sexta-feira, 19 de agosto de 2011

APITIRI - PROGRESSO

A localidade está situada a seis quilômetros da sede, sendo que parte da rodovia já está pavimentado com asfalto. Habitada por cerca de 130 moradores, a comunidade tem sua história iniciada em 1920 quando chegaram os primeiros moradores. A denominação Apitiri é indígena. Eram as famílias de Luis Possente, João Lesseu, Ângelo Pozzebon, João Gheno e Pedro Kará, conforme pesquisa realizada pelo Frei Albano Bohn. A primeira capela foi inaugurada em 1922, tendo como padroeiro São Roque. A data é comemorada até hoje. No último dia 16, dia consagrado ao Santo, houve festa reunindo 1500 pessoas, tradição que vem desde 1939. Em 1924 surgiu a primeira escola tendo como professores Amélia Lesseu e José de Abreu. A primeira catequista foi Rosa Tarelli. A comunidade orgulha-se muito pelos filhos que seguiram carreira religiosa: freis Celso, Mauro e Luis Brancher e as irmãs Arcângela, Carmila, Selvina e Gema Pozzebon, Carla, Elionara Pozzebon, Iris Possebon e Ângela Piassini. A economia atual baseia-se na cultura do fumo, aviários e gado leiteiro. A igreja católica abriga os fiéis nas missas rezadas uma vez a cada mês. A fé também é manifestada com as capelinhas que passam de casa em casa. São dedicadas ao Sagrado Coração de Jesus, Santa Rita e Nossa Senhora Auxiliadora. Situada no caminho para Morro Azul, Boqueirão do Leão e Barros Cassal, a localidade é servida somente por ônibus do transporte escolar. A Escola Municipal Duque de Caxias encerrou as atividades em 2009. “Pode ser o começo do fim da comunidade”, exclama o morador Mário Dapont (63), que ao lado da esposa Judite (66) e das irmãs Terezinha Francetto e Aurora Dapont, vêem o número de habitantes diminuir cada vez mais. “Os alunos são transportados para a sede do município e assim começa o distanciamento da terra natal, quando crescem eles não voltam mais”, afirma o comerciante Alfredo de Almeida, proprietário do único armazém da localidade onde a a comunidade reúne-se aos finais de semana para jogar bocha e o carteado. A comunicação telefônica funciona por meio de ramal. “Celular só subindo em algum morro”, afirma Mário Dapont, que mesmo diante das dificuldades diz que o lugar é bom para morar. “Tranqüilo, as pessoas se conhecem e ajudam uma as outras, só temos saudades dos tempos em que existia moinho colonial, ferraria e descascador de arroz.” Tradicional, o Esporte Clube Apiriti encerrou as atividades recentemente. Entidades como a Comunidade Católica, presidida por Ernani Dapont, a Sociedade de Água e o Clube de Mães Nossa Senhora das Graças envolvem a comunidade em diversos eventos como o jantar baile e a festa de São Roque. Entre as famílias atuais aparecem os sobrenomes Dapont, Zenatti, Almeida, Zuffo, Veruck, Zagonel, Martins, Lussani, Pozzebon, Piassini, Maffi e Bariviera.


Um comentário:

  1. Gostei de conhecer a história da terra natal da minha mãe,contada pelo tio Mário. Abraços.

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