quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

TAMANDUÁ - MARQUES DE SOUZA




Um lugar no Vale

Tamanduá, distrito de Marques de Souza

A data não existe oficialmente, mas fala-se que foi por volta do mês de julho de 1888, que chegavam os primeiros imigrantes à localidade. Alguns registros no entanto destacam o ano de 1878 como o início da colonização. Enfim são apenas números que compõe a história mais que centenária desta localidade encravada entre vales fertéis, o rio Forqueta e a BR-386. O nome Tamanduá surgiu a partir do aparecimento do animal que vivia por ali no inicio do século passado. Das dificuldades do início, com os colonos chegando transportados pelos Vapores através do Rio Forqueta e daí em diante de carroças puxadas por bois ou no lombo de cavalos subindo os morros, até os dias de hoje, diversas páginas da história da localidade foram escritas. Houve o tempo da fartura com a cooperativa e o intenso comércio, passando pelo declínio econômico a partir da década de 1990 com os descendentes de imigrantes partindo em direção a grandes centros. Hoje, o distrito de Tamanduá conta com cerca de setecentos moradores e vê a economia local tentar novos rumos com investimentos na área de avicultura e fabricação de tijolos. Uma característica da localidade é ser berço natal de empresários que hoje fazem sucesso pela região.

A história religiosa
O distrito de Tamanduá, colonizado por imigrantes alemães e italianos é composto por duas comunidades religiosas.

Comunidade Católica

A história da Comunidade Católica de Tamanduá iniciou-se por volta de 1888 quando chegaram os primeiros imigrantes. As primeiras famílias sócias foram as de João Kerber e seus filhos Leopoldo e João, Jacob Loeblein, Augusto e Adolfo Henicka, Adão Noll, Pedro Apell, Nicola de Souza, Paulo Eckavart, viúva Suzana Blum, Willi Brenner. Em 1912, chegavam os imigrantes italianos onde são lembradas as famílias de José Basso, João Giovanella, Carlos Zagonel, Pedro Beal, José Berté, Guilherme Dadalt, Fernando Giovanella, João Frozza, Isidoro Poletto, Virgílio de Andrade, Segundo Martinelli, Catina Zanatta, Joãozinho Ferreira, Miguel Frozza, Demétrio Barbieri, Dirigi Giongo, Jacob Loeblein Filho, Eugênio Noll, Cereno Poletto, Baptista Sbaraini e Fioravante Giovanella. Hoje mais de cem famílias integram a comunidade religiosa. O prédio da atual igreja foi construído em 1950. É um dos poucos edificados em madeira e que ainda se conservam no interior do Estado.



Comunidade evangélica

Por volta de 1878 chegavam a localidade imigrantes alemães oriundos da região de São Sebastião do Caí e Dois Irmãos. Eram as famílias de Heinrich Noé, Morgenstern, Grebin, Heinrich Keller, Friedrich Lautenschlager, Hermann Spiecker, Adolf Dtasch, Heinrich Arend e Jacob Fuchs, o Jacó das Mulas. Alguns deles integravam o grupo dos Muckers. O pequeno número de membros não impediu que logo se formasse a comunidade religiosa. O pastor vinha de Forquetinha e os cultos aconteciam junto a um prédio que também servia como escola. Em 1887, Hermann Spiecker concluía este prédio em estilo enxaimel edificado onde hoje está situada a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) construída em 1939. Por volta de 1909 também apareciam sobrenomes de pioneiros como Datsch, Eckhardt, Raabe, Keidel, Abegg, Jaeger, Grevenhagen e Stacke.. Em 1939 foi construída a igreja da IECLB que recentemente passou por restauração.


Fotos e texto Alício de Assunção

8 comentários:

  1. Oie!
    Amei, essa igrejinha azul tb é uma graça!

    ô Alício... prefiro o teu texto (hj) do q de outros. Te puxa!
    Abraço!

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  2. Meus Avós Paternos são de Tamanduá. Por acaso tens mais algumas Fotos de Tamanduá? Muito "Bacana" Teu Blog, 1 Abç de 2 Bçs

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    1. A vista lá de cima da rodovia para baixo, onde está tamanduá, é fabulosa. Eu imagino como deve ser uma noite de céu limpo e uma baita lua cheia iluminando a área,!

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Passava férias em Tamanduá,boas lembranças da infância na casa dos meus Avós Paternos(já falecidos),Nunca mais voltei.

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  5. Tenho loucura por este lugar. Desde pequeno quando eu atravessava a rodovia, que passa mais acima na serra do pouso novo, eu olhava tamanduá e sentia uma vontade enorme de descer e andar um pouco pela cidadezinha. Eu imagino como deve ser bonito o vale, onde está a cidade, e visto lá de cima em noite de céu limpo e lua cheia. Deus o livre!!!

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  6. Aquela região serrana toda é lindíssima! Principalmente as beiradas de córregos e rios. Tem ótimos lugares pra acampar.

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