sexta-feira, 9 de setembro de 2011

PICADA CASTRO - POUSO NOVO

Localizada á dez quilômetros da sede do município, entre a BR-386 e o arroio Dudulha, está a pequena comunidade que já foi conhecida como Vila Castro,obviamente por abrigar dezenas de moradores com este sobrenome. Colonizada por volta de 1920, a localidade conta hoje com cerca de cem habitantes. A pequena igreja católica é o local de encontro da comunidade para cultos, missas e orações, coordenadas pelo frei Nelson Müller, da Paróquia Santo Antônio de Pouso Novo e leigos. A escola da comunidade foi fechada há cerca de seis anos. A única festividade que ocorre anualmente é alusiva ao padroeiro São Roque, comemorada no segundo domingo de agosto. Devido ao relevo acidentado, as 35 famílias que habitam o local, dedicam-se a fumicultura, avicultitura, suinocultura e criação de gado de leite. A localidade destaca-se também pelas paisagens naturais. Cercas de pedras, extensos potreiros, cerros, morros e o arroio Dudulha compõe um belo cenário, digno de cartão postal. Entre os moradores atuais aparecem os sobrenomes Andreolli, Fagundes, Severnini, Da Luz, Hermes, Jordão, Rasche, Brum, Bonassina, entre outros. O presidente da comunidade é produtor rural Dorvalino de Brum (60), que reside na localidade há 34 anos. “É um bom local para morarmos, estamos próximos a BR-386 e a cidade, as pessoas são trabalhadoras e gostamos muito de morar aqui”, afirma. No salão comunitário, aos finais de semana o espaço é disputado pelos jogadores de carteado. A cancha de bochas, por falta de interessados está desativada. Durante a semana farroupilha a comunidade reúne-se para participar de cavalgadas. Neste final de semana, o pessoal foi á cavalo até Constantino, no município de Progresso, buscar a centelha da chama crioula, que ficará acessa na sede do CTG Tropilhas da Serra, na sede do município. A localidade também é lembrada por fazer parte da Revolução Constitucionalista de 1932. Foi durante o Combate do Fão, ocorrido na vizinha Barra do Dudulha entre os dias 12 e 13 de setembro daquele ano, que os revolucionários se embrenharam em matos de Picada Castro após enfrentarem as forças do governo e retornarem em direção á Soledade. Ainda hoje, seguidamente encontram-se nas lavouras, cartuchos e armas utilizadas no episódio. Também conta-se que em um poço arroio Dudulha, estaria armazenada uma caixa de ferro contendo armas e munições, que foram abandonadas pelos combatentes. Ruídos estranhos seriam ouvidos durante as noites de lua cheia. Lenda ou não, o certo é que a comunidade resiste ao tempo e faz parte de um dos momentos históricos do Vale do Taquari.


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