quinta-feira, 11 de agosto de 2011

NOSSA SENHORA DAS DORES - COQUEIRO BAIXO


Situada á cerca de 12 quilômetros da sede do município, a localidade abriga hoje em torno de cinquenta moradores, constituídos por quinze famílias. Região tomada por morros é cortada pela estrada denominada de Nossa Senhora das Dores, numa alusão a Santa padroeira da comunidade. A história da colonização remonta a 1930 com a chegada dos pioneiros, descendentes de italianos, oriundos da região de Garibaldi, Eram as famílias de João Meneghini, Albino Gonçalves, José de Andrade, Guido Valer, Joaquim Dutra, Orestes Bertol e Cravelino Cardoso, Henrique Rossini, Guilherme Grizzotti e Lucio de Andrade. Primeiramente denominaram a localidade como Sobra, numa alusão as terras que eram do governo e que havia lhes passado o que restara. O nome de Nossa Senhora das Dores surgiu a partir de uma promessa quando os pioneiros legalizaram as terras. A igreja católica construída em 1940 teve como construtores Natal Scartezzini, Atílio Rossi, Henrique Rossini e Guilherme Grizzotti. A primeira escola foi construída em 1962 com a denominação de 19 de novembro, tendo como primeiros professores Astrogildo de Freitas, Amaro de Freitas e Ângelo Fontana. Mais tarde surgiu a escola Humberto de Campos. Também atuaram como professoras Marilúcia Valer e Terezinha Senter. O casal de produtores rurais, Ana Grizzotti Valer (71) e Nelsi Elias Valer (74) nasceram e ainda permanecem na localidade. Constituíram uma família de seis filhos que hoje atuam nos ramos de hotelaria, restaurante, lancherias, comércio e casas lotéricas e agricultura em cidades como São Paulo, Porto Alegre e Caxias do Sul. "Mas não perderam a ligação com suas raízes, seguidamente nossos filhos estão aqui a passeio para curtirem as coisas boas que temos na localidade", afirma Teresinha, que junto com o esposo recebe á todos com um largo sorriso. Como bons descendentes de italianos, o casal Valer mantêm a tradição de freqüentar as missas rezadas pelo Padre Marino Winck, ingerir um copo de vinho diariamente, fabricado por eles mesmos e pelo menos uma vez por semana, não pode faltar uma bela polenta no almoço. A economia atual baseia-se em aviários, reflorestamento e criação de vacas de leite. "Vivemos bem, temos acesso a telefone celular e internet e recebemos atenção especial na área da saúde", frisa Nelsi, que atua como leigo na igreja católica e representante da Cerfox, cooperativa de energia elétrica. Saudades o casal tem da movimentação que existia há 20 anos quando circulava um ônibus da empresa Oasis, uma vez por semana, até Nova Bréscia. Também do pessoal que comercializava produtos no Moinho Colonial de Eduardo Rodrigues. A fé católica também é manifestada através da Capelinha com a imagem do Sagrado Coração de Maria que circula pelas residências. Na política, o representa da comunidade é o vereador Jocimar Valer. As festas de São Paulo e da padroeira movimentam a comunidade, assim como o jantar baile do Clube de Mães Aliança do Amor. O Esperança Futebol Clube encerrou suas atividades há dez anos por falta de jogadores. Nos finais de semana o passatempo são os carteado e o bate papo no salão da comunidade que tem como dirigentes Euclides e Gilberto Pavoni. O Arroio Coqueiro passa por um bom trecho da localidade, tornando-se também uma atração turística. Entre as famílias que residem na localidade aparecem os sobrenomes Valer, Mânica, Grizzotti, Meneghini, Weber, Damázio, Rossini, Pavoni, Camargo, Denardi e Devite.

Um comentário:

  1. olá, sou filho de Orestes Bertol, citado neste bloco como um dos fundadores da Comunidade de Nossa Senhora das Dores. Pergunto se vcs tem fotos da época>
    abraço
    José Roberto bertol
    dancas@dancasgauchas.com.br
    54 9967 6334

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