quinta-feira, 22 de abril de 2010

LINHA TIGRINHO - MARQUES DE SOUZA






Localidade situada há cerca de cinco quilômetros da sede do município, a pequena comunidade está reduzida a não mais que trinta moradores. Porém no contexto histórico do município, Linha Tigrinho tem muita importância, por ter abrigado no início do século passado algumas famílias de imigrantes alemães, pioneiras da região como os Gross, Hofstatter, Tietze, Haack Bernstein, Espich, Benovith, entre outras. Algumas destas famílias, principalmente os Tietze quando vieram para o Brasil eram Católicos praticantes. Para alguns, ainda hoje, a localidade é chamada de Picada Tigrinho ou Passofundo Eck, conforme relata a historiadora e pesquisadora, Iraci Hofstatter Perin, que no momento também se dedica a coletar dados para lançar um livro que fala da história da família Hofstatter. “Picada Tigrinho, o último refúgio dos tigres, se origina porque ali concentrava-se o maior numero de tigres, pois todas as outras picadas próximas estavam sendo habitadas”, afirma. Segundo ela, os primeiros moradores praticamente todos eram oriundos de Picada Atalho, pois suas terras começavam em Picada Atalho e terminavam em Picada Tigrinho, suas divisas iam de arroio até arroio. Que mais tarde com as medições foi denominado como Linha Tigrinho”. De acordo com informações obtidas por Iraci, a picada foi aberta a base de foices, pás e picaretas. “Mas principalmente com muita fé, coragem e esperança, para que ali instalassem suas famílias”. Os primeiros moradores construíam suas casas com paus e a cobertura era de capim.Transportavam seus produtos no lombo do cavalo, também com carroça, a negociação era quase sempre na base do troca-troca. “Estas famílias freqüentavam os cultos na Comunidade Evangélica de Marques de Souza, mas com o passar do tempo sentiram a necessidade de ter sua igreja mais próxima. Foi então que no ano de 1916 foi decidido fundar sua própria Comunidade Evangélica Luterana (Die Evangelisch Lutherisch Gemeinde), se mantendo com seus próprios recursos. Primeiramente os cultos eram realizados na casa de Balduim Hagemann, sempre aos domingos de tarde. Depois, mais tarde na escola. Neste local atuaram diversos professores como Armin Gross, Patzener, Heinrich e outros. O primeiro pastor a rezar os cultos foi o Pastor Reinhold F. Ghüthes que vinha de Conventos. Aproximadamente por 33 anos o Pastor Reinhold Guthes hospedava-se na casa de Heinrich Hofstaetter, entre sexta-feira até segunda-feira, pois o pastor vinha de cavalo da Comunidade de Conventos e realizava cultos em várias igrejas Luteranas. Um fato lembrado até hoje é que em 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, foi proibido às crianças estudar a língua alemã na doutrina. Entre os fundadores da Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB) estão registrados nomes como Luiz P. Scherer, Heinrich, Ferdinando, Jacob, Friedolin Hofstatter, Leopold Koelzer, Julius Arend, Valentin, Carl E. Martin e Carl G. Gross, Carlos Stoll, Leopold Benevitt, Robert, Carl, Engelbert Tietze, Reinhold Berghahn, Franz e Willam Appelt, Robert Krumenauer, Heinrich Hoffmeister, João bPiegel, Rosamundo Busch e Friederich Schneider etc. O pastor Dílson Krahn atende atualmente a comunidade. Os poucos moradores que ainda ali residem se dedicam a lavoura com plantações de milho, aipim e criação de gado.

5 comentários:

  1. Opa, muito bom seu blog, li todos os posts...

    Minha familia ( Espich) è dessa regiao e tenho interesse em saber minha genealogia...

    Terias como me passar o contato da Iraci? visto que a familia dela e a minha foram os fundadores dessa picada, de repente ela tem mais informaçoes sobre os Espich.

    Abraçao,

    Andrio

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  2. Olá Andrio
    Valeu pela visita ao blog. Preciso teu e-mail para passar para Iraci.
    abraços
    Alício

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  3. MUITO OBRIGADO PELO POST

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  4. PROCURO DESCENDENTES DE GUILHERME APPELT FILHO, SOU BISNETA, GOSTARIA DE SABER SE FRANZ OU WILLAM APPELT TEM PARENTESCO.ABRAÇOS NOELI APPELT


    E-MAIL noeliapelt@gmail.com

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  5. Sou neto de Maria Espich Arend Gostaria de saber mais sobre meu avô

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