quinta-feira, 15 de julho de 2010

BATUVIRA - PROGRESSO




A localidade fica a cerca de dez quilômetros da sede do município, ás margens da RS-423. Conhecida em toda a região pela Romaria e Festa de Nossa Senhora do Caravággio, evento comemorado sempre em 26 de maio, não importando o dia da semana. De acordo com o historiador José Alfredo Schierholt, a origem do nome é uma espécie de anta, conhecida por batovira. “Em suas matas os primitivos posseiros eram mateiros e serranos, população anônima e acaboclada, que tiveram que ceder suas terras sem escrituras, consideradas devolutas, vendidas pelo governo a empresários imobiliários. Um deles foi Leonardo Kortz, de Estrela, que estava vendendo 25 lotes coloniais de 25 ha cada um adquiridos por famílias de etnia italiana em 1912. Em 1 de julho de 1919 foi aberta uma Escola Federal, com 32 alunos, lecionando Iracema Silveira Ramos. O arroio Batuvira que passa pela localidade é afluente do Arroio Tamanduá e nasce na divisa entre Marques de Souza e Canudos do Vale. O casal Juvenal Romildo (63) e Ivani Teresinha Sordi (60) nasceram e ainda permanecem na localidade onde são agricultores. “Aqui é muito bom para morar e trabalhar, constituímos nossa família e não pretendemos sair, pois conhecemos cada pedaço deste chão”. Os Sordi, que por dezesseis anos integraram a diretoria da Comunidade Católica, lembram de famílias que residiam na localidade, quando ainda eram crianças, sobrenomes como Dorneles de Oliveira, Nicolini, Petrini, Imperatori, Ferrari, Beti, Dalpian e Vicari. Entre os fatos curiosos que marcaram a comunidade destaca-se o sino antigo da igreja que foi vendido há cerca de 20 anos para a comunidade de Picada Olinda em Nova Bréscia. “O som é tão forte que ainda hoje, apesar de estarmos a mais de dez quilômetros de distância daquela localidade, ainda ouvimos o sino tocar”, afirma Juvenal. Dá escola que freqüentou em 1950, Juvenal ainda guarda uma espécie de lousa, que era seu caderno daquela época. “Como tínhamos poucas condições, eu escrevia de um lado e meu irmão de outro”. A empresa de ônibus Santa Terezinha, de propriedade de Clemente Zancanaro e Guido Zago fazia a linha Batuvira, Selim, Xaxim e Lajeado em 1950. Ponto de referência, a atual Casa Comercial Zeni foi de propriedade da família Ferrari, que hoje possui empresa em Lajeado, entre outros. Recentemente uma descoberta alvoroçou a comunidade. Documentos encontrados pelo historiador e prefeito de Forquetinha, Waldemar Richter, foram apresentados em encontro entre alunos e comunidade. “Na realidade antes da colonização italiana por volta de 1916, já tínhamos morando em Batuvira diversas famílias de origem alemã. Isto está comprovado através do caderno de anotações do comerciante Johann Peter Joseph Briesch onde consta uma relação de clientes de 1911. Entre os sobrenomes citados no caderno estão Saxser, Marin, Schumacher, Weber, Dahmer, Kaspar, Spiecker, Renner, Worschnack, Fey, Silva, Kempfer, Fittel, Berghann, Margs, Kehl, Gehlen, Steilamann, Henicka, Ledur, Rochenbach,Munnaus, Gossmann, Neumann, Winter, Stalder, Wüst, Koch, Knopf, Straser, Konrad, Jaeger, Wiberlling, Neinaus, Gross, Mayer, Kochhann, Schmeiker, Müller, Lange, Guilardi, Segate, Getz, Stein, Lourscheider, Sauer, Battisti, Brancher, Ferrari, Zenatti e Santos. Até 1920 as famílias alemães, em grupo, acabaram se transferindo para a região de Três Passos e Não-Me-Toque. A professora Sinara Ledur, que atua na escola Afonso Mathias Ferrari na localidade pretende reunir todos os dados e lançar um livro.

4 comentários:

  1. boa tarde
    eu estou procurando informações sobre a família betti que era dessa região meu avo provavelmente deve ter casado ai se souberem de alguma coisa favor entrar em contato
    luizbetti@yahoo.com.br

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  2. eu amo essa escola linda e maravilhosa eu estudo nessa escola estou no 5ano amei a história

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  3. soumita saudade. neto de Afonso e Olga Ferrari, meu nome é Airton

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  4. Sou neto de Afonso e Olga Ferrari, faz 30 anos ou mais que nao vouu ai como estao as coisas ai mudou algo.

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