sábado, 2 de abril de 2011

LINHA SANTO ISIDORO - COQUEIRO BAIXO

Para algumas pessoas, a localidade é conhecida como Linha São Luiz, para outros a comunidade chama-se Linha Santo Isidoro, em alusão ao padroeiro que é homenageado com imagem na pequena igreja católica, uma das poucas edificações que ainda restam no lugarejo localizado a quatro quilômetros da BR-386, a nove da sede do município e próximo ao rio Forqueta. Habitado por vinte e sete famílias, a localidade já abrigou mais de duzentos habitantes e como a maioria de lugares fundados por imigrantes italianos, viu seus filhos partirem em busca de melhores condições de vida. Em São Paulo, Porto Alegre, Salvador, Rio de Janeiro, Lajeado e Portugal encontram-se os Matuela, Kruger, Pruvinelli, Vian, Ferla, Zanatta, Catto e outros, proprietários de famosas churrascarias. A história de colonização da comunidade teve início por volta 1918 com a chegada das famílias de Francisco Muncio Compagnoni, André de Gasperi, João Fachi, Luis Kruger e Marino Pruvinelli, Pino Marta e Francisco Maffissoni, oriudos de Roca Sales e Garibaldi. A primeira igreja foi fundada em 1935 por Francisco Compagnoni e Etore Baggio. A primeira escola foi fundada em 1940 por Marino Pruvinelli e Francisco Compagnoni. Já a escola desativada há cerca de dez anos foi construída Albino Compagnoni, Etore Bassegio, Fiorindo Basségio, Pedro Catto,Guerino Matuella, Olímpio Ferla e Alfredo Locatelli. A igreja atual foi construída por Albino Muncio Compagnoni, Emilio Pruvinelli, Nicodemo Catto e Gentil Postal. Estes dados foram citados em pesquisa realizada em 1985 por Vilson Catto e Genoíno Defendi. Atualmente os poucos moradores que permanecem na localidade apostam no reflorestamento, produção de gado de leite, aves e porcos. Entre eles, a família Pruvinelli. Diego (22) e Marino (13), bisnetos do fundador Marino Pruvinelli, residem com os pais, mantendo uma propriedade com aviários, chiqueirões e produção de leite. “Conclui o segundo grau e retornei para casa, pois vejo que vale apena apostar no agronegócio. Ainda pretendo investir nos estudos nesta área”, afirma Diego. Já o pequeno Marino, freqüenta o ensino fundamental em Coqueiro Baixo. “Também pretendo ajudar a manter a propriedade, tenho interesse pela produção de leite”, destaca. Para os poucos jovens que permanecem ali, o divertimento são os jogos de futsal em Barra do Fão, há dois quilômetros ou na sede do município. As festas de Santo Isidoro, em maio, e Santo Antônio em junho, atraem centenas de ex-moradores. O bom sinal de celular e estradas em condições facilitam a vida dos moradores. Uma das tradições da localidade, que integra a rota dos capitéis, é a visita da capelinha, de casa em casa. As missas acontecem uma vez por mês, mantendo a religiosidade dos imigrantes italianos.

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