sábado, 4 de setembro de 2010

PICADA MAY - MARQUES DE SOUZA




Cortada pela BR-386, a localidade está situada á doze quilômetros da sede do município no caminho em direção a Pouso Novo. Colonizada por volta de 1878 por imigrantes alemães, Picada May, abrigou diversas famílias remanescentes de Muckers que vieram da região de Sapiranga no final do século dezenove. Astor Fuchs (54) é bisneto de João Pedro Fuchs, descendente de Muckers. Ele afirma que seu pai, Carlos Fuchs, já falecido, relatou muitas histórias sobre episódios envolvendo os Muckers. Uma delas é que seu avô conseguiu escapar de um massacre vivendo escondido nos matos da região por cerca de dez anos. Astor juntamente com a esposa Dolores (53) administra o Camping da Pedra, uma bela área de lazer junto ao Rio Forqueta. Freqüentado por veranistas de todo o Estado, o local chega a receber 400 usuários em finais de semana na alta temporada. Um museu criado pela família também estará a disposição para visitação no próximo veraneio. Sobre nome da localidade Astor destaca que é em função de ter sido fundada no mês de maio. Durante muitos anos, a Escola Felipe Santos foi a instituição de ensino da comunidade. Entre os professores que passaram por lá, Astor recorda de Marino Neitzke, Elemar Spiecker, Valdir Marasca, José Arno Keil e a professora Fraia. O ponto de encontro é a sede do Grêmio Esportivo Picada May, onde se pratica o futebol e jogos de bocha, além de eventos como o Nach Kerb, baile de idosos e a festa do Clube de Mães Sete de Setembro que acontece no próximo domingo. Há muitos anos os bailes aconteciam no Salão Schmidt, já desativado. Na localidade está situado um dos pedágios da BR-386. A produção primária movimenta a economia com destaque para aviários, agricultura, suinocultura e gado leiteiro. Na localidade também está um dos pontos mais tradicionais da gastronomia do interior do Estado. O Restaurante Café Colonial, administrado pela família Stacke há quarenta anos, se destaca pela variedade e qualidade de produtos colocados à mesa e por ser freqüentado por clientes de todo o Estado e Santa Catarina. A comunidade atual é composta pro cerca de 150 pessoas entre elas as famílias Heineck, Henicka, Noé, Spiecker, Dhamer, Fuchs, Mauer, Renner, Pereira, Datsch, Gross, Becker, Dresch, Gross, Keil, Stacke, Schneider, Zagonel, Schwin, Souza, Gall, Dhein e Venter, entre outras. “Um ótimo lugar para viver, onde as pessoas se conhecem e se ajudam. Embora tenhamos residência em Lajeado, fazemos questão de passar a maior parte do ano na Picada May, pois aqui somos felizes”, destacam o casal Astor e Dlores Fuchs.

Um comentário:

  1. Em alemão Maio é Mai e não May. May é um sobrenome alemão que consta em documentos históricos em São Leopoldo e em Torres.
    Em Torres o sobrenome acabou alterado para Mayer ou para Maia, como no caso de minha bisavó.

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