domingo, 6 de março de 2011

LINHA PEDRAS BRANCAS - COQUEIRO BAIXO

Localizada há oito quilômetros da BR-386 e á quatro da sede do município, por via não pavimentada, a comunidade fundada por imigrantes italianos em 1910, possui cerca de 35 moradores. Entre os pioneiros são lembrados os nomes de Mário Bertol, Daniel Mânica, Guerino Basségio, João Mânica, Argento Botini, Juvenal Cardoso, Adão Amaro e Festivo Fedrizzi. De acordo com pesquisa realizada por Albina Daroit, João José Cantu e Gentil Basségio, a denominação da localidade surgiu em função da grande quantidade de pedras brancas existentes próximas a um arroio. À exemplo de outras comunidades da região, o início foi de muitas dificuldades. A alimentação era escassa, as primeiras casas foram construídas com madeira de corticeira. Não havia padre e as crianças eram batizadas pelo morador Antônio Dalpian. Os doentes eram encaminhados para Estrela. As primeiras crianças que receberam o batismo na localidade foram Emília Fedrizzi e Tereza Botini. Por volta de 1916, foi erguida a escola, ao lado da capela construída alguns anos antes, nas terras pertencentes a Alcides Defendi. As carroças eram os únicos meios de transportes, pertencentes à Festivo Federizzi e Fioravante Pozza, realizavam rotas de comércio entre Encantado, Bento Gonçalves e a localidade. Entre os primeiros professores são lembrados Alberto Lazovit, Ângelo Spessatto, Arnesto Dalpian, Edi Muller, Albina Fraporti, Zélia Scapini, Edi Berté, Irene Mânica, Irene Siqueira, Dionira Guidin, Oscar Caumo, Valmor Zambiazzi, Ari Bagatini, Nair Bagatini, Celestino Sbardelotto, Nadir Bagatini, Albina Caliari, Celso Sbardeloto e Miraldo José Daroit. A igreja católica atual foi edificada em 1957, substituindo a anterior que fora construída de pedras. O padroeiro é Sagrado Coração de Jesus cuja festa em sua homenagem ocorre em 10 de setembro. As missas são rezadas pelo padre Mário, da Paróquia de Nova Bréscia. Um dos orgulhos da comunidade é ser terra natal do padre Agostinho Dalpian. Um fato histórico foi a visita do govenador Euclides Triches em 1971 para a inauguração do novo prédio da escola. A energia elétrica chegou em 1967 e o telefone em 1958. De acordo com o morador Gentil Basségio (61), filho do pioneiro Guerino Basségio, a localidade é muito próspera. “Temos uma excelente produção de aves, leite, suínos, com os moradores trabalhando muito e garantindo o sustento de suas famílias”. A única empresa da localidade é a agroindústria Nona Bassela, que produz capeletti, pizzas e massas. “É um lugar ótimo para viver e trabalhar, onde também aproveitamos os momentos de lazer para divertirmos nas festas e bailes no salão da comunidade, como na festa de Nossa Senhora da Saúde em 21 de novembro”, destaca Basségio.

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