quinta-feira, 22 de julho de 2010

ARROIO ALEGRE - FORQUETINHA

A localidade teve o início de sua colonização por volta de 1890. Numa lista de eleitores da época resgatada pelo atual prefeito do município, Waldemar Richer, aparecem os sobrenomes das famílias Kamphorst, Kreff, Bischoff, Pohl, Grooders, Helfenstein, Rick, Kemerich, Ledur, Rippel, Dreher, Klein, Boruscheid, Fingert, Pohl, Schmitz, Luft e Melshior. Eram colonizadores que vieram da região de Dois Irmãos, por isso a localidade era também conhecida como Baumschneis ou seja Picada dos Baum. Mais tarde passou a chamar-se Arroio Alegre, em função do arroio que passa por ali e pelas pessoas que são muito contentes, dizem os moradores. A economia da centenária localidade sempre foi marcada pela produção primária de seus moradores. Das carroças e arados puxados a bois, hoje a comunidade recebe investimentos na área da suinocultura. Uma boa parte da história desta pequena localidade, que conta com pouco mais de cento e cinquenta moradores, está no prédio em ruínas do templo pertencente á Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB), fechado há cerca de nove anos por falta de membros. Erno Hoppen (78) é o único membro da igreja que ainda reside por perto. Do alto do morro, em frente a sua propriedade, quase na divisa com a localidade de Arroio Abelha, em Sério, ele avista a pequena igreja. “Bate uma saudade. Até por volta de 1998 eu ainda conseguia chegar a pé até lá, descendo e subindo as estradas. Depois não deu mais”, afirma resignado. Segundo ele, na igreja inaugurada em 1959, eram associadas cerca de cinquenta famílias. “Aqui era a sede da Paróquia Luterana de Forquetinha e tinha muita movimentação”, recorda. “No cemitério, que fica no mesmo terreno, estão sepultadas diversas gerações de filhos do lugar”. Porém, lá pelas décadas de 1960-1970, a comunidade começou a diminuir com o êxodo rural. “Os mais velhos faleceram. Dos jovens que sobraram, uma parte foi trabalhar em Lajeado, outros adquiriram terras na região de Santo Ângelo e Três de Maio e residem lá até hoje”. A igreja católica é a única em atividade na comunidade onde acontecem missas e encontros. A Escola Municipal Emilio Griebler é um dos orgulhos da comunidade. Criada em março de 1969, quando a localidade ainda pertencia a Lajeado quando mais de cem alunos freqüentavam seus bancos escolares. Hoje este número se reduz a pouco menos de quarenta alunos. “Se analisarmos a questão custo, é complicado. Porém acima disto está o lado social e por isso a escola é mantida. É a identidade da localidade preservada”, salienta a secretaria de educação, Sandra Feil. A história da escola, iniciou-se com a doação de uma área de terras de Henrique Emilio Griebler para fins de construção de uma escola. “Em 27 de maio de 1969 reuniram-se em assembléia, os pais e mestres nas dependências da escola com a finalidade de fundar seu Círculo de Pais e Mestres, debater e aprovar seu estatuto elegendo a primeira diretoria do Círculo de Pais e Mestres, sendo presidente, Oscar Schmitz; secretário Theobeldo Becker e tesoureiro Batista Brandt”. O asfaltamento da rodovia que liga Forquetinha com o município de Sério deverá também beneficiar a comunidade.

Um comentário:

  1. Conheço a Igre, e iclusive já estive dentro...
    Tenho fotos recentes...`
    Parabéns!

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