sábado, 19 de março de 2011

LINHA PINHEIROS - NOVA BRÉSCIA

Uma pequena comunidade com cerca de 150 habitantes, que habitam lindas residências, situada entre morros e matas que dividem Nova Bréscia e Travesseiro. A grande quantidade de pinheiros acabou influenciando na denominação da localidade.  “Porém é um lugar fantástico, bom para viver, temperatura agradável durante todo o ano. Um lugar onde as pessoas se conhecem e são unidas. Enfim, residimos num paraíso aqui na terra”, opina a moradora, Neusa Steffani Scheibel (47), natural da localidade e que atua na área de serviços gerais, junto a Escola Municipal Henrique Pedó, que se mantêm em atividades, embora abrigue apenas doze alunos. Na escola atuam as professoras Giseli Vendramin e Marli Fachini.  “Nosso colégio, juntamente com a igreja é o que ainda segura a comunidade em pé, portanto jamais poderemos pensar em não tê-lo”, afirma Neusa. Mas a história da comunidade remonta ao período de 1890 a 1914 quando chegavam os imigrantes italianos, Chiesa, Rossi, Cristofoli, Alberton, Martini, De Boni, Gardens, Fontana e Zanatta, vindos de Garibaldi e Bento Gonçalves. Também neste período, diversos moradores eram de origem alemã como Strassburger, Villa, Schmidt, Krüger, Kuiper e Levelaik.  Na época, a localidade fazia parte da rota de tropeiros que levam produtos de Coqueiro Baixo e Relvado para Lajeado.  Até a fundação da primeira igreja em 1914, as residências de Afonso Levelaink e Olívio Guizzo, abrigavam as missas rezadas pelo Padre Theodoro Amstad.  O local também servia como escola. A primeira professora foi Amélia Pozza.  Em 1932 foi inaugurado o cemitério que existe até hoje. Em 7 de setembro de 1949, a imponente igreja católica, cujo padroeiro é São Roque, foi inaugurada com uma grande festa e missa rezada pelo padre Luiz Vinha. Os construtores da igreja foram Carlos Fontana, João Alberton, Valentim Cristófoli, João Scheibel, João Dalbosco, Delvírio Dalbosco, Paulo Guizzo, Henrique Pedó e Valeriano Delazeri. Entre os fatos curiosos que são transmitidos pelas gerações, um deles dia que o único tigre que apareceu na localidade foi por volta de 1909. Pelo que se sabe, para proteger a comunidade, o animal foi morto por João Bernardes. Outra situação foi na grande seca de 1943. Católicos muito fervorosos os moradores para pedirem chuvas iam a pé até a igreja em Nova Bréscia ou ainda,entravam quatro vezes por dia, durante dez dias, na igreja local. A primeira bodega da localidade surgiu em 1910, sendo proprietário o comerciante João Alberton.  Atualmente a comunidade não tem armazém. Para abastecerem-se de suprimentos os moradores deslocam-se à Nova Bréscia, que fica á sete quilômetros ou Travesseiro, á doze quilômetros. O local de encontro para o bate papo descontraído, carteado e bochas, é somente aos finais de semana, no salão da comunidade. Na economia, o destaque para a produção de leite, avicultura e suinocultura. O moinho colonial Simonetti, um dos mais antigos da região, produz farinha de milho. Há um mês aconteceram as Missões Populares da Igreja Católica, com destaque para a intensa participação da juventude. As entidades em atividades na comunidade, são a de água e telefone,que ainda é por ramal, clube de mães Santa Luzia e Santana, Comunidade São Roque, grupo de idosos Tuti Buona gente e a Escola Henrique Pedó. Uma vez a cada mês, ocorrem as missas rezadas pelo padre Marino Winck. Nos eventos, que reúnem centenas de pessoas, o destaque para a festa do padroeiro São Roque, festa da terceira idade e jantar da escola. O esporte clube Canarinho, infelizmente não está mais em atividades, devido a poucos jovens permanecerem na localidade. A maioria deles, seguiu o caminho de outros tantos e hoje são proprietários ou atuam junto a churrascarias em São Paulo, Rio de Janeiro, Estados Unidos, Portugal e Porto Alegre. Entre estes são salientadas as famílias Zambiazzi, Biazibetti e Cristófoli. A internet já faz parte da vida de uma dezena de moradores. Entre os moradores atuais aparecem sobrenomes como Simonetti, Stefani, Scheibel, Rossi, Cristófoli, De Mickei, Martini, Pedó, Fontana, Zambiazzi, Chiesa, Berté, Camini, Rossi, Bagatini, Viéceli, Comper e Delazerri.      

3 comentários:

  1. Fiquei feliz de achar esta informação, muito obrigada. Estou traçando a história da minha família, meus avós são Delvírio Dalbosco e Carmelina Pedó, bisavôs Zanatta, Camini, Chiesa, Tait, Chiesa e mais...Qual seria o cartório responsável por certidões da Linha Pinheiros? Obrigada! Rubia Mara Dalbosco

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  2. Sou neto de Carlos Fontana ,gostei muito de seu comentário e dedicação de manter a história viva da comunidade .Gilmor Luiz Fontana

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    1. SEU GILMOR CARLOS E MEU TRISAVO SOU BINETA DE SABINA FONTANA LINDA HISTORIA.ELOILSE YOSHIKAWA

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