acessar a localidade deve-se acessar por Linha Zanotelli, interior de Capitão, de onde se toma uma estrada por cerca de seis quilômetros. Recomenda-se utilizar veículo tracionado ou percorrer cerca de um quilômetro a pé.

Textos e fotos Alício de Assunção