sábado, 14 de agosto de 2010

TIRIRICA - PROGRESSO





Situada há cerca de seis quilômetros da sede do município, a localidade é acessada
pela RS-423, de onde se distância quatro quilômetros por estrada não pavimentada. De acordo com pesquisa realizada pelo Frei Albano Bohn, os primeiros moradores foram João Dell`Osbel e Catarina Salton Dell`Osbel, vindos de Alfredo Chaves, hoje Veranópolis. A primeira imagem de Nossa Senhora do Rosário, padroeira da comunidade, presente na igreja católica foi doada por Longino Dell`Osbel. A capela e depois uma igreja foram construídas por volta de 1900. O catecismo era lecionado no dialeto Vêneto por Catarina Salton Dell`Osbel. O primeiro professor foi José Dalbosco que atendia os alunos em sua casa por volta do ano de 1906. Henriqueta Brusqui Casanova é lembrada como catequista da localidade. A atual igreja católica foi inaugurada em 1984. Já o salão comunitário foi inaugurado em 1989. Como a maioria das pequenas localidades interioranas da região, Tiririca ao longo do tempo foi perdendo moradores. Atualmente abriga quarenta e duas famílias integradas por cerca de 150 pessoas. Entre eles o casal Gema Regina Dell`Osbell Berté (77) e José Berté (79). Gema é filha Longino Dell`Osbel, um dos primeiros moradores. Diz gostar muito da localidade. “Criamos onze filhos com muito sacrifício, mas que foram bem encaminhados e jamais pensamos em sair daqui”. O casal reza diariamente o terço para Nossa Senhora e como bons descendentes de italianos não dispensam um copo de vinho. Rodeada por morros e araucárias a localidade tem sua economia atual baseada no setor primário com destaque para a produção de fumo, leite e aves. Um dos pontos de encontro dos moradores ao final da tarde é a casa comercial de Casemiro Casanova, onde segundo ele, se encontra um pouco de tudo. A sede do Esporte Clube Cruzeiro é o local onde a juventude se reúne para os campeonatos de futebol amador. A Escola Municipal Felipe Camarão, por falta de alunos, acabou fechada no início deste ano. Nos eventos que atraem visitantes e ex-moradores estão o baile do fumo e a festa do clube de mães. Sobre o nome da localidade, os moradores não sabem a origem. “A tiririca é uma erva daninha, um inço, só que por aqui não existe. Não sei de onde saiu este nome”, indaga dona Gema.
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