Fundada em 1915
pelas famílias de Inácio Höffle, Aloisio Bergmann, Ventutto Pacce, João
Waissmann, Henrique Höffe, Sebastião Höffe, Otto Rempel, Oscar Southier, Jacó
Dill, Raimundo Rempel, Mathias Rempel e as famílias Sequi e Fraisleben, a
localidade de Linha Natal é também conhecida como Picada Natal e localiza-se na
divisa entre Travesseiro e Capitão. Professor da escola Olavo Bilac, que
funcionou até 1993, o professor Lasiê Delazzeri, atualmente exercendo a função
de agente administrativo da prefeitura de Travesseiro, pesquisou a história da
localidade. “Os pioneiros chegaram a pé, abrindo piquetes, derrubando árvores e
enfrentando muito perigo. As mudanças eram feitas à pé e economia da época se
baseava na criação de porcos e cultivo de feijão e milho”. A primeira capela
foi construída em 1920 em terras doadas por Mathias Rempel. A denominação de
Linha Natal se deve ao padroeiro que é Menino Jesus. As mercadorias chegavam as
residências transportadas através de tropas de burros, vindas Arroio do Meio e
Nova Bréscia. Entre os padres que atuaram na comunidade são lembrados os nomes
de Valentino, João, Edvino Pulk, Reinoldo, Arlindo Pofmann, Alberto Fiat e
Vilibaldo Back e Silvério Schneiders. Ainda nos registros históricos, no setor
de educação, em 1920 as aulas eram ministradas em residências particulares. As
primeiras professoras foram Clementina Freisleben e Maria Zulmira Dietrich,
Rosina Biazebetti, Ana Vilma Veizemann, Gerna Erna Veizemann, Almiro Dadaut,
lenita Theves, Ervino Breitemback, Guido Kurach, Nair Sartori, Deonira Lurdes
Pagliarini, Jandira Biazebetti Giongo, Teresinha Merlo, Laziê Delazzeri e
outros. O Arroio Feiticeiro que corta a localidade é formado a partir da junção
dos Arroios Gaúcho e das Rãs. Com o decorrer do tempo os moradores, devido ao
terreno montanhoso e com poucas perspectivas de melhora de vida, acabaram
mudando-se para outras comunidades. Atualmente somente um morador reside na
localidade, se dedicando ao reflorestamento e criação de suínos. Extensas áreas
de terras são utilizadas para plantações de pinos, acácias e eucaliptos. Também
merece destaque a produção de paralepípedos. A igreja e o cemitério estão em
ruinas, tomados pela vegetação. O sino da igreja foi doado para a comunidade
católica de Marques de Souza. O templo encontra-se muito danificado, com
janelas destruídas e inscrições nas paredes. Para acessar a localidade deve-se
acessar por Linha Zanotelli, interior de Capitão, de onde se toma uma estrada
por cerca de seis quilômetros. Recomenda-se utilizar veículo tracionado ou
percorrer cerca de um quilômetro a pé.
Textos e fotos Alício de
Assunção
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