sábado, 31 de outubro de 2009

VILA STORK - FORQUETINHA


Quem se dirige a sede do município de Forquetinha tem como passagem obrigatória a Vila Stork. Outrora com comércio forte, hoje a localidade possui cerca de duzentos moradores, belas casas e residências antigas conservadas, apresentando-se como bairro residencial e porta de entrada para a cidade, sendo também caminho para quem se desloca a Canudos do Vale ou Sério. Em toda a região a localidade é muito conhecida, principalmente em épocas de cheias. Quando as águas do Arroio Forquetinha encobrem a ponte do Stork, construída em 1973 pelo prefeito de Lajeado , Alípio Hüffner, é sinal que logo em seguida o Forqueta e o Taquari também sofrerão as conseqüências. Mas foi no passado que a localidade teve grandes períodos de desenvolvimento e se tornou conhecida e falada em toda a região. Em 1879, o pastor evangélico Döeber realiza os cultos para poucas famílias que habitavam o local. Mas foi por volta de 1889, com a chegada de Henrique Stork, que em seguida casou com Maria Griesang, vindo de Picada Café, próximo a Nova Petrópolis, que a localidade tomou impulso para o crescimento. A partir de então, a família Stork dava inicio ao movimento comercial. Durante décadas foram os responsáveis por compra, venda e transporte da produção agrícola. “Em 1968 saiu o primeiro carregamento de porcos com destino a São Paulo pela firma de Otto Stork, empresa que depois teve até filial em Campo Branco no interior de Progresso”, relata Vera Schwingel Neukamp (71), moradora da Vila Stork. Ela recorda também de outros integrantes, a maioria agricultores e comerciantes que ajudaram a construir a história da vila. “Era todos Stork, o Balduíno, Alfredo, Bruno, Rodolfo, Guilherme, Felipe, Paulina Sabka, Amália,Otto, Irma, Germano, Henrique Netto e Adolina Stork Schwingell, hoje com 89 anos de idade”.
Moradores atuais como Lurdes Schwingel Verrer (61), Elio Schwingel(64), Vera Schwingel Neukamp (71), Estela Taísa Polis (16), Ingrid Neukamp Polis (47) e Inês Schwingel Feil (41), todos descendentes da família Stork quando se reúnem gostam de recordar de muitas histórias. Segundo eles o salão de baile que funcionou até 1977, o Salão Stork, foi palco de grandes eventos como casamentos, kerbs e carnaval, atraindo pessoas de toda a região. Mas também a localidade sofreu grandes enchentes como a de 1919 onde morreram duas pessoas. A de 1941 foi a maior, mas sem esquecer a mais recente, em 2001 quando também houve muitos estragos. Hoje a localidade clama por asfalto na rodovia que corta a vila, fazendo a ligação da sede com Lajeado. A intensa poeira acaba ofuscando um pouco a beleza de jardins e residências muito bem conservadas. A Sociedade de Cantores Carlos Gomes sedia eventos sociais como bailes e festas de corais.

2 comentários:

  1. ***muito bom,,,,muitos comentários sobre esses trabalhos,,,parabéns***
    Inês Feil -Forquetinha.

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  2. Muito obrigado pela informação. Estou organizando uma genealogia e pretendo usar esta informação.

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