sábado, 28 de dezembro de 2013

CASCATA DA BUGRINHA - SÉRIO

Cascata da Bugrinha – Sério Nas proximidades do cento da cidade, aproximadamente à três quilômetros, existe um local que encanta pela sua beleza, e ao mesmo tempo meche com o imaginário e a coragem das pessoas, de acordo com o morador e funcionário público, Sadir Capoani. De fácil acesso por estrada municipal e localizado próximo também a antiga propriedade rural da Avipal, está situada a Cascata da Bugrinha. “A história da Cascata da Bugrinha, como é popularmente conhecida, nos foi contada por Teobaldo Schmitz, já falecido, que entre diversas profissões, foi tropeiro”, relata. “Contava seu Teobaldo que próximo a cascata existiam um caminho que era rota de tropeiros que vinham da região de Venâncio Aires e normalmente acampavam nessa região, que é tomada por mata nativa. Distante da cascata, cerca de 1,5 quilômetros existe uma caverna que foi habitada por índios, em função dos vestígios encontrados como pontas de flecha,etc. Estes poucos habitantes da época eram conhecidos como bugres.” Conforme Capoani, estes moradores possuíam uma cultura a parte e não se relacionavam com os moradores locais. Quando alguém adoecia, um integrante do grupo, normalmente o mais idoso, era afastado da tribo, pois acreditavam que um membro doente poderia trazer má sorte aos demais. O doente então era abandonado na referida cascata, que já bastante debilitado e ao relento acabava morrendo. Os corpos eram jogados em um precipício logo abaixo da cascata. “Conta-se que entre o grupo de bugres existia uma bugrinha que constantemente adoecia, e a sua mãe a escondia do restante do grupo. Porém em determinado ano a região foi castigada por uma estiagem muito forte, e o grupo começou a culpar a bugrinha pela seca. Apesar do esforço da mãe em esconder a criança, ela foi encontrada pelo grupo foi sacrificada na cascata. Conta-se que durante a noite, após o sacrifício da “Bugrinha”, choveu torrencialmente na região e desde então os tropeiros não puderam mais acampar no local, pois os animais ficavam muito agitados. Dizem que até os dias de hoje em noites que antecedem chuva ouve-se uma criança chorar em meio a mata existente”, relata Capoani. Nas proximidades também existe uma gruta. A divulgação desta história faz com que a administração municipal e a Ong EcoSério realize em breve no local, passeios guiados. “Pretendemos explorar ordenadamente o local, sempre priorizando o respeito à natureza, pois além das belezas naturais, a história relatada e agora resgatada torna a cascata um lugar muito especial em nosso município”, conclui. Texto- Alício de Assunção Fotos: divulgação

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