sexta-feira, 13 de maio de 2011

TRÊS REIS - COQUEIRO BAIXO

Uma estrada de chão batido divide ao meio a pequena localidade que conta com cerca de 150 moradores. Parte do moradores residem em Coqueiro Baixo, outra parte em Relvado. Porém a "sede" da comunidade, constituída pela igreja, salão comunitário e a escola, que foi desativada neste ano, estão situadas na área de Coqueiro Baixo. "Isto não é nada bom, pois mora-se num município e se tem terras no outro. Isto sem falar na política, pois divididos não conseguimos eleger vereador por nenhum município", reclama o produtor rural Iduíno Rossi (77), natural da localidade e que com a esposa Tercila Zanatta Rossi (74), teve nove filhos. Três Reis fica a três quilômetros da sede de Coqueiro Baixo e a nove de Relvado. A denominação é em honra aos padroeiros, os Três Reis Magos. Na igreja católica construída em 1946, o padre Valdir Biasibetti, da paróquia de Relvado, reza as missas uma vez a cada mês. A capelinha com a imagem de Assunção de Nossa Senhora percorre as residências. Os primeiros moradores chegaram por volta de 1910, vindos de Garibaldi e outros municípios da serra gaúcha. Eram os Bagatini, Fedrizzi, Delazzeri, Dallavécchia e Rossi. Aos finais de semana, os moradores se encontram para os jogos de bocha, carteado e bocha 48 nas casas comerciais de Valdir Baldissera e Diacir Pecin. O Esporte Clube Juventude encerrou as atividades recentemente. "Dá uma pena ver isso acontecer, mas restam poucos jovens na localidade, ao contrário de épocas passadas quando formávamos até três equipes", lamenta Iduíno. O filho Moacir profetiza: "Só ficaram os idosos. A juventude não vê nenhum atrativo para continuar aqui. Está virando tudo em mato, como no início da colonização. Estamos a caminho do fim". A Sociedade de água garante o abastecimento para a comunidade que também possui telefone DDD. A Escola Vila Lobos, que funcionou por décadas e chegou a ter 174 alunos, fechou neste ano, pois restavam apenas quatro estudantes. Entre os professores são lembrados os nomes de Davit Schena, Inês Bagatini, Orestes Emmer, Ângelo Laste, Alcides Caumo, Altair dos Santos e Pedro Formam. Por muitos anos também funcionou o moinho colonial de propriedade de Severo Alberton. Na economia destacam-se os produtores de leite, aves e frango. Entre os moradores atuais aparecem sobrenomes como Rossi, Salvi, Sbardelotto, Baldissera, Kich, De Conto, Federizzi, Dal Pian, Zenatti e Loss, entre outros.

Um comentário:

  1. Para quem quer que ainda veja, minha mãe é sobrinha de Iduíno Rossi, chamada Adelite Rossi, filha de Otília e Francisco João Rossi. É muito bom poder conhecer um pouco de todos os ascendentes nossos <3

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