quinta-feira, 6 de maio de 2010

LINHA CAIRU - TRAVESSEIRO





Linha Cairu – Travesseiro

Há cerca de dez quilômetros da sede do município, cortado pela estrada geral que faz divisa com Forqueta em Arroio do Meio, está Linha Cairu. O lugarejo chama a atenção pela calmaria, somente quebrada de vez em quando pelo trânsito de caminhões frangueiros, leiteiros e carroças. Com cerca de cinquenta habitantes a comunidade tem na força do trabalho de sua gente uma das características herdadas dos imigrantes alemães que chegaram a localidade por volta de 1890. As famílias pioneiras foram os Fucks, Siqueira e Metin, algumas destas residiam anteriormente em Conventos, Lajeado. Na época eram plantadores de milho. Mais tarde as plantações de soja tomaram conta de grande parte da área do distrito. Porém as dificuldades de produzir em função do relevo do terreno levaram os agricultores a investirem atualmente em gado leiteiro, aviários e chiqueirões. Embora a maioria da população professe as religiões luterana (IELB) e evangélica (IECLB) e frequentem as igrejas de Travesseiro e Picada Felipe Esiig, a única igreja edificada é a católica, construída em madeira no ano de 1946, onde apenas três famílias estão associadas. Chama a atenção também pelo sino instalado em uma torre ao lado do templo. Uma vez por mês ouve-se o badalar chamando os fieis para a missa na igreja que se localiza na estrada que leva até a localidade de São Luiz em Capitão. São José Operário do Patrocínio é o padroeiro. Dona Helga Weimer Bersch (78), nasceu e ainda vive na localidade. “Aqui é muito bom de se viver. É muito calmo, temos tranquilidade e qualquer necessidade estamos perto de Travesseiro e Arroio do Meio”, afirma. A filha Margarete Neitzke (46) diz que embora seja interior, o clima e as pessoas tornam o lugar muito especial. “Temos terra para produzir e também espaço para o lazer como os jogos de futebol no campo do Esporte Clube Cairú, os bailes, encontro de mães e grupo de idosos. Sobre histórias que marcaram a comunidade, Helga recorda das enchentes do Rio Forqueta que passa em toda a extensão da localidade. “A de janeiro deste ano foi violenta, mas as de 1941 e 1956, conforme falavam meus pais e avós foram maiores”, salienta. Sobre o significado do nome da localidade, Margarete diz que “Cairu” seria uma variante de “Kairo”, nome indígena de um cacique que residiu ali perto, pois existem pesquisas que confirmam que os primeiros habitantes do local terem sido índios. Cairu na língua tupi guarani significa “arvores de folhas escuras”. A casa comercial Quinot é o ponto de encontro para o bate-pato do final de tarde e a compra de artigos de primeiras necessidades. Neitzke, Persch, Prediger, Schneider, Collett, Staffen, Quinot, Prass e Kunh são alguns dos sobrenomes de famílias que residem na localidade.

Um comentário:

  1. Gostaria de saber sobre a Igreja São LUIZ, próximo a a antiga venda do Senhor Miro Carreta. Morávamos próximo a esta localidade nos anos de 1963. Fiz a primeira comunhão nesta igreja.

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