Na divisa entre os municípios de Progresso e Boqueirão do Leão, localiza-se a comunidade que conta com cerca de 150 moradores, distribuídos em 45 famílias. A origem remonta a 1910 quando chegaram os primeiros moradores Carlos Battisti, Fortunato Picolli, Eleodoro Borges, oriundos de Gramado São Francisco, Jacarezinho e Três Pinheiros. Dados históricos obtidos pelo frei Albano Bonh, relatam que em 1949 foi construída a primeira capela, tendo como padroeiro São Luis. Em 1955, o arcebispo de Porto Alegre, Dom Vicente Scherer esteve na localidade realizando crismas. Em 1956 foi inaugurado o cemitério. A forte colonização italiana seguidora da fé católica que resultou em seguidores da vida religiosa, entre eles Hilário Battisti, Roque Paloschi, as irmãs Jurema, Ida e Terezinha Battisti, Rosalina Borges Vieira, Alcir Finatto, Isnar Borges Vieira e Alcir Paloschi. A primeira professora da localidade foi Fiorentina Guerra Battisti, reunia os alunos na capela. Hoje a Escola Municipal Duque de Caxias atende a comunidade. Para a moradora Maria de Lurdes Nicaretta (58), que é professora, o lugar é bom para viver, porém com algumas carências. “O asfalto está chegando, há quatro quilômetros, porém nos falta a internet. Hoje em dia não tem como ficar desconectado do mundo”, lamenta. O telefone convencional funciona através de ramal, mas em alguns pontos é possível a comunicação por celular. Na economia destacam-se a produção de fumo, reflorestamento, gado leiteiro e agricultura de subsistência. A empresa de ônibus Transportes São Luis, a maior da município , tem sede na localidade, que recentemente também recebeu uma madeireira. Para os moradores Jaime Barbieri (54) e Derlei Borges (46), embora seja um local afastado dos grandes centros a localidade é um bom local para o convívio social. “São ótimos vizinhos que se integram durante as festas e bailes, além dos encontros nos finais de semana para a missa ou para o lazer como o carteado, bocha e o futebol. Os pontos de encontro são o salão comunitário, Esporte Clube São Luiz, e os armazéns Zanatta e Paloschi. Para Borges, a possível emancipação do distrito de Campo Branco irá contribuir para o crescimento da localidade. Dos quatorze quilômetros que separam a sede do município com a localidade, dez já estão asfaltados. Pertencendo ao novo município, progrediremos também”, projeta. Entre as famílias atuais aparecem sobrenomes como Paloschi, Nicaretta, Guaragni, Finatto, Koempfer, De Boer, Lima, Meneghotto, Borges, Barbieri, Calvi, Sbardelotto, Caumo, Gottardi e Senger.
sábado, 16 de julho de 2011
SÃO LUIS - PROGRESSO
domingo, 10 de julho de 2011
TRÊS SALTOS BAIXO - TRAVESSEIRO
Entre vales, montanhas e o rio Forqueta, situa-se Três Saltos Baixo. A pequena localidade está a cerca de dez quilômetros da sede do município de Travesseiro á beira da estrada que liga Picada Felipe Essig e Linha São João. O nome se originou a partir da existência de três quedas d´agua situadas no arroio que corta a localidade e desemboca no Rio Forqueta. Acima estão Três Saltos Médio e Três Saltos Alto.
Colonizada por imigrantes alemães por volta de 1880. São lembrados nomes de pioneiros como João Rodrigues, Leopoldo Vanderer, Reinoldo Stefler e Leopoldo Fuchs. O local teve seu auge de desenvolvimento na década de 1940. "Aqui existiam três casas comerciais, dois açougues e matadouros, fábrica de botas, cervejaria e serraria que atendiam toda a região", recorda Noêmia Iraci Meyer (83) anos, que nasceu e sempre residiu na localidade. Seus pais Alberto e Elsa Ritter eram proprietários da serraria. Na época cerca de trezentas pessoas habitavam o local. "Hoje não passam de cem moradores", destaca. Entre esses estão os Haubert, Closs, Scheider, Fuchs, Rochemback, Andersen, Relly, Ritter, Egevard, Horbach, Walter e Deicke. A Casa Comercial Rochemback tem 45 anos de existência e fica á beira da estrada que liga a sede à Barra do Fão. Solange Rochembach é a administradora de um armazém onde se vende de tudo um pouco, desde produtos alimentícios até confecções. O imponente prédio da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECBL) é o ponto de encontro para orações da comunidade. Recentemente passou por reformas através de recursos investidos pelos próprios moradores. Os bailes de Kerb, a festa do fumo e os encontros de corais agitam a vida social da localidade. Entre os fatos marcantes da comunidade estão as enchentes do Rio Forqueta. A de 1919 foi a maior até hoje. Porém a de 4 de janeiro de 2010 quase igualou àquela. O cemitério ao lado da igreja ficou totalmente embaixo das águas, mas sem muitos danos as sepulturas. Uma ligação pela pinguela sobre o Rio Forqueta faz a ligação da comunidade com o Rio Forqueta. Embora com a redução do número de moradores, os que permanecem se dedicam a produção de gado leiteiro, avicultura e plantações diversas como fumo e milho. A localidade também é sede da empresa de ônibus Lumatur. Para quem desejar conhecer Três Saltos o caminho mais fácil é pegar a BR-386 em Lajeado, seguir até Marques de Souza, tomar a estrada até Travesseiro. Passando a ponte sobre o Rio Forqueta, entrar à esquerda, passando por Picada Fellipe Essig, seguindo mais seis quilômetros. "Um ótimo lugar para se viver" como define a moradora Noêmia Iraci Meyer.