sexta-feira, 16 de abril de 2010

VASCO BANDEIRA - MARQUES DE SOUZA



Na estrada não pavimentada que corta morros e ladeia as margens do Rio Fão á quatro quilômetros da BR-386, está a pequena Vasco Bandeira. Colonizada por descendentes de imigrantes italianos a partir de 1912, oriundos de municípios da região da serra gaúcha, como Garibaldi e Farroupilha, a localidade ainda conserva traços dos pioneiros como a religião, o trabalho e o lazer. “A melhor época por aqui foi entre os anos de 1980 e 1990”, afirma o comerciante Jovino Bottega, que mantém uma casa de comércio no centro da vila. Aliás, o empreendimento faz parte da história local. De propriedade de Ronaldo Eckert, no início do século passado, depois foi adquirida pela família Bottega que a mantêm até hoje. No “armazém do Jovino” como é mais conhecido a comunidade se abastece de alimentos, tecidos, utilidades domésticas e o que não tem, o comerciante se encarrega de buscar na cidade uma vez por semana. O local também é freqüentado por apreciadores do carteado no final de tarde ou em sábados e domingos. “O comércio já foi melhor, pois tínhamos dois caminhões para transportar as mercadorias. Não que hoje não seja bom viver aqui, mas naquela época tinha mais movimento”, destaca. Bottega tem razão em afirmar pois naqueles anos, viviam mais de trezentos moradores na localidade. Hoje este número não chega a cem. “Os mais velhos morreram e os jovens tomaram outros rumos como Lajeado e outras cidades. Poucos resolveram arriscar em continuar investindo na propriedade”, atesta. A economia atual se destaca pela produção de fumo, aviários, chiqueirões e plantações de milho e uva. A Internet também já está disponível aos moradores. A fé é manifestada na igreja católica da comunidade que tem como padroeiro São José. No futebol o Esporte Clube São José já levantou a taça como campeão municipal em três oportunidades e realiza um torneio anual sempre em primeiro de maio. Mas é também pelas festas que a comunidade é muito conhecida. A da Laranja, que neste ano acontece dia 10 de julho, atrai cerca de duas mil pessoas todo o ano. O evento que inicia ás 6h e só termina no amanhecer no dia seguinte tem como atrativos os concursos de motosserra, descascar laranjas, derivados, boneca da festa, almoço e jantar típico e baile. Além destes destaques também para as festas do padroeiro e do Clube de Mães Rosário. O nome da localidade ainda gera dúvidas. Conforme Jovino Bottega para alguns teria sido um governador do Estado. Para outros seria o nome de um dos primeiros moradores da localidade. Atualmente residem, entre outros, na localidade as famílias Paludo, Vetorazzi, Bottega, Petrini, Dalmoro, Pelissari, Skena, Ferronatto, Cornélius, Markmann, Womer, Baldissera e Zagonel.


tEXTOS E FOTOS: Alício de Assunção

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