domingo, 22 de julho de 2012

BARRA DE TOCAS - PROGRESSO

Situada á dezoito quilômetros do centro da cidade e acessada por estrada de chão, a pequena localidade habitada por cerca de cinquenta moradores, encanta os visitantes pelas belezas naturais. Banhada pelo rios Fão e Tocas e situada a 500 metros de altitude, o que proporciona um clima ameno durante boa parte do ano, faz divisa com a localidade de Coxilha, em Fontoura Xavier. Entre os atrativos está a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, local da festa dedicada à Santa e que ocorre sempre no último domingo de janeiro. A denominação da localidade, de acordo com o ex-morador, Juarez Trombini, deve-se ao rio que deságua no Fão e a existência de diversas tocas junto á gruta, visíveis até hoje e que teriam sido utilizadas como moradias por índios. Seus pais, Santo e Doralícia Pavi Trombini ainda permanecem na localidade. A colonização iniciou por volta de 1910 quando chegaram as famílias vindas de Novas Bréscia, Putinga e Garibaldi, entre eles os Gottardi, Portaluppi, Teston, Trombini, Pavi, Bassani, Crestani e Bagatini. A festa ao padroeiro Santo Antônio é realizada no mês de junho, com a presença de ex-moradores que atualmente residem em cidades como Porto Alegre, Novo Hamburgo e nos Estados de Santa Catarina, São Paulo e Paraná. A economia baseia-se na produção de fumo, gado leiteiro e o cultivo do milho. “Uma comunidade ordeira, um lugar tranquilo onde vive-se muito bem em meio a uma natureza deslumbrante”, afirma a moradora Ivone Gottardi. Da escola municipal Fernandes Vieira, desativada em 1995, resta apenas o prédio e a lembrança de professores como Caetano Finatto, Gelsina da Silva, João Gottardi, Lurdes Del`Losbel, Leda Trombini e Ângela Stacke. Recordações também da casa comercial da família Bagatini. Atualmente a comunidade abaste-se em outras localidades. No lazer, além das festas, a disputa de corridas de cavalos atrai competidores de toda a região. A igreja católica pertence á paróquia de Bela Vista do Fão, com missas realizadas uma vez a cada mês. A tradição do terço mantêm-se sempre no primeiro domingo do mês. Por estar próxima a divisa com Pouso Novo, a comunidade sente-se prejudicada pela não reconstrução da ponte sobre o Rio Fão em Barra do Dudulha, que facilitava o deslocamento até a BR-386 e por conseqüência à diversas cidades da região.

2 comentários:

  1. Alicio,não sei se alguma vez leste o livro: Familias Italianas de Lajeado, sua vida suas histórias.Nesse livro tem a participação de 28 contadores de histórias, não jornalistas nem escritores, eu sou uma delas com o relato: Lembranças de uma bambina(pag 61.)Na história eu falo dessa localidade e das familias que relataste.Tuas fotos são lindissimas.Parabéns.
    Lairi Maria Bassani

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  2. Olá,
    Meu nome é Vanessa Delazeri Mocellin e estou muito interessada em ler todas as informações deste blog, pois elas dizem muito sobre as minhas origens e as origens das minhas famílias. No entanto, ficaria muito mais fácil ler certos pontos, se tivesse uma busca interna, dentro do próprio blog, pois assim poderia pesquisar pelos sobrenomes, ou nomes das comunidades... Fica a dica. ;)

    Minha pergunta é se vocês têm informações sobre o Arroio Leite!?

    Parabéns pelo trabalho!
    Beijos!

    Vanessa

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