quinta-feira, 1 de julho de 2010

SÃO VITOR - FORQUETINHA



Seguindo tendências atuais acredita-se que pequenas comunidades estejam condenadas ao desaparecimento, em função dos atrativos dos grandes centros e do êxodo rural. Mas não é o que acontece com a localidade de São Victor, situada á seis quilômetros da sede do município. Boa parte da estrada de acesso já é asfaltada. Com altitude de quinhentos metros, a localidade proporciona “visão cinematográfica” das cidades de Lajeado, Venâncio Aires, Teutônia e Arroio do Meio e clima de montanha, conforme afirma o professor Sérgio Diedrich, que por quatorze anos lecionou na única escola do local, atualmente desativada. Além de se orgulharem dos atrativos naturais os cerca de cem moradores que permanecem no local se dedicam a criação de gado leiteiro e a suinocultura. A vida comunitária também é ativa. Conforme o tesoureiro da comunidade católica, Ivo Lenhardt , em 2008 foi inaugurada a nova igreja, edificada com recursos da própria comunidade. “Somos em torno de trinta famílias associadas e gostamos muito deste lugar. Depois que fechou a escola por falta de alunos, temíamos que as pessoas passassem a freqüentar igrejas em localidades vizinhas”. Foi então que liderados pelo atual presidente da comunidade, Dorval Eckhardt, através de festas, rifas e donativos foi construída a nova igreja no estilo enxaimel, característico da região colonizada por alemães. Não esquecendo a tradição religiosa e o esforço de gerações passadas, conservou-se a torre onde estava instalado um sino que agora está na nova igreja. Diedrich também recorda alguns fatos pitorescos do lugarejo. “Devido a altitude, em 1960 foi instalada aqui uma torre de controle do exército brasileiro”. Até 1940, a localidade era conhecida por Palmit Berg, que no dialeto alemão significa Morro dos Palmitos. “Porém um professor, que segundo contam se chamava Victor, determinou que a localidade tivesse um padroeiro e lógico, com o nome em sua homenagem”. Outra passagem que Diedrich não esquece foi quando o ex-prefeito de Lajeado, Claudio Pedro Schumacher, afirmou que quando se aposentasse iria adquirir um sítio e morar em São Victor em função do clima ameno, principalmente no verão. “Estamos aguardando ansioso o novo vizinho ”.

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