sexta-feira, 15 de abril de 2011

LINHA GARIBALDI - COQUEIRO BAIXO

Em 1895 chegavam os pioneiros da colonização desta localidade situada á cerca de dez quilômetros da sede do município e na divisa com Três Saltos Alto em Travesseiro. Eram os descentes de imigrantes italianos, Luiz e Eluisa Bettio, Luis Salami, Paulo Chimim, Andréa Legramanti e Ana Legramanti, oriundos do município de Garibaldi, daí resultando a denominação da localidade. Já em 1900, a comunidade recebia os imigrantes Paulo e Jemira Boni, vindos de navio da Itália. Durante a viagem nasceu o filho Colombo Boni. Em 1930 foi construída a escola José Garibaldi. A primeira professora foi Dona Carmela, depois atuaram Carmelina Antônia Conzatti Biazibetti, Neuza Maria Zanatta e outras. São Caetano foi escolhido como padroeiro da comunidade católica. João Morelli foi o primeiro padre a oficiar uma missa, conforme pesquisa realizada pela professora Neusa Maria Zanatta. Das dificuldades iniciais, quando os colonizadores abriram picadas á facão para se estabelecer no local, muitas coisas mudaram na vida da comunidade. O êxodo rural também mexeu na população local. Dos cerca de trezentos habitantes na década de 1980, hoje restam em torno de cem moradores, representados por vinte e cinco famílias, todas associadas a comunidade católica, onde aos domingos mantêm a tradição de freqüentar as missas rezadas pelo padre Gaspar Goldschmidt ou ministros de eucaristia. Equipe tradicional de futebol, o Esporte Clube Juventude está desativado, pela falta de jogadores. De recordação apenas a praça de esportes e os bons tempos das tardes esportivas que atraiam centenas de pessoas. Famílias residentes na localidade, mantêm hábitos gastronômicos herdados dos imigrantes como polenta, queijo, radicci ou ainda bebidas como graspa e vinho. Os encontros para discutir os problemas comunitários e lazer ocorrem aos finais de semana no salão comunitário. Lá também se festejam o padroeiro São Caetano e Nossa Senhora do Caravággio e o jantar baile da comunidade, eventos que atraem pessoas de toda a região e também ex-moradores, que a exemplo de outras localidades, se estabeleceram com churrascarias em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Foz do Iguaçu. Na economia o destaque para a avicultura e plantações de milho. Entre os produtores estão Moacir Pedó, Marinete Kich, Luis Felipe Pedó, Erni Araújo, Leda de Araújo e a nona Romilda Pedó de 85 anos. Ela é filha do imigrante Albino Pedó que chegou à localidade em 1924, juntamente com os pais e outros dezessete irmãos. “É bom morar aqui. Produzimos para nosso sustento, a família toda se envolve na avicultura e entendo que não me adaptaria na cidade. Aqui é meu chão e sinto-me feliz”, afirma Moacir Pedó. As comunicações são por telefone com ramal, mas a maioria dos moradores já portam telefones celulares. Na localidade também residem as famílias Betti, Conzatti, Zanatta, Soldi, Boscaini, Pedó, Boni, Viécelli e Maffi.

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